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Nutrição e adubação de frutí­feras com foco em produção e saúde do solo

n° SGP 260

A despeito da importância econômica da fruticultura, a experimentação com nutrição e adubação ainda é insuficiente no Brasil diante da demanda do setor produtivo. O problema de pesquisa a ser abordado neste projeto consiste em aumentar a eficiência do manejo da fertilidade do solo, visando à sustentabilidade da produção nas condições de cultivo de São Paulo. Solo e clima são os principais condicionantes da produção em fruticultura. A complexidade das relações planta / ambiente exige conhecimento profundo e multidisciplinar para o desenho de práticas agronômicas que visem à sustentabilidade da produção.Tem-se como hipótese de trabalho que o manejo da fertilidade de acordo com as necessidades das culturas e caracterí­sticas edafoclimáticas possibilita aumentar a produção por área (qualidade e quantidade), a eficiência dos fertilizantes, promovendo a saúde do solo. Em experimentos em condições de campo, pretende-se estudar o manejo da fertilidade do solo, avaliando-se a economicidade e os efeitos dos tratamentos nas plantas (nutrição, crescimento, desenvolvimento, sanidade e produção) e no ambiente edáfico.

Este projeto envolve ações de pesquisa com bananeira (Vale do Ribeira, Aguaí  e São Bento do Sapucaí).

Os experimentos com bananeira estão sendo realizados em parceria com a CNPMA e CNPMF da Embrapa. Estes trabalhos são formados por um conjunto de experimentos visando criar ambientes edáficos por meio de diferentes práticas de manejo e avaliar o comportamento agronômico de cultivares de bananeira. O objetivo é estimar em que medida a saúde do solo afeta a nutrição, produção e sanidade das plantas. Os ensaios de campo sob responsabilidade do IAC estão implantados em Pariquera-açu e em Aguaí. Há outros experimentos análogos a estes implantados em Corupá, SC e em Jaíba, MG. Outra ação de pesquisa com bananeira diz respeito à caracterização do mal-do-Panamá da bananeira visando o desenho de estratégias de manejo da doença, levado em consideração fatores bióticos e abióticos. Este projeto está sendo financiado pela FAPESP e o IAC é responsável pelo estudo dos fatores abióticos envolvidos na incidência e severidade do mal-do-Panamá. Desenvolvem-se ações de campo em São Bento do Sapucaí, Aguaí e no Vale do Ribeira.

Na área de nutrição e adubação de bananeira, está sendo realizado um experimento de campo na unidade da Apta no Vale do Ribeira, com objetivo de avaliar o impacto de fontes e doses de K na qualidade do solo, nutrição das plantas, rendimento e qualidade dos frutos.

 

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  LUIZ ANTONIO JUNQUEIRA TEIXEIRA      IAC

CARACTERIZAÇÃO QUíMICA DAS FOLHAS DAS PRINCIPAIS VARIEDADES DE OLIVEIRA

n° SGP 255

AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPOSTOS FENÓLICOS, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E BIODISPONIBILIDADE DAS FOLHAS DE OLIVA CULTIVADAS na REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.

 

 

RESUMO

A oliveira é uma das culturas mais antigas no mundo, concentrando sua maior produção na região do Mediterrâneo. Nas últimas décadas, no Brasil, houve expansão desta cultura, sendo seu principal foco a produção do azeite de oliva. Durante a época de poda, muitas folhas são descartadas sem um destino apropriado. Nestas folhas existem grande quantidade de compostos fenólicos e, com isso, uma ampla variedade de benefícios à saúde humana. Portanto, o objetivo do trabalho é a caracterização destes compostos fenólicos e o comportamento destes frente à sazonalidade, além da avaliação da atividade antioxidante e da sua biodisponibilidade, podendo gerar nas indústrias farmacêutica e alimentícia futura aplicação tecnológica, e ao produtor, agregação de valor a sua produção e aumento de renda.

 

OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é a caracterização química das folhas, das três principais cultivares de oliveiras produzidas no Brasil (arbequina, arbosana e koroneiki) quanto aos compostos fenólicos, atividade antioxidante e sua disponibilidade em função das estações climáticas anuais, visando o aproveitamento das folhas para fins tecnológicos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Avaliar o teor de fenóis totais em extrato etanólico, pré-selecionado, nas três cultivares (arbequina, arbosana e koroneiki), e nas últimas quinzenas das estações climáticas (primavera, verão, outono e inverno) de 2 anos de produção.

- Quantificar a atividade antioxidante pelos métodos de DPPH e ORAC em cada avaliação realizada no item anterior.

- Avaliar a biodisponibilidade dos fenóis totais em culturas de células CACo-2 para o maior teor de fenóis obtido.

 

JUSTIFICATIVA

A oliveira é uma planta de clima temperado e por isso ainda se encontra em processo de adaptação ao território brasileiro com sua produção em constante crescimento. Conhecida pelo seu alto teor de compostos fenólicos na matéria seca, estas substâncias acumulam-se essencialmente nos frutos e nas folhas, especialmente durante a fase de crescimento e na primeira fase de maturação, produzidas pelo metabolismo especializado destas plantas, este também definido como o metabolismo de defesa (RANALLI et al., 2006).

Na folha é possível observar, principalmente, a presença de fenóis simples, como o hidroxitirosol (3,4-DHPEA ou 3,4-dihidroxifeniletanol), o tirosol (3-hidroxifeniletanol), o ácido vanílico, o ácido p-cumárico e o ácido cafeico, além dos fenóis mais complexos (secoiridóides) como a oleuropeína e oligstrósido, que apresentam alta atividade antioxidante, propriedades anti-inflamatória, antitumorais e antimicrobiana, além de serem anti-hipertensivos, ajudam a diminuir o colesterol, são cardioprotetores e coadjuvantes no tratamento da obesidade (RANALLI et al., 2006; BONVINO et al., 2018; YAKHLEF et al., 2018; ÖZCAN; MATTHÄUS, 2016).

No Brasil, em condições tropicais, a planta vegeta mais, produzindo grande quantidade de folhas e exigindo do produtor um melhor sistema de condução da planta, com maior demanda em podas. As folhas residuais deste sistema poderiam agregar valor ao produtor, e sua caracterização em relação às condições climáticas brasileiras podem auxiliar o seu potencial uso.

 

INTRODUÇÃO

A oliveira (Olea europaea L.) é uma das plantas mais cultivadas na região do Mediterrâneo, onde 95% da produção mundial está localizada, destacando-se os países Espanha, Grécia, Itália, Turquia e Marrocos (BOUAZIZ et al., 2008; MOHAMED et al., 2018; FAOSTAT, 2017; YAKHLEF et al., 2018)

A produção das oliveiras no Brasil é recente e está em constante crescimento. As oliveiras se adaptaram muito bem na região da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, São Paulo e algumas regiões do Rio Grande do Sul. Por apresentarem uma adaptação recente, apenas 40% das plantas estão produzindo, representando um aumento de 42,8% entre os anos de 2017 e 2018. Os resultados projetados são bastante promissores, pois estima-se que em 2025 a área plantada aumente em 300% (ZAGO et al., 2019).

Segundo dados da FAOSTAT, 2017, a produção brasileira em 2017 foi de 946 hectares de área cultivada, produzindo cerca de 1250 toneladas de azeitonas, representando apenas 0,006% da produção mundial.

Em crescimento em território brasileiro, estudos sobre composição e qualidade do azeite, análise sensorial, entre outros estão em andamento e já fazem parte de nossa realidade. Entretanto a folha como subproduto ainda é pouco explorada.

As condições de clima subtropical, propiciam maior desenvolvimento vegetativo das plantas quando comparado as de clima mediterrâneo, em detrimento a produção de frutos e este crescimento deve ser controlado por meio de podas, gerando como subprodutos as folhas do olival. Relatos de problemas com o desenvolvimento vegetativo intenso acontecem em Santa Catarina, São Paulo, Minas gerais e Rio Grande do Sul. A elevada altura das plantas também dificulta a colheita, que se manual, necessita ser feita com escadas, que ocasiona riscos aos trabalhadores rurais, e perdas de tempo. Para reduzir problemas de crescimento vegetativo intenso que ocasionam perdas produtivas, três fatores devem ser observados: (i) escolha de cultivares que apresentem menor desenvolvimento vegetativo para plantio em nossas condições; (ii) poda correta, e se necessário várias vezes ao ano; (iii) controle de fertilizações, especialmente de adubação nitrogenada (BERTONCINI, et al., 2010).

Além disso, as folhas correspondem a aproximadamente 10% do peso das azeitonas que são coletadas para a extração do azeite, sendo aproveitadas somente para a alimentação animal, havendo uma perda de potencial nutricional para a saúde humana, devido à sua alta concentração de compostos fenólicos de grande interesse das indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética, possibilitando a potencialização de uso destas substâncias (IRAKLI; CHATZOPOULOU; EKATERINIADOU, 2018; LAMA-MUÑOZ et al., 2019; LEONARDIS et al., 2015).

Sabe-se que estas folhas apresentam alta atividade antioxidante, propriedades anti-inflamatória, antitumoral e antimicrobiana, além de serem anti-hipertensivos, ajudam a diminuir o colesterol, são cardioprotetores e coadjuvantes no tratamento da obesidade (BONVINO et al., 2018; ÖZCAN; MATTHÄUS, 2016; YAKHLEF et al., 2018)

Muitas das atividades obtidas nas folhas, são devidas aos compostos fenólicos. Este grupo de compostos constituem um dos mais numerosos e amplamente distribuídos grupos de produtos naturais no reino vegetal. Mais de 8000 estruturas fenólicas são atualmente conhecidas e entre elas mais de 4000 flavonoides foram identificados, sendo compostos caracterizados como fortes antioxidantes. Quimicamente, os compostos fenólicos são compostos orgânicos caracterizados pela presença de uma hidroxila (OH) ligada a um anel aromático. Os efeitos na saúde dependem da quantidade consumida e da sua biodisponibilidade, e devido à sua elevada diversidade estrutural, esta biodisponibilidade é naturalmente muito influenciável, sendo que os mais comuns na dieta humana não são os mais ativos biologicamente. Tal é justificado por inúmeras razões, como a baixa atividade intrínseca, a absorção intestinal reduzida ou a rápida metabolização e excreção. Não obstante, nem todos os compostos fenólicos são absorvidos com a mesma eficácia, sendo que são extensivamente metabolizados pela microflora intestinal (HARBORNE; WILLIAMS, 2000; SÁ et al., 2012; XIE et al., 2015).

As classes mais importantes de compostos fenólicos nas folhas de oliva incluem álcoois fenólicos, ácidos fenólicos, flavonóides, flavonas e secoiridóides (ÖZCAN; MATTHÄUS, 2016).

Nos álcoois fenólicos da folha estão o 3,4-dihidroxifeniletanol (hidroxitirosol) e p-hidroxifeniletanol (tirosol). O hidroxitirosol, segundo composto fenólico mais abundante nas folhas de oliveira, é um precursor da oleuropeína e sua transformação ocorre a partir de reações químicas e enzimáticas que sucedem durante o amadurecimento. Além disso, é um potente antioxidante, cardioprotetor, antimicrobiano, hipoglicêmico, hipocolesterolêmico e anti-inflamatório (GONZÁLEZ et al., 2019).

Os mais frequentes flavonoides descritos incluem luteolina 7-O-glucosídeo, rutina e apigenina-7-O-glucósidio. Nos ácidos fenólicos temos por exemplo ácido cafeico e clorogênico, nas flavonas das folhas temos, a luteolina-7-glucosídio e apigenina-7-glucosídio e como principal secoiridóide temos a oleuropeína e alguns derivados. A oleuropeína é o composto fenólico mais abundante presente nas folhas de oliveira, tendo uma variação no teor de 60 a 90 mg/g de matéria seca nas folhas e é responsável pelo sabor amargo pela propriedade anti-inflamatória e por ser um potente antioxidante, além de ter propriedades anticancerígenas, antiviral e antimicrobiana (AL-RIMAWI, 2014; ÖZCAN; MATTHÄUS, 2016).

Segundo VOGEL et al., 2015, a capacidade antioxidante dos compostos fenólicos é superior quando comparada às vitaminas C e E, devido ao sinergismo entre as substâncias e variam de acordo com as condições agronômicas como, a origem da cultivar, condições climáticas, manejo da cultura e condições de armazenamento das folhas (IRAKLI; CHATZOPOULOU; EKATERINIADOU, 2018; ÖZCAN; MATTHÄUS, 2016)

A ingestão destes compostos, sua atividade antioxidante e sua biodisponibilidade são importantes para o conhecimento da matéria prima e seu melhor uso. São inúmeros os benefícios dos produtos e subprodutos da cultura da oliveira. Muitos destes benefícios são conhecidos desde a antiguidade e mesmo em tempos atuais, vários são os trabalhos com descobertas mais aprofundadas sobre os princípios ativos do fruto, das folhas e do azeite. Contudo, poucos são os conhecimentos agronômicos e fitoquímicos dos materiais produzidos no país, como também de seus subprodutos, uma vez que grande parte dos materiais resultantes de poda dos olivais são todos descartados, sem destino produtivo efetivo. As folhas da cultura que são produzidas em grandes quantidades, devido ao grande poder vegetativo da oliveira em condições tropicais aportam escassos lucros de momento. As eventuais propriedades benéficas das folhas aliadas à necessidade de valorizar estes produtos conduziram a este projeto de pesquisa, que visa averiguar o seu real valor e eventual exploração industrial.

 

 

 

METODOLOGIA

  1. Material

Os materiais a serem avaliados serão as folhas de três variedades de oliveira, sendo estas: Arbequina, Arbosana e Koroneiki, cultivadas no município de Delfim Moreira.

Estas folhas serão colhidas nas quatro estações no período de dois anos e a coleta será realizada na última quinzena de cada estação, como demonstrado pela Tabela 1 a seguir:

 

Tabela 1. Épocas de coletas das folhas

 

Estações

Data da coleta

Outono

11/jun

Inverno

12/set

Primavera

11/dez

Verão

10/mar

 

 

A partir de estudos preliminares já realizados para avaliar a eficiência da extração dos compostos fenólicos foi obtido que o melhor solvente de extração foi o etanol 50%. O conteúdo de fenóis totais  de cada cultivar, de cada estação e de cada ano será avaliado conforme descrito em WATERHOUSE, 2002.

 

  1. Análise Cromatográfica

A extração será realizada de acordo com o método descrito em VINHA et al., 2002. A amostra será misturada com o etanol até a extração completa destes compostos. O extrato será filtrado e evaporado sob pressão reduzida (40ºC). Posteriormente, este extrato será dissolvido novamente em etanol (4 mL), dos quais 20 μL serão injetados no HPLC. Os padrões à serem análisados serão: oleuropeína, luteolina-7-glicosídeo, apigenina-7-glicosídeo, ácido cafeico, ácido clorogênico, rutina, quercetina.

Para a quantificação dos compostos fenólicos no extrato de folhas de Olea europaea L, o extrato será dissolvido em dimetilsulfóxido (DMSO), na proporção de 5 mg/mL e a solução será filtrada por uma membrana nylon 0,45 milímetros.

O equipamento HPLC utilizado será um Hewlett-Packard Série HP 1100 equipado com um detector de arranjo de diodos. A fase estacionária será um C18 LiChrospher 100 coluna analítica (4 mm de diâmetro) com um tamanho de partícula de 5 milímetros (Merck, Darmstadt, Alemanha) termostatizado a 30ºC. A taxa será de 1 mL/min e as mudanças de absorbância serão monitoradas a 280 nm. As fases móveis utilizadas na cromatografia, serão: (A) ácido acético/água (2,5:97,5) e (B) acetonitrila.

Um gradiente linear será executado a partir de 95% (A) e 5% (B) a 75% (A) e 25% (B) durante 20 min; alterada para 50% (A) e (B) em 20 minutos (40min, tempo total ); em 10 minutos mudará de 20% (A) e 80% (B) (50 min, tempo total). Depois do reequilíbrio em 10 min (60 min, tempo total).

A identificação dos compostos fenólicos do extrato das folhas de oliveira será realizada comparando os seus tempos de retenção com os correspondentes padrões e pelos seus espectros de UV obtidos com o detector de arranjo de diodos.

 

  1. Determinação do potencial antioxidante

Para a determinação da atividade antioxidante das folhas de oliveira, serão utilizadas duas metodologias, sendo estas os métodos de DDPH, descrito por MENSOR et al., 2001 e pelo método de ORAC descrito por DÁVALOS; GÓMEZ-CORDOVÉS; BARTOLOMÉ, 2004.

 

            3.1 Método de DPPH

O método de DDPH é realizando com o reagente de mesmo nome (DPPH - 1,1 difenil-2-picrilhidrazila da Sigma-Aldrich) e consiste em um radical livre relativamente estável. Para cada amostra, serão utilizados 60 mg da amostra seca homogeneizada com 20 mL de etanol 95%, cuja solução será posteriormente filtrada.

Será construída uma curva de calibração com pelo menos 5 concentrações distintas das amostras em etanol (250, 125, 100, 50 e 10 µg/mL). Será adicionado 1 mL da solução sequestrante de DPPH 0,3 mM em etanol e as reações serão incubadas por 60 minutos em temperatura ambiente.

Paralelamente, será feito um controle negativo com o DPPH a 0,3 mM em etanol para observar o decaimento do radical contra antioxidantes doadores. A leitura obtida a 518 nm, será convertida em porcentagem de atividade antioxidante e o valor estimado para 50% da inibição, valor de CE?? (µg/mL), será calculado por regressão linear, segundo método descrito em MENSOR et al., 2001.

Este método se baseia na redução deste radical livre, relativamente estável, DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazila) (Sigma-Aldrich), em solução alcoólica, que na presença de antioxidantes doadores de hidrogênio, captura estes elétrons mudando a coloração de violeta para amarelo, passando para sua forma estável, DPPH-H?. O índice de atividade antioxidante será determinado de acordo com SCHERER; GODOY, 2009, onde: IAA<0,5= pobre atividade antioxidante; 0,5<IAA<1,0=moderada; 1,0IAA2,0= forte; >2,0= muito forte.

 

3.2 Método de ORAC

Para a avaliação da atividade antioxidante também será realizado o método de ORAC de eliminação de radicais peroxílicos, segundo a metodologia de DÁVALOS; GÓMEZ-CORDOVÉS; BARTOLOMÉ, 2004, usando uma microplaca leitor FLUOstar Omega (BMG LABTECH).

O meio de reação utilizado será tampão fosfato de potássio (pH 7,4, 75mM). A reação será realizada a partir de 20 μL de extrato das folhas de oliveira ou as diferentes concentrações de Trolox. Adicionando-se 120 μL de fluoresceína (0,4 μg/mL) e 60 μL de radical AAPH (2,2′-azobis (2-metilpropionamidina) dicloridrato) (108 mg/mL) na microplaca. A leitura será realizada com temperatura controlada de 37ºC a cada 1 min por um total de 80 min, utilizando os comprimentos de onda de 485nm e 520nm, correspondendo aos comprimentos de onda de emissão e excitação, respectivamente.

Para os resultados do experimento de ORAC será calculada a equação de regressão com as diferentes concentrações de Trolox e a partir dela os resultados serão relacionados com a área líquida sob a curva de decaimento cinético da fluoresceína.

 

  1. Análise da biodisponibilidade dos compostos fenólicos

Para a análise da biodisponibilidade de fenóis o emprego das células Caco-2 tem se mostrado aplicável há alguns anos em estudos de absorção e transporte intestinal de fenóis. Nesta técnica, os alimentos são submetidos à simulação da digestão péptica seguida da digestão intestinal, na presença das células Caco-2. Além de estimar a solubilidade e absorção, este modelo também fornece uma estimativa do transporte do composto de interesse.

O emprego das células Caco-2 associada ao processo de digestão apresenta um grande avanço, quando comparado ao uso apenas da digestão in vitro, pois permite verificar a absorção do nutriente após a digestão do alimento em pHs semelhantes àqueles encontrados ao longo da superfície de absorção do trato intestinal.

Alguns trabalhos compararam a biodisponibilidade dos fenóis empregando métodos de digestão in vitro associados a culturas de células Caco-2 e verificaram boa correlação com valores obtidos em estudo com humanos, assim a metodologia a ser adotada será a de QUARONI; HOCHMAN, 1996.

 

5. Análise Estatística

Os resultados serão submetidos à análise de variância (ANOVA – two way), teste t para comparação de médias e análise de componentes principais (PCA) pelo software Action Stat 3.5.

 

 

 

 

 

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  Juliana Rolim Salomé Teramoto      IAC

Estado nutricional, manejo do pomar e doenças estratégicas na citricultura: bases para a produção sustentável

n° SGP 254

A citricultura contribui com o maior volume da produção brasileira de frutas, obtido com alta produtividade dos pomares, resultado da adoção de tecnologias como adensamento de plantio, adubação e irrigação. Porém, o aumento na incidência de problemas fitossanitários pressiona o aumento dos custos de produção, o que acarreta diminuição da sustentabilidade do setor. Apesar dos avanços no manejo de nutrientes, pouco foi abordado sobre a relação estado nutricional e severidade de doenças dos citros. Assim, faz-se necessário caracterizar processos e relações entre o estado nutricional e a predisposição de plantas cítricas a doenças de grande importância para a citricultura brasileira (cancro cítrico, huanglongbing, podridão floral, pinta preta e mancha marrom), e estabelecer estratégias racionais de manejo do pomar que minimizem os prejuízos causados por estas doenças à quantidade e qualidade da produção de citros do País. A proposta de pesquisa, apoiada por resultados de campo de longa duração e outros desenvolvidos pela equipe proponente, está organizada em estudos desenvolvidos em campo, para avaliação de respostas das plantas ao manejo nutricional diferencial com N, Ca e Mg, além de alguns micronutrientes, sobre estrutura e integridade de tecidos, respostas bioquímicas (metabolismo de carboidratos e estresse oxidativo) e fisiológicas, e partição de biomassa de biomassa que possam resultar na maior tolerância e/ou resistência das plantas em diferentes porta-enxertos a estresses e reduzir a predisposição dessas ao progresso das doenças nos pomares. Esses estudos são apoiados por outros desenvolvidos em casa-de-vegetação e laboratório. A definição de melhores práticas de manejo das adubações para minimizar impactos dessas doenças poderá prolongar a vida útil dos pomares, e ainda contribuir com a redução do uso de defensivos agrícolas e seu impacto ambiental.

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  Dirceu Mattos Jr.      IAC

Estresses Nutricionais e Eficiência de Uso de Nutrientes em Cultivos Agrícolas

n° SGP 251

Experimentos estão sendo conduzidos em condições de campo e controladas em casa-de-vegetação para ampliar o entendimento sobre práticas de manejo e respostas das plantas que possam contribuir para aumentar a eficiência de uso de nutrientes e aumentar a adaptação das plantas à ocorrência de estresses nutricionais. Estão sendo estudadas culturas de interesse e importância para o Estado de São Paulo, como por exemplo, os citros, café e a cana-de-açúcar.

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  Fernando César Bachiega Zambrosi      IAC

Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solo para Fins Agrícolas

n° SGP 247

O Programa de Controle de Qualidade teve iní­cio em 1984, após o lançamento, em 1983, dos métodos de análise de solo do sistema IAC. Esses incluem a extração de P (e também de Ca, Mg e K) pela resina de troca iônica, a determinação do pH em CaCl2 e de H+Al indiretamente, por meio da leitura de pH de solo na solução tampão SMP. Atualmente o Programa conta com a participação de 120 laboratórios de 12 estados brasileiros e dois paí­ses da América do Sul. Anualmente, o Programa distribui 20 amostras de solos para os laboratórios participantes. Esses as analisam e enviam o resultado via Internet (http://lab.iac.sp.gov.br). Após análises estatí­sticas, os laboratórios recebem uma avaliação de seus resultados (bimensal). No final do ano é feita uma avaliação geral. Aqueles que têm desempenho satisfatório recebem um "selo" indicando a proficiência para os ensaios testados durante o ano.

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  Heitor Cantarella      IAC

Eficiência de uso de fertilizantes

n° SGP 237

Fertilizantes são insumos largamente utilizados na agricultura. Há um número crescente de fontes de nutrientes para as plantas, com diferentes desempenhos devido a reações com o solo, perdas para o ambiente etc. Formulações que aumentem a eficiência de uso de fertilizantes são de grande interesse não só do ponto de vista ambiental quanto econômico. Há grande demanda por estudos na área. O IAC desenvolve pesquisas sobre o tema há muito tempo. Entre os trabalhos de interesse recente estão formulações com inibidores ou recobertas com polí­meros para evitar perdas e liberar os nutrientes gradualmente para as culturas. Técnicas convencionais de manejo de fertilizantes no campo e uso adequado de fontes convencionais também são importante ferramentas para o aumento da eficiência desses insumos. Esta linha de pesquisa engloba diversos projetos especí­ficos, especialmente com fertilizantes nitrogenados. Em 2017, um projeto em colaboração com a FCA Unesp de Botucatu e a Universidade de Nottingham, na Inglaterra, financiado pela FAPESP e BBSRC, foi iniciado, contando com um aluno de doutorado no IAC. Esse projeto visa estudar a eficiência de uso de N em sistemas agrícolas, em especial aqueles em que culturas de cobertura são plantadas juntamente com o milho.

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  Heitor Cantarella      IAC

Caracterização da qualidade e identificação de linhagens de Bourbon Amarelo aptas á produção de cafés especiais

n° SGP 229

A demanda por cafés especiais vem crescendo em proporções maiores do que os cafés comuns, indicando a preferência dos consumidores por cafés que possuam melhores atributos de qualidade. No mercado de cafés especiais, quanto mais exótico, distinto e raro for um determinado café e, logicamente, quanto melhor for a sua qualidade de bebida, maior será o preço desse café, podendo obter ágios de preço que variam entre 20 e 100% acima dos cafés comuns, o que representa excelente oportunidade para agregação de valor e aumento da competitividade da cafeicultura brasileira. Considerando que a constituição genética das cultivares de café arábica é um dos fatores determinantes da qualidade fí­sica e sensorial do café, desde que as condições ambientais sejam favoráveis ao desenvolvimento normal das plantas, cafeicultores de diversas regiões produtoras do Brasil estão voltando a plantar café Bourbon, cultivar que vem tendo destaque no mercado mundial de cafés especiais por sua excepcional qualidade de bebida, com aroma floral e achocolatado, acidez cí­trica balanceada e sabor adocicado. Para atender a crescente demanda por cafés especiais, algumas instituições brasileiras estão intensificando suas ações de pesquisa focadas na avaliação do desempenho qualitativo de cultivares de café arábica, tendo em vista conhecer as alterações qualitativas decorrentes da interação Genótipo í? Ambiente. Nesse projeto será utilizado o café proveniente de experimento instalado no municí­pio de São Sebastião da Grama, estado de São Paulo, com altitude acima de 1.100 metros. Serão utilizadas técnicas modernas de análise sensorial para caracterização e descrição do perfil sensorial de cada cultivar, com ênfase na manifestação de sabores e aromas.

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  Gerson Silva Giomo      IAC

Seleção de cultivares resistentes e estudo de mecanismos de defesa envolvidos na relação cafeeiro-bicho-mineiro

n° SGP 222

O projeto se relaciona ao desenvolvimento de cultivares de C. arabica com resistência ao bicho-mineiro e com caracterí­sticas agronômicas superiores, como produção elevada de frutos, bom vigor vegetativo, porte reduzido e baixa porcentagem de frutos chochos e sementes do tipo concha. Como as primeiras hibridações do programa de melhoramento foram realizadas com cultivares resistentes a ferrugem e a espécie C. racemosa, doadora dos genes de resistência ao inseto, tem maturação precoce de frutos e tolerância a seca, supõe-se também que genótipos portadores dessas caracterí­sticas possam ser selecionados. Ensaios de progênies localizados nas principais regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais serão avaliados e plantas de interesse serão selecionadas para o avanço de gerações. Estudos relacionados À expressão da resistência serão também postos em prática com objetivo de melhor conhecer a relação inseto/planta.

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  Oliveiro Guerreiro Filho      IAC

Manejo integrado de Sphenophorus levis, Migdolus fryanus e outras pragas de solo em cana

n° SGP 215

Neste projeto devem ser conduzidos experimentos que permitam uma definição mais adequado dos parâmetros para implantação/melhoria do manejo integrado de pragas de solo. Assim, estão em andamento os seguintes ensaios:

1)distribuição espacial e temporal de S. levis, visando definir planos da amostragem

2)efeito da variedade sobre populações de S. levis

3) avaliação de eficiência de inseticidas aplicados no sulco de plantio e nas soqueiras no controle de S. levis: em 2019, foram instalados 2 ensaios no plantio e 1 ensaio em soquira,  sendo cada um em blocos ao acaso e 6 repetições, com parcelas representadas por 6 sulcos de 10m, em espaçamento de 1.5 m. Os tratamentos foram aplicados no sulco de plantio (ensaio plantio) ou no corte da soqueira (ensaio soca) e as avaliações para estimar as populações da praga estão sendo feitas aos 3, 5 e 7 meses de idade da cultura e por acosião da colheita.Na colheita, serão obtidas as produtividades; em 2016, outros 2 ensaios devem ser instalados, seguindo a mesma metodologia, para avaliar a eficência de novos produtos

 

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  Leila Luci Dinardo-MIranda      IAC

Introgressão de genes silvestres de Arachis spp. no amendoim cultivado visando resistência a doenças foliares e nematóides

n° SGP 179

Este projeto, iniciado em 2011 com recursos do CNPq, visa explorar a variabilidade de espécies silvestres de amendoim (Arachis spp)no melhoramento do amendoim cultivado (Arachis hypogaea). O germoplasma silvestre de amendoim (Arachis spp.) possui potencial como fonte de resistência À s principais doenças foliares, em ní­veis mais altos do que os encontrados na espécie do amendoim cultivado. A resistência ao nematóide Meloidogyne arenaria também pode ser explorada através de genes silvestres. As etapas realizadas com recursos do CNPq foram encerradas em 2013. A partir de 2014, com recursos da empresa Masterfoods (administrados via Fundag), e em parceria com a Embrapa, as atividades estão sendo direcionadas da seguinte forma: utilizar-se-ão, como fonte de resistência à doença (mancha preta), um anfidiploide (Arachis magna x Arachis stenosperma) oriundo do programa de pré-melhoramento da Embrapa, e linhagens intermediárias interespecìficas obtidas como germoplasma do ICRISAT (͍ndia), e descendentes da espécie silvestre Arachis cardenasii. As atividades também incluem a utilização de germoplasma interespecí­fico oriundo da Georgia (Tifton, USDA) e descendente da espécie silvestre Arachis cardenasii, portador de resistência ao nematóide Meloidogyne arenaria, visando a transferência dessa resistência para linhagens e cultivares do programa IAC. Este projeto é multidisciplinar e é conduzido em colaboração com a Embrapa/Recursos Genéticos e assessoramento da Universidade da Georgia (EU). Nesta etapa do projeto, 3 linhas de trabalho são propostas, todas envolvendo os genótipos interespecí­ficos e incluindo na metodologia do melhoramento a seleção assistida por marcadores moleculares: 1) Seleção para resistência ao nematóide Meloidogyne arenaria, a partir de germoplasma hypogaea descendente do cultivar interespecí­fico COAN; 2) Obtenção de linhagens "Alto Oleicas" com acentuada resistência a manchas foliares, a partir de germoplasma introduzido do ICRISAT, e descendente da espécie Arachis cardenasii (fonte da resistência); 3) Introgressão de resistência à mancha preta através de retrocruzamentos e seleção assistida por marcadores moleculares, tendo como fonte de resistência o anfidiploide (A. magna x A. stenosperma).

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  Ignácio José de Godoy      IAC

Melhoramento genético do amendoim visando À obtenção de cultivares para o sistema de produção e mercado de São Paulo e de outras regiões brasileiras

n° SGP 178

Fazem parte deste projeto as atividades de melhoramento do amendoim cultivado (Arachis hypogaea)visando a criação e desenvolvimento de cultivares prioritariamente para a cadeia de produção de amendoim para confeitaria,estabelecida no estado de São Paulo. Inclui-se aqui o projeto "Pesquisa e desenvolvimento de cultivares para o estado de São Paulo", financiado por 11 empresas da cadeia de produção, e administrado via Fundag. As atividades atuais deste projeto compreendem dois objetivos ou linhas de pesquisa: a) Obtenção de cultivares rasteiros, portadores da caracterí­stica "Alto Oleico", precoces, semi-precoces ou de crescimento determinado para adaptação às áreas de renovação de cana-de-açúcar; b) Obtenção de cultivares rasteiros, portadores da caracterí­stica "Alto Oleico", de ciclo entre 130 e 140 dias, com produtividade e estabilidade de produção, visando regiões não limitadas quanto ao ciclo da cultura. Algumas atividades deste projeto (SGP 178) associam-se ao projeto SGP 179 quanto aos materiais que se destacarem naquele, como candidatos a lançamento e exploração comercial. 

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  Ignácio José de Godoy      IAC

melhoramento de milho

n° SGP 174

Com objetivos de desenvolver híbridos convencionais de milho de  baixo custo da semente, hí­bridos comerciais foram avaliados para capacidade geral e especifica de combinação para obtenção de hí­bridos intervarietais de sintéticos a curto prazo. A longo prazo,  serão obtidos linhagens das populações parentais  para posterior obtenção de hí­bridos simples. Esse trabalho seriam a repetido com novos hí­bridos comerciais promissores que fossem identificados no trabalho de avaliação regional. Vários hí­bridos foram desenvolvidos e comercialmente esse tipo de cultivar teve boa aceitação pelos produtores e atraiu o interesse de pequenas empresas nacionais de sementes como parceiras na produção de sementes. Em agosto de 2013 foi iniciado um trabalho de obtenção de linhagens e melhoramento da variedade de milho AGS 9010105, originada da variedade AL Bandeirante. Esse trabalho está sendo realizado em parceria com Agro-sena Sementes, que financiará parte do projeto com 36 mil reais, a serem captados até 2015 pela Fundag no projeto IA - 1061 Milho. Em 2017/18 iniciou-se o desenvolvimento de milho preto, partindo de uma fonte de milho preto boliviano. Em 2019 iniciamos em parceria com a Ingredion o desenvolvimento de populações e hibridos de milho cerosos, com introdução do gene waxy em linhagens e populações.

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  Eduardo Sawazaki      IAC

Avaliação regional de linhagens e cultivares de feijoeiro para determinação do valor de cultivo e uso para fins de registro de cultivares.

n° SGP 167

Ensaios de competição de linhagens e cultivares (VCU) são instalados em UPDs e Polos de pesquisa da APTA como Capão Bonito, Tatuí­, Monte Alegre do Sul, Mococa, Pindorama, Votuporanga, Ribeirão Preto, Adamantina, nas cooperativas de Holambra II e outros locais a serem determinados conforme a necessidade de testes dos ensaios, com semeadura nas épocas de inverno irrigado (maio/junho), das águas (agosto/setembro) e das seca (janeiro/fevereiro), conforme a tradição de plantio nestas regiões. Os tratamentos (cultivares) são semeados em blocos ao acaso com três repetições, sendo a parcela constituí­da de quatro linhas de quatro metros, espaçadas em 0,50m e colhidas as duas linhas centrais. As avaliações referentes ao desenvolvimento vegetativo e reprodutivo dos cultivares são realizadas de acordo com o desenvolvimento das plantas no mí­nimo uma no florescimento e outra próxima a colheita. As avaliações de reação as doenças também são realizadas nessas épocas, e quando forem necessárias em outras épocas a serem definidas de acordo com a ocorrência das doenças. As avaliações referentes a reação a antracnose também são realizadas em laboratório com a inoculação do patógeno sobre as cultivares. Todas as observações de produtividade são analisadas com o auxí­lio de pacotes estatí­sticos e divulgados em dias de campo e publicações especializadas, bem como os resultados de reação a doenças destes materiais genéticos.

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  Alisson Fernando Chiorato      IAC

Diagnóstico de perdas de de solo em bacias hidrográficas do Estado de São Paulo

n° SGP 156

O problema que se apresenta para a pesquisa se caracteriza pela falta de informações sistematizadas sobre os impactos das atividades agrícolas sobre a base de recursos naturais, notadamente no que se diz respeito às perdas de solo por erosão e produção de água em bacias hidrográficas.  O depauperamento dos solos pelos processos erosivos é a principal causa de degradação ambiental, comprometendo a resiliência dos agroecossistemas e a prestação de diversos serviços ambientais. Considerando que esta problemática está associada à intensificação das atividades antrópicas, o uso de tecnologias de geoprocessamento, associadas aos modelos hidrológicos se tornou uma alternativa eficaz devido ao caráter imperioso que tais questões envolvem. Com o avanço das geotecnologias, novas ferramentas de estudo tem se tornado disponíveis, permitindo uma melhor coleta e processamento de informações do meio físico e biótico, que possuem influência direta na erosão e produção de água.  Avanços em sensoriamento remoto e técnicas de geoprocessamento de imagens, bem como a integração dos sistemas de informação geográfica à modelos hidrológicos constituem-se numa alternativa fundamental nos estudos de erosão e produção de água, notadamente em bacias hidrográficas. Sob esta perspectiva, ressalta-se a popularização recente das aeronaves remotamente pilotadas, como os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) que tornaram-se uma importante plataforma nos estudos em geociências devido a diversidade de sensores que podem ser embarcados. Estas aeronaves, permitem adquirir dados de altíssima resolução espacial e temporal, além de superarem os limitantes da fotogrametria tradicional, como a falta de definição geométrica de algumas feições da paisagem.

 

Objetivo Principal

Nesse sentido esse projeto tem como objetivo principal avaliar o impacto das atividades agrícolas e suas práticas de manejo do solo, nas perdas de solo e produção de sedimentos gerados pela erosão hídrica, bem como na produção de água, em termos de vazão de rios e escoamento superficial, em bacias hidrográficas. Os objetivos específicos desse projeto são:

Objetivos específicos

a) Simular, por meio de modelos hidrológicos, cenários de uso e manejo das terras e seus impactos na erosão e produção de água

b) Avaliar a qualidade da água nas diferentes sub-bacia e estabelecer correlações com classes de uso e ocupação do solo;

c) Avaliar as características, especificações e acurácia dos diferentes sensores espectrais acoplados ao VANT, notadamente os sensores na faixa do infravermelho e infravermelho termal;

d) Avaliar a precisão e aplicabilidade dos modelos digitais de elevação na obtenção de gerados por VANTs variáveis topográficas que subsidiem a identificação e monitoramento de processos erosivos em áreas submetidas a diferentes técnicas de conservação do solo.

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  Jener Fernando Leite de Moraes      IAC

Adaptabilidade de plantas aromáticas sob cultivo orgânico e/ou convencional, em diversas regiões do país.

n° SGP 154

O uso de extratos e óleos essenciais na indústria de cosméticos e, em particular, no ramo de perfumes remonta À Antiguidade. Na China, na Índia e no Oriente Médio, as plantas aromáticas, os óleos essenciais, as águas perfumadas e preparações cosméticas eram utilizadas na cozinha, em cosméticos, na medicina e nas práticas religiosas. O mercado de produtos farmacêuticos derivados de plantas é um segmento promissor, já que o crescimento do mercado de medicamentos fitoterápicos é da ordem de 15 % ao ano. O setor de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria em 2005 foram de 14,5 %. No mercado internacional o Brasil é o décimo maior importador de óleos essenciais e o quarto maior exportador somando US$ 98 bilhões em 2004. Existem ainda muitos óleos já explorados e utilizados pelas indústrias, com origem em outros locais do globo, que poderiam ser produzidos no Brasil com pequenas adaptações no sistema produtivo. Porém a falta de tradição no cultivo da planta e oferta no mercado nacional faz com que as indústrias consumidoras não busquem aqui esses produtos, limitando as opções dos nossos agricultores. O presente trabalho tem como o objetivo, avaliar a adaptação de algumas espécies aromáticas, manjericão (Ocimum basilicum), lavandas (Lavandula dentata, Landula angustifolia e Lavandula officinalis), mentas (Mentha arvensis e Mentha piperita), capim-limão (Cymbopogon citratus e Cymbopogon flexuosus), citronela (Cymbogon winterianos), alecrim (Rosmarinus officinalis) e gerânio (Pelargonio graveolens) e outras, em sistema de cultivo convencional, orgânico e agroecológico, para fins de extração de óleos essenciais, para as condições edafoclimáticas no Estado de São Paulo e outras regiões do país. O projeto será desenvolvido em parceria com produtores rurais.

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  Eliane Gomes Fabri      IAC

Expressão de genes relacionados com a resistência á Pseudomonas syringae pv. garcae em cafeeiros

n° SGP 153

A Mancha aureolada causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae (Amaral et al., 1956) vem sendo detectada com frequência em cafezais de importantes regiões produtoras do estado de São Paulo, provocando danos severos, principalmente em lavouras ainda em formação ou sujeitas a frequentes chuvas de granizo e/ou ventos fortes. A doença vem sendo também constatada no sul e no cerrado mineiro, em alguns casos ocorrendo em alta severidade. A seleção de cafeeiros resistentes À doença se baseia na existência de variabilidade genética para a caracterí­stica. No entanto, são bastante controversas as informações sobre a resistência À Mancha aureolada. Este projeto tem como objetivos: a) o estabelecimento de um método eficaz de avaliação de sintomas provocados por P. s. pv. garcae em mudas jovens de cafeeiros a partir de estudos relacionados À natureza dos isolados, metodologias de inoculação dos mesmos nas plantas e À identificação de variáveis adequadas À mensuração dos danos; b) a identificação de fontes de resistência a P. s. pv. garcae em cafeeiros do banco de germoplasma de Coffea do IAC; c) o estudo da expressão molecular de genes de defesa envolvidos na interação C. arabica - P. s. pv. garcae. Nesse sentido, três linhas de pesquisa serão desenvolvidas, sendo que no primeiro será avaliada a patogenicidade de 10 isolados de P. s. pv. garcae na cultivar Mundo Novo de C. arabica, sendo os isolados oriundos de lavouras de C. arabica atingidas pela doença em diferentes regiões produtoras do Brasil. Será também definido o método ideal de inoculação dos isolados, sendo comparados três diferentes estratégias, ou seja, a aspersão do inóculo, o uso de agulhas múltiplas e a inoculação por picadas com alfinetes. Paralelamente será determinado o método mais apropriado para a avaliação dos sintomas. No segundo experimento, cultivares, variedades botânicas e acessos diversos de C. arabica serão avaliados visando À identificação de fontes de resistência com potencial para a seleção de cultivares resistentes À doença. Finalmente, será estudada também a expressão de genes de resistência através de método de microarray em amostras de folhas de cafeeiros resistentes e suscetí­veis inoculados e não inoculadas com a bactéria e em diferentes perí­odos de incubação da bactéria, a fim de se identificar os genes responsáveis pela resistência e/ou processos biológicos/metabólicos a eles relacionados.

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  Oliveiro Guerreiro Filho      IAC

POTENCIAL AGRíCOLA DE BIOCARVAO PROVENIENTE DE BIOMASSAS ALTERNATIVAS

n° SGP 150

Aliar alta produção de alimentos com sustentabilidade ambiental é um dos principais desafios da atualidade. O biocarvão (BC) consiste em um material bastante estável e com propriedades fí­sicas e quí­micas especí­ficas, e pode representar uma ferramenta de grande importância para esse desafio. O BC já vem sendo estudado para algumas finalidades, como para a produção de energia, melhoria da qualidade do solo, entre outros. Nesse contexto, torna-se importante entender a relação entre fonte/produção do BC o que permitirá um estudo para usos mais especí­ficos desse produto. Esse trabalho tem os seguintes objetivos: (i) estudar como a temperatura de pirólise altera a composição quí­mica do biocarvão, comparada à composição quí­mica da biomassa original utilizada; (ii) determinar a disponibilidade de N, P e alguns metais pesados dos biocarvões após aplicação no solo; (iii) Caracterizar a estabilidade do biocarvão após aplicação no solo, quantificando-se o C-CO2 emanado; (iv) quantificar a CTC e a retenção de água dos biocarvões e como tais atributos são afetados no solo após aplicação dos mesmos; (v) determinar o efeito do biocarvão na emissão de N2O de fonte nitrogenada aplicada ao solo; (vi) avaliar processo de ativaçao que aumentem o poder adsortivo do biocarvão; (vii) avaliar o uso do biocarvao na remediaçao de águas subterraneas contaminadas com metais; (viii) viabilizar a reciclagem de residuos agricolas, urbanos ou industrias na forma de biocarvão; (ix) estudar a aplicação de biocarvao e fertilizantes nitrogenados para sua liberação gradual ao solo; (x)  avaliar a eficiência dos biocarvões na mitigação dos efeitos tóxicos de solo contaminado com metais, melhorando os atributos químicos, físicos, físico-químicos e microbiológicos. Dessa forma espera-se gerar alternativas para remediação de áreas contaminadas para que possam ser revegetadas e utilizadas novamente

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  Aline Renee Coscione      IAC

Manejo e Qualidade do Solo em Sistemas de Agricultura Conservacionista

n° SGP 143

Em áreas de produção agropecuária, sucessivos cultivos com técnicas inadequadas tem como resultado a degradação dos solos, tanto em áreas de cultivos anuais (grãos e hortaliças), como em cultivos perenes (fruteiras), semiperenes (cana-de-açúcar) e pastagens. Problemas de erosão hídrica são frequentes. Para reverter o processo de degradação desses solos, reduzir a compactação do solo, reduzir a erosão e suas consequências, aumentar a produtividade e garantir sustentabilidade às atividades busca-se a introdução de sistemas de agricultura conservacionista, entre eles o sistema plantio direto. Esses sistemas necessitam adaptação às condições de cada realidade local e para isso são necessários estudos de opções de cobertura, opções de rotação de culturas, opções de cultivos rentáveis, produção com baixo uso de insumos, técnicas e equipamentos adequados. O solo é um fator básico para os sistemas de produção agrícola e a qualidade do solo, seja física, química e/ou biológica, pode influenciar positiva ou negativamente a eficiência de um sistema produtivo. A busca por sistemas sustentáveis vem sendo constante nas atividades agrícolas, pecuárias e silviculturais, e a adoção de sistemas que integram essas atividades na mesma área de forma consorciada ou integrada é crescente. Por outro lado, a mecanização de todas as operações e o aumento da intensidade de uso das máquinas nas áreas tem gerado problemas de degradação dos solos, gerando demanda por sistemas de manejo alternativos. Este projeto tem como foco principal a conservação dos recursos naturais e a sustentabilidade da agricultura familiar, através da busca de soluções para problemas de manejo do solo e das culturas enfrentados pelos agricultores. O objetivo é desenvolver os sistemas conservacionistas, através de ensaios que busquem avaliar as alterações no solo decorrentes desses manejos, gerando informações sobre a qualidade do solo sob os diferentes sistemas agrícolas, que possibilitem recomendar adaptações ou inovações tecnológicas.

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  Isabella Clerici De Maria      IAC

Estudos e modelos de avaliação e predição de erosão

n° SGP 141

Objetivo do projeto é avaliar perdas de solo em carreadores sob diferentes coberturas e em canal escoadouro em glebas cultivadas com cana-de-açúcar.

Os processos erosivos em áreas agrícolas têm sido alvos de diversos estudos, buscando conhecer seus fatores e determinar práticas para minimizar os problemas. Embora consideradas importantes na geração de sedimentos, nas áreas de estradas e carreadores não pavimentados, o tema tem sido pesquisado de forma ainda tímida. Os experimentos serão desenvolvidos na Usina Cofco Intl., nas unidades dos municípios de Catanduva-SP e Potirendaba-SP. O delineamento experimental será em blocos casualizados com 5 repetições e 4 tratamentos (T1= carreador descoberto; T2= carreador com gramínea; T3= carreador com palha; T4= carreador com pó de rocha). As perdas de terra serão medidas por dois métodos, que serão comparados entre si. O primeiro método é a medição do formato de cada perfil ao longo dos carreadores utilizando fios de nylon, que ficarão presos na parte superior de duas estacas, devidamente numeradas para identificação de cada perfil dentro das parcelas, tomando-se medidas das distâncias entre o fio de nylon e o solo com um auxílio de uma régua de alumínio. O segundo método será baseado na técnica de structure-from-motion (SfM), com reconstrução tridimensional (3D) da superfície do solo, e posterior geração de modelos digitais de elevação (MDE) de alta resolução através de veículo aéreo não tripulado (VANT). O volume de solo erodido será calculado através da diferença entre MDEs de diferentes épocas. Serão gerados mapas da distribuição espacial das perdas de solo e das incertezas das estimativas nas áreas de estudo. Os valores de perda de solo serão submetidos à análise de variância e teste de Tukey para a comparação das médias.

Os modelos de predição de erosão são importantes instrumentos em estudos de polí­tica conservacionista, programas de planejamento ambiental, projetos conservacionistas nas propriedades agrícolas, além de serem importantes ferramentas de ensino e pesquisa. A pesquisa objetiva avaliar a utilização de modelos matemáticos de predição de erosão e sua validação para utilização prática para as condições edafo-climáticas do estado de São Paulo. Para atingir os objetivos propostos são utilizados dados de perdas de terra e de água que vem sendo obtidos por mais de 70 anos pela Seção de Conservação do Solo, em talhões com sistemas coletores de erosão, instalados em quatro estações experimentais e representando diferentes combinações de solo, topografia e clima. Estes dados serão comparados com as predições feitas pelos modelos a partir de dados de atributos fí­sicos, quí­micos e biológicos do solo e de produção das culturas. O principal modelo estudado, que é ainda, o mais utilizado, será a USLE e suas modificações (MUSLE e RUSLE), além dos modelos WEPP, LISEM e SWAT.

 

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  Isabella Clerici De Maria      IAC

Melhoramento de milho visando à obtenção de novos tipos de hí­bridos para o Estado de São Paulo

n° SGP 137

O presente projeto visa à obtenção de novos híbridos top crosses de milho verde, com características específicas para o mercado de consumo in natura e elevada produtividade.

Híbridos de linhagens de milho verde obtidos com difrentes testadores serão avaliados em Mococa e Andradina, nas safra 2019/2020, quanto a caracteres agronômicos e de milho verde. OS ensaios serão desenvolvidos em blocos casualizados, com 3 repetições e parcelas de 4 linhas de 5m.

Análises estatísticas de caracteres agronômicos e bromatológicos serão efetuadas pelo Programa Genes. será também obtida a capcidade combinatória das linhagens.

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  Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani      IAC

Metodologia de produção de batata-semente e diagnose viral.

n° SGP 133

Face à alta diversidade biológica que as condições clima tropical e sub-tropical apresentam no agrosistema, problemas relacionados com doenças de ví­rus no agronegócio de diferentes cultura são geralmente mais complexos na sua epidemiologia e metodologia de controle do que se comparado com a menor diversidade biológica que se verifica em paí­ses de clima temperado. Essa diferença é marcante no cultivo da batata (Solanum tuberosum L.), particularmente no que se refere À degenerescência da batata-semente, devido À s viroses perpetuadas pelo material de propagação vegetativo: tubérculo/batata-semente. Por haver cultivo de batata o ano inteiro e em regiões do Nordeste ao Sul do Brasil e por haver a presença constante, durante o ano inteiro, tanto de plantas hospedeiras de viroses da batata (particularmente das mais comuns, tais como PLRV , PVY, ToYVSV,e mais recentemente o Tomato chlorosis virus - ToCV, do gênero Crinivirus) como de seus respectivos insetos vetores (diferentes gêneros e espécies, tais como afí­deos, mosca-branca, trips, etc). Em decorrência da alta pressão de disseminação de viroses, o Brasil é dependente de renovação anual do estoque básico, livre de ví­rus, adquirido da importação. Paí­ses tradicionais na produção e exportação de batata-semente, bem como nos programas de melhoramento da batata, estão localizados em regiões de clima temperado, como Holanda, Alemanha, França, Suécia, Canadá, Estados Unidos, entre outros, também do Hemisfério Sul, como Chile e Argentina (Patagônia). Nesses paí­ses, a "mãe natureza" favorece a ausência de insetos vetores e de plants hospedeiras (soqueiras) das viroses da batata. Devido ao inverno longo e rigoroso, o "vasio sanitártio" nesses paí­ses é natural, após cada ciclo: uma vez/ano. O desafio de produzir e manter estoques de batata-semente livres de ví­rus no Brasil demanda conhecimento fitotécnico da cultura da batatta e solanaceas virologigamente relacionadas, bem como epidemiológicos das viroses. Nesse projeto, buscamos a ní­vel regional ou nacional esses conhecimentos, pois a produção se localiza em diferentes estados produtores, indo desde Pelotas, RS, À Chapada da Diamantina, BA, e outros do Nordeste: Pernambuco e Paraí­ba. A diversidade de qualificação dos produtores têm sido considerada nesse projeto, que visa gerar tecnologias ao alcance dos diversos ní­veis de produtores. A Tecnologia IAC-Broto/Batata-semente tem respondido à crescente demanda da necessidade de se aumentar  a taxa de multiplicação de tubérculos  com baixo custo, mantendo fidelidade genética da cultivar e sanitária do lote de tubérculos. Demanda crescente em razão da constatação de novas viroses transmitidas por mosca branca, como Tomato chlorosis virus (ToCV) (Crinivirus) . Estudos recentes neste projeto vem avaliando com sucesso a aplicação da Tecnologia IAC-Broto/batata-semente não apenas nos tubérculos / batata-semente básica (importados ou nacionais, livres de vírus) , considerados Geração Zero (G-0), mas também nas G-1 e G-2 (uma ou duas multiplicaçãoes em campo de aumento de batata-semente) para limpeza (redução) de vírus e manutenção de estoques tubérculos/batata-sementebásica.

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  José Alberto Caram de Souza Dias      IAC

Adubação de Sistemas Produtivos - Milho Safrinha e Soja

n° SGP 117

No planejamento da adubação se deve considerar, entre outros fatores, a sucessão de culturas e a reposição dos nutrientes exportados nas colheitas. O nitrogênio é o nutriente requerido e exportado em maior quantidade pelo milho e soja; a fixação simbiótica supre a demanda de N da soja e beneficia o milho cultivado em sucessão. Como a demanda de N pelo milho safrinha tem aumentado devido À melhoria da produtividade, se faz necessário aperfeiçoar o manejo da adubação nitrogenada. Na maioria das lavouras na região Centro-Oeste do Brasil, tem sido utilizada a adubação de cobertura de N e K e pouco ou nenhum fertilizante nitrogenado é aplicado imediatamente após a semeadura do cereal. Isso não é coerente com a necessidade de priorizar o emprego do N na semeadura, conforme resultados obtidos no Estado de São Paulo. Questiona-se também o benefí­cio da aplicação tardia do potássio em cobertura na produtividade do milho safrinha, que poderia ser feita no momento da semeadura do milho ou aplicado somente na soja. Com relação ao fósforo, o milho é muito exigente quanto a sua aplicação localizada e, por sua vez, a soja aproveita de maneira eficiente o fósforo residual. A hipótese é que a aplicação do fósforo deve ser priorizada no milho safrinha, preferencialmente no sulco de semeadura e não a lanço. O enxofre é o nutriente com maior frequência de acúmulo na subsuperfí­cie do solo e deficiência na camada 0-20 cm, mas são poucos os estudos sobre os benefí­cios da sua aplicação na semeadura em sistemas produtivos. Os objetivos são: (1) comparar os modos de aplicação no sulco e a lanço, no momento da semeadura do milho safrinha, de nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre; (2) conhecer a reposta do milho safrinha ao N aplicado em cobertura e seus benefí­cios na soja em sucessão; (3) definir estratégias de aplicação destes nutrientes em cultivos de milho safrinha e soja em sucessão. Serão instalados experimentos com duração mí­nima de 3 anos, no sistema plantio direto e em ambientes contrastantes quanto a fertilidade do solo, em dois locais no Estado de São Paulo (Palmital e Pedrinhas Paulista) e quatro locais no Mato Grosso (Itiquira, Sapezal, Diamantino e Sorriso). O efeito de cada nutriente no milho safrinha será avaliado comparando as adubações completa e com sua omissão, complementando-o em quantidade total na adubação da soja subsequente. O delineamento será o de blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas com 4 repetições. Serão avaliados o estado nutricion

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  Aildson Pereira Duarte      IAC

Avaliação Regional de Cultivares de Milho o Estado de São Paulo: Verão e Safrinha

n° SGP 110

Em face da grande quantidade de cultivares comerciais de milho, da rapidez da sua substituição no mercado e da heterogeneidade das condições ambientais e do ní­vel tecnológico das lavouras, faz-se necessário o estudo do desempenho dos materiais comerciais nas principais regiões do Estado. O presente projeto concilia os interesses dos agricultores e das empresas de sementes, por intermédio da participação do setor público (APTA â?? IAC e Polos Regionais e CATI). O objetivo é gerar informações para a utilização de cultivares de milho convencionais e transgênicas Bt mais adaptadas regionalmente, na safra de verão na safrinha, quanto ao potencial produtivo, as caracterí­sticas agronômicas desejáveis e a resistências À s doenças. Objetiva-se ainda acompanhar a realidade da cultura nas principais regiões produtoras, levantando demandas para novos projetos do Programa Milho, e divulgar informações para o desenvolvimento do agronegócio do milho no Estado.

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  Aildson Pereira Duarte      IAC

MELHORAMENTO GENÉTICO DO FEIJOEIRO

n° SGP 109

O Estado de São Paulo encontra-se entre os maiores produtores brasileiros de feijão e, semelhante À safra nacional, apresenta regiões onde são obtidas até três colheitas anuais, num sistema quase contí­nuo de plantio. O melhoramento de feijoeiro no Insituto Agronômico-IAC é uma atividade multidisciplinar envolvendo diversas áreas do conhecimento. Destas, a avaliação do BAG-feijão IAC é uma das mais importantes devido a necessidade de identificar caracterí­sticas importantes que permitam a obtenção de cultivares mais produtivas. A identificação de fontes de resistência (genes) aos principais patógenos da cultura como a antracnose, murcha de fusarium e a mancha angular é a principal caracterí­stica de importância econômica, constituindo-se em uma forma barata e eficiente de controle. Para isto é necessário o levantamento e a classificação de raças fisiológicas dos patógenos e posterior avaliação dentro do germoplasma. Os genótipos identificados como fontes de resistência são utilizados em cruzamentos para obtenção de linhagens avançadas que apresentem resistência aos patógenos e alta produtividade. Outros fatores abióticos como tolerância a seca também são considerados no melhoramento. Características relacionadas às qualidade tecnológica de grãos  e os estudos de biofortificação, são considerados estratégicos para o registro de novos cultivares IAC de feijoeiro. Em seguida, as linhagens promissoras são avaliadas em ensaios regionais de produtividade (VCU) em diferentes ambientes, épocas e anos, para que ocorra uma correta avaliação e sejam passí­veis de serem recomendadas como novas cultivares IAC.

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  Sérgio Augusto Morais Carbonell      IAC

Melhoramento genético da videira

n° SGP 95

O programa de melhoramento genético de videira vem sendo desenvolvido no Instituto Agronômico (IAC) desde meados de 1900, com as primeiras introduções de variedades americanas e européias e, subsequentes hibridações. Como resultado, o IAC contribuiu com o lançamento de diversas variedades de uva para mesa, para processamento e porta-enxertos. Dentre os diversos cultivares obtidos destacam-se os porta-enxertos, que são plantados em praticamente todo o Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, norte do Paraná, no vale do rio São Francisco e em outros estados emergentes no cultivo de videira, como o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de outros paí­ses, como na Tailândia. Também foram obtidas diversas variedades de uvas para vinho e para mesa que são cultivadas principalmente no estado de São Paulo. Na maioria das fruteiras, a forma de conservação dos bancos de germoplasma é ex situ em campo, por serem perenes e altamente heterozigóticas. A gestão de tais bancos se torna complexa, principalmente quando muitos acessos estão envolvidos. A redundância deve ser reduzida ao mínimo e a homogeneidade e a fidedignidade no material devem ser asseguradas, enquanto a introdução de novos acessos deve ser otimizada.  Assim, a identificação e a caracterização do material vegetal é, portanto, crucial e representa o primeiro passo no manejo e utilização de germoplasma. Esse projeto objetiva analisar a diversidade genética e as relações de parentesco de acessos de videira procedentes do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Instituto Agronômico, por meio da fenotipagem e genotipagem dos acessos com marcadores moleculares do tipo microssatélites. Os dados genéticos obtidos serão analisados para determinar a estrutura genética das populações, quantificar a diversidade alélica e sugerir a composição de uma coleção nuclear para capturar a diversidade genética máxima dentro de um tamanho mínimo de amostra. A análise fenotípica associada à molecular permitirá um melhor conhecimento do nível e da estruturação da diversidade genética disponível. Esse conhecimento orientará a realização dos cruzamentos no âmbito do programa de melhoramento genético da videira da instituição, evitando cruzamentos aparentados. A formação de uma coleção nuclear contribuirá para redução do número de duplicatas, minimizando os custos com manutenção no campo e tornando-se mais representativa para utilização na pesquisa.  Além disso, esse estudo visa gerar um banco de dados moleculares que facilitará o manejo do germoplasma de Vitis e seu uso para posteriores programas de melhoramento genético e genômico. Por meio deste estudo de diversidade ainda pretende-se estabelecer um fingerprint (identidades genéticas) para caracterização molecular e identificação das cultivares provenientes do programa de melhoramento do IAC. Essa caracterização será uma futura exigência do MAPA para para registro no Registro Nacional de Cultivares de Videira (RNC). Ainda pretende-se identificar os prováveis genitores do híbrido SR 501-17, proveniente do programa de melhoramento de videira do IAC.

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  Mara Fernandes Moura      IAC

Uso racional da água na citricultura

n° SGP 85

O crescimento na demanda dos recursos hí­dricos pelos diversos setores da sociedade seja para abastecimento urbano, uso industrial, lazer, dessedentação de animais, e, agricultura torna necessária intensificação de estudos para o uso racional da água. Considerando, ainda, a tendência de crescimento populacional, a necessidade de produção de alimentos, de bioenergia e produtos industrializados o uso racional da água tem grande importância para a sociedade. Diante do exposto o presente projeto tem o objetivo de avaliar o consumo de água, o desenvolvimento vegetativo e radicular, eficiência do uso da água, avaliar estratégias para uso racional da água na irrigação, avaliar a viabilidade técnica de irrigação deficitária, desenvolvimento radicular em condições irrigadas e sob cultivo em sequeiro e os efeitos na produtividade e qualidade de frutos de laranjeiras irrigadas em diferentes regiões no Estado de São Paulo e em diferentes combinações porta-enxerto x copa.

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  Regina Célia de Matos Pires      IAC

Efeito da irrigação no consumo de água, na produção, qualidade e eficiência do uso da água da cana-de-açúcar

n° SGP 84

A necessidade e a busca por bioenergia para a sociedade é fundamental para a sociedade atual e para as gerações futuras em todo mundo. Neste contexto, o Brasil como o principal produtor de cana do mundo tem sido alvo de crí­ticas relacionadas a expansão da cultura da cana-de-açúcar em áreas de cerrados, pastagem, mata e ainda em áreas utilizadas para a produção de alimentos básicos. Desta forma, o uso da irrigação localizada subterrânea pode representar ferramenta importante para aumento da produtividade e da longevidade do canavial em especial em áreas próximas as usinas, reduzindo a necessidade de expansão de áreas, outro aspecto a salientar é o uso da irrigação de salvamento para promover adequada brotação após corte. Para o uso adequado da irrigação é necessário o estudo de parâmetros que auxiliem e que direcionem a aplicação da água de forma tecnificada e sustentável, evitando perdas de água, nutrientes e energia. Além disto, ressalta-se a necessidade de estudo da técnica e seus efeitos na produção em condição de irrigação complementar as chuvas e ao uso de fertirrigação para aplicação de nutrientes bem como da irrigação de salvamento para diferentes cultivares e ambientes de cultivo. Diante deste contexto o presente projeto tem os seguintes objetivos: avaliar o efeito da irrigação no consumo de água, na produção, na qualidade e na eficiência do uso da água da cana-de-açúcar em diferentes ambientes de cultivo e cultivares, profundidade e distribuição de sistema radicular da cana de diferentes cultivares, ambientes de cultivo e sistemas de manejo do solo e métodos de irrigação. O desenvolvimento do presente projeto envolve experimentção em diferentes locais: A) experimento instalado na Usina Colorado, Guaí­ra com diferentes espaçamentos de cultivo e com aplicação de vinhaça por gotejamento enterrado; B) experimento instalado em Campinas com avaliações em diferentes cultivares com irrigação por gotejamento: produção, consumo de água, eficiência do uso da água e sistema radicular; C) experimento instalado na Usina Jalles Machado em Goianésia e Quirinópolis: irrigação de salvamento: produção e sistema radicular; D) Experimento instalado em Jaú com avaliação da disponibilidade hídrica do solo e desenvolvimento radicular com diferentes sistemas de preparo do solo.

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  Regina Célia de Matos Pires      IAC

Análise estatí­stica de séries temporais (agro)meteorológicas

n° SGP 73

A correta compreensão da dinâmica do clima é um dos fatores fundamentais aos avanços da produção agropecuária. Entretanto, devido as recentes evidências de mudanças na variabilidade dos parâmetros climáticos (que podem implicar em maiores ocorrências de adversidades), o estudo de séries temporais meteorológicas deve também considerar (ou tentar detectar), a existência de possí­veis alterações no regime dos parâmetros sob análise. Assim, o objetivo do estudo é analisar e caracterizar a variabilidade espaço-temporal de séries meteorológicas. Será dado enfoque À detecção de possí­veis tendências nos valores dos parâmetros (agro)meteorológicos. Por meio de ferramentas estatí­sticas que reconhecem a dinâmica climática, tais como: funções densidade de probabilidade, análise espectral e o teste Mann-Kendall, espera-se diminuir a vulnerabilidade dos diversos setores da sociedade, em especial o agrícola, em relação Às flutuações climáticas, auxiliando no aprofundamento do conhecimento da inter-relação entre as condições atmosféricas e o homem.

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  Gabriel Constantino Blain      IAC

Melhoramento genético de Macadâmia (Macadamia integrifolia)

n° SGP 66

A Macadâmia (Macadamia integrifolia) é uma noz de origem australiana muito apreciada no mercado internacional e, apesar do Brasil estar entre os maiores produtores, ainda é pouco conhecida pelo consumidor brasileiro. O programa de domesticação e melhoramento genético de macadâmia teve iní­cio no Instituto Agronômico (IAC) na década de 40 com a introdução de sementes de variedades desenvolvidas no Havai/EUA (Marino Neto & Dierberger, 1981). Desde então foram selecionados 16 materiais, podendo ser destacadas as variedades IAC 4-12B, IAC 1-21 e IAC 9-20 pela sua expressiva produtividade e qualidade de nozes (Piza et al., 2006). Por as primeiras variedades desenvolvidas no IAC terem sido selecionadas a partir de sementes de poucas matrizes, indaga-se que exista baixa variabilidade genética no Banco de Germoplasma da instituição. A formação de um banco de dados com a catalogação de variedades existentes no Brasil e no exterior pode ser o ponto de partida para introdução de novos materiais, e dessa forma, ampliar a base genética da população. A falta de informações sobre o pedigree das atuais variedades é outro empecilho para o programa de melhoramento, pois não há informações sobre o grau de parentesco entre a maioria das variedades, o que dificulta a tomada de decisão sobre a escolha dos genótipos parentais. Portanto, como a condição básica do melhoramento é a existência de variabilidade genética, torna-se indispensável a coleta dessa variabilidade, sua caracterização, avaliação e principalmente, sua conservação. Desta forma, objetiva-se no presente projeto obter um pool de diversidade genética, caracterizado e apto a fornecer genótipos para ingressar no programa de melhoramento genético do IAC.

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  Graciela da Rocha Sobierajski      IAC

INTEGRANDO ASPECTOS FISIOLÓGICOS, MORFOLÓGICOS E ANATÔMICOS PARA ENTENDIMENTO DO ACÚMULO DIFERENCIAL DE SACAROSE EM GENÓTIPOS DE CANA-DE-AÇÚCAR

n° SGP 57

Nosso propósito é estudar alguns aspectos fisiológicos, morfológicos e anatômicos relacionados com a produção de sacarose em genótipos de cana-de-açúcar. A compreensão dos aspectos ecofisiológicos relacionados com a produção de fitomassa e de sacarose em cana-de-açúcar é desejável para o desenvolvimento do setor sucro-alcooleiro brasileiro. Entretanto, hoje pouco é conhecido sobre as relações entre caracterí­sticas da planta e produção de sacarose nos genótipos de cana-de-açúcar brasileiros. Este conhecimento é importante para os programas de melhoramento, manejo e de modelagem. As seguintes questões são relevantes para um programa de melhoramento: por que genótipos de cana-de-açúcar acumulam quantidades diferentes de sacarose nos colmos? Este acúmulo diferencial é devido a caracterí­sticas, fisiológica e/ou anatômicas e/ou morfológicas? Esta relacionado com as relações fonte-dreno? O alto acúmulo de sacarose esta relacionado com respostas diferenciais À s condições estressantes (seca e frio) durante o inverno? A tolerância diferencial esta relacionada com estádios fenológicos especí­ficos ou durante todo o ciclo? Para responder estas questões estudos integrado da cana-de-açúcar são essenciais no sentido de aumentar o conhecimento relativo ao acúmulo de sacarose. Estes estudos serão feitos com genótipos com capacidades diferencial de produção de sacarose sob condições de campo, de casa de vegetação e em câmara de crescimento. Várias caracterí­sticas fisiológicas, morfológicas e anatômicas relacionadas com a fotossí­ntese e metabolismo da sacarose serão avaliados, sendo este projeto um estudo multidisciplinar e integrado no sentido de entender a ecofisiologia

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  Eduardo Caruso Machado      IAC
  Sobre

O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

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