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Viabilidade Econômica do Sistema Integração-Lavoura-Pecuária - Um estudo de caso em Guaíra-SP

n° SGP 2440

Os sistemas integrados de produção, contidos na denominada Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), têm sido difundidos e adotados nas diversas regiões brasileiras, inclusive no estado de São Paulo. No entanto, apesar dos esforços de análise dos resultados obtidos a partir de projetos desenvolvidos por outras instituições, em virtude da complexidade e da heterogeneidade dos sistemas integrados, ainda carecem de um esforço maior de análise no aspecto econômico, que demonstrem sua viabilidade econômica, sem a qual fica dificultada sua adoção pelos agropecuaristas.

Nesse sentido, esse projeto visa analisar os resultados, especialmente econômicos, do sistema Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) adotado por uma propriedade paulista desde a safra 2002/2003 e que, de acordo com os relatos do responsável técnico e dos proprietários, têm sido alvissareiros.

A propriedade está localizada em Guaíra, uma importante região produtora de grãos e pecuária bovina do estado de São Paulo, que conta com infraestrutura de armazenagem, de comercialização e abate de bovinos reunindo, assim, condições favoráveis de expansão regional desse sistema.

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  Terezinha Joyce Fernandes Franca      IEA

Preços Correntes: Valor da Terra Agrícola e Trabalho Rural

n° SGP 2437

O projeto “Preços correntes” ocorre desde 1969, englobando os levantamentos referentes aos valores de terra agrícola e ao trabalho rural. A proposta diz respeito à dois projetos subjacentes, o primeiro referente ao trabalho rural, e seus respectivos levantamentos (Salários rurais, Pagamento de empreita e Quantidade colhida), e o segundo referente ao Valor da terra agrícola e seus levantamentos (Valor de Terra Nua, Imóveis Rurais com benfeitorias, Arrendamento pagamento em dinheiro e Aluguel de Pasto). Essa proposta visa coordenar as ações integradas entre esses levantamentos, ou seja, analisar e propor alterações na metodologia de levantamento, pesquisar a aderência das perguntas elaboradas há mais de 30 anos, se for o caso, propor a substituição dessas perguntas por outras mais aderentes ao cenário atual. Além disso, elaborar e realizar treinamentos aos informantes do projeto e propor alterações nas formas de publicação das informações.

            Assim, a proposta visa o melhoramento do funcionamento dos levantamentos estatísticos ligados aos valores da terra e ao trabalho rural, procurando oferecer à sociedade civil estatísticas de qualidade, fundamentais na programação de médio e longo prazo das atividades agrícolas.

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  Felipe Pires de Camargo      IEA

Trajetória das Câmaras Setoriais do agronegócio paulista de 2011 a 2020: desafios e perspectivas

n° SGP 2436

Apesar da multiplicidade de políticas desenvolvidas para o agro nacional, ainda são significativas as desigualdades e os desafios no campo brasileiro, sobretudo para os pequenos agricultores.

Questões importantes que se colocam quando se foca na agropecuária brasileira são: as políticas agrícolas e as políticas públicas vigentes são eficientes para a promoção do desenvolvimento sustentável do agro nacional/paulista? Existem disparidades no acesso às políticas agrícolas e públicas? Elas são igualmente acessadas por todos os segmentos do agro, por todas as regiões produtoras e por todos os perfis de produtores? 

Ao que se percebe, as políticas não têm se mostrado suficientes para o desenvolvimento do agro em função da heterogeneidade de desafios derivados de distintas culturas, diferentes regiões e múltiplos perfis tecnológicos e dificuldade de acesso à informação e às políticas.

Outro ponto é que elas necessariamente não são bem concebidas, e acabam por ocorrer problemas de operacionalização, fatos que dificultam o acesso por parte dos produtores e às próprias políticas. Além disso, normalmente não são previstos indicadores na sua concepção, o que dificulta sua avaliação e caracterização de problemas ao longo do tempo.

Um modelo implementado no Brasil são as Câmaras Setoriais, compostas pelos elos de toda uma cadeia produtiva, as quais foram concebidas para dialogar com o setor privado, tentando com esse fórum organizar demandas que pudessem ser encaminhadas ao poder público e, a partir disso, após estudo técnico, se transformarem em políticas públicas. Com isso seria possível encurtar o caminho entre a concepção e implementação de políticas públicas, ganhando-se objetividade e tempo na resolução de problemas setoriais, além de atender as reais necessidades dos diversos setores.

Várias mudanças ocorreram na função exercida pelo Estado em nossa sociedade, pois ao logo do tempo estas passaram por muitas transformações. Se hoje sua função é promover o bem estar da sociedade e, para isso, é necessário que sejam desenvolvidas ações em diferentes áreas, seu o objetivo maior, nos séculos XVIII e XIX era cuidar da segurança pública e a defesa externa, mostrando que a democracia trouxe novas responsabilidades ao Estado (CALDAS, 2008).

Para atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas Públicas.

Em Caldas (2008), define-se Políticas Públicas como “a totalidade de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público”. Na verdade, as ações são tomadas pelos dirigentes públicos com base em suas prioridades, conforme seu entendimento das demandas ou expectativas da sociedade, o que significa dizer que “o bem-estar da sociedade é sempre definido pelo governo e não pela sociedade”, pois a sociedade não consegue se expressar integralmente, a não ser por demandas (CALDAS, 2008). Estas demandas, na maioria das vezes, proveem de grupos organizados como ONGs, associações, entidades representativas, sindicatos etc.

Interessante observar que um dos pontos que Caldas coloca é que as decisões governamentais partem de suas prioridades, apesar de considerar que a sociedade se expressa, mas não se expressa integralmente. Quando se pensa no modelo das Câmaras Setoriais este modelo partiria de um outro pressuposto, pois a ideia é de que as demandas ocorram a partir dos setores organizados em um fórum específico. Os limites, se ocorrem, se devem ao atendimento selecionado dos pleitos, pelo poder público conforme seus interesses de plano de governo.

Para Rua (2015),

“embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública. Podemos encontrar um exemplo na emenda constitucional para reeleição presidencial, ou na CPMF, ou, ainda, na criação de um novo estado da federação. Observe que essas situações apresentadas são decisões, mas não são política pública. Já a reforma agrária, o Sistema Único de Saúde, o financiamento da educação superior ou a adoção de mecanismos de transferência de renda são políticas públicas”.

Para Silva et all (2009),

“as transformações do papel do Estado englobam novas configurações nas quais novos atores são incluídos e definidos processos na administração pública que determinam relações com a sociedade civil. Esta redefinição do papel do setor público mostrou a necessidade de criação de mecanismos de articulação entre o Estado e a sociedade, com mudanças a partir da década de 1990. A perspectiva era de modernização e aumento da competitividade dos setores produtivos com a possibilidade de adaptação às alterações ocorridas no mercado internacional, agora globalizado”.

Dentro desta nova visão, surgiram as Câmaras Setoriais, que devem exercer o papel de dar subsídios ao Estado para solucionar impasses da sociedade civil.

No Brasil as Câmaras Setoriais surgem nos anos de 1980, com o fim do regime militar e a democratização do Estado, mas é apenas em 1990 que passam a ser organizadas no setor agropecuário. No estado de São Paulo, apenas a partir de 1991 que passaram a ser utilizadas como instrumento de auxílio ao poder público (SILVA, 2009).

A partir de então passam a exercer um papel mais dinâmico junto ao Estado, trazendo pautas focadas nas necessidades das cadeias produtivas, apesar de terem diferenças na sua dinâmica de atuação e de funcionamento.

Neste sentido, a utilização da ferramenta de organizar setores através de seus elos da cadeia produtiva pode ter se tornado uma forma mais coerente de elaborar políticas públicas. Importante saber se nas Câmaras Setoriais isso tem ocorrido de fato e o quanto este fórum tem sido a forma mais representativa de encaminhar demandas, se estas demandas têm sido consistentes para formar políticas públicas, assim como detectar se o poder público tem se utilizado deste instrumento para implantar ou mesmo corrigir políticas públicas.

A partir destas considerações podemos entender que as Câmaras Setoriais devem cumprir a função de propor aos governos pautas de políticas públicas de forma organizada, juntando os diferentes elos das cadeias produtivas num espaço privilegiado de debate onde os interesses dos agentes podem ser demandados para o poder público de forma colegiada e representativa e possam, a partir destas, através de decisões políticas, se tornar políticas públicas.

Entretanto, há grande heterogeneidade entre as cadeias produtivas e no comportamento de seus elos, sendo que em algumas percebe-se a participação mais contundente do setor agropecuário (dentro da porteira) e em outras do setor de processamento. Também é destaque, o fato de algumas serem mais ativas que outras, observando que há umas que não promovem reuniões.

Tais colocações apontam no sentido da importância de compreender como têm ocorrido o desenvolvimento do papel das Câmaras Setoriais como indutoras de políticas públicas para os governos. Melhor, se este modelo de atuação, tomando como base as Câmaras Setoriais do agronegócio do estado de São Paulo e do Brasil nos últimos dez anos, tem mantido seus objetivos; e apontar e analisar quais as principais pautas trazidas à debate e a avaliação de atendimento às demandas e da viabilização destas em políticas públicas propostas. Ou seja, reconhecer seu papel com indutor de políticas públicas executáveis num período mais recente.

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  Rosana de Oliveira Pithan e Silva      IEA

): Reestruturação dos Sistemas de preços do Atacado e Varejo e Suas Relações de Consumo

n° SGP 2434

A coleta de preços de comercialização de alimentos nos mercados atacadista e varejista já ocorre a décadas no Instituto de Economia Agrícola com grande êxito, dado que estas estatísticas estão entre as mais acessadas da Instituição. Contudo, a permanência de coleta sistemática de um produto deve ir além do seu tempo de vida e dos acessos atuais as suas bases de dados. As estatísticas precisam estar aderentes as necessidades atuais dos usuários, ter metodologia atual, utilizar técnicas de ciência de dados, ser capaz de captar oscilações pontuais, ser disponibilizadas com agilidade e de forma fácil e dinâmica e, se possível, ser capaz de antecipar tendências. Nesta linha, a proposta de pesquisa, busca reestruturar os sistemas de preços do atacado e varejo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) desde a sua concepção e através de parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) atualizar os parâmetros de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e construir um modelo amostral e sistemático de atualização anual de consumo de alimentos na região em estudo, sendo, que esta base irá ponderar os grupos de consumo e consequentemente os indicadores de variação do dispêndio da cesta de mercado.

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  Vagner Azarias Martins      IEA

Cidadania no Campo: Rotas Rurais

n° SGP 2433

A mobilidade em espac?os rurais mostra-se carente de instrumentos que viabilizem o acesso a?s propriedades rurais e o deslocamento de pessoas, produc?a?o, insumos, servic?os de emerge?ncia, seguranc?a, entregas e outros. A ause?ncia desses instrumentos compromete a qualidade de vida, as atividades socioecono?micas e o pleno exerci?cio da cidadania pela populac?a?o rural. O Programa Cidadania no Campo - Rotas Rurais tem o objetivo de oferecer soluc?o?es tecnolo?gicas capazes de preencher essa lacuna presente no ambiente rural; tomando como apoio sistemas de informac?o?es geogra?ficas para tratamento de banco de dados de imagens, mapas de geolocalizac?a?o e de roteamento, e a validac?a?o de informac?o?es reunidas em uma u?nica plataforma de acesso remoto. As aplicac?o?es envolvem a disponibilizac?a?o de mapas logi?sticos e roteadores interativos que permitira?o a ra?pida localizac?a?o da propriedade rural e suas rotas de acesso, assim como constituira? importante apoio ao enderec?amento rural e interac?a?o entre diferentes bases de dados, a exemplo, de informac?o?es fitossanita?rias, socioecono?micas e socioambientais.

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  Priscilla Rocha Silva Fagundes      IEA

Agroecologia e circuitos curtos de comercialização no estado de São Paulo: renda, segurança alimentar e desenvolvimento local.

n° SGP 2429

A investigação tem por objetivo analisar o cenário atual dos circuitos curtos de comercialização em municípios selecionados do estado de São Paulo. O reconhecimento das potencialidades e fragilidades do comércio local de alimentos orgânicos e agroecológicos orienta-se por metodologias de pesquisa quali-quantitativa e pesquisa participante. As entrevistas semiestruturadas auxiliarão no levantamento de informações a respeito de iniciativas para o comércio direto de alimentos orgânicos nas várias modalidades de comercialização dos circuitos curtos (cestas, delivery, feiras, mercados institucionais, espaços e lojas especializadas), especialmente, as feiras agroecológicas. O diagnóstico com os resultados do estudo de casos múltiplos (situações municipais) da produção local, perfil da produção (agricultura familiar, caiçaras e comunidade indígena guarani) e dos consumidores de FLV orgânicos permitirá compartilhar experiências que poderão subsidiar a elaboração e/ou aperfeiçoamento de políticas públicas destinadas à promoção da alimentação saudável, geração de renda no campo e desenvolvimento territorial. A equipe multidisciplinar (agronomia, biologia, economia, estatística, geografia, sociologia e zootecnia) reúne pesquisadores científicos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e extensionistas rurais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo: Instituto de Economia Agrícola/APTA; Polo Regional Centro Sul, UPD em Agricultura Ecológica/APTA; Polo Regional Vale do Paraíba, UPD Ubatuba; Departamento de Desenvolvimento Sustentável, do Centro de Programas de Uso Sustentável; Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR) de São Paulo e Mogi das Cruzes, Casas de Agricultura da Baixada Santista e Litoral Norte, da Coordenadoria do Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS).

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  Soraia de Fátima Ramos      IEA

Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis - NPOP-BIS

n° SGP 2426

O Brasil em geral e especificamente o Estado de São Paulo são gigantes de produção agrícola, com a projeção mundial. Entretanto, as tecnologias de aproveitamento de resíduos de produção agrícola e a produção de alimentos saudáveis ainda estão aquém do nível desejado. Por outro lado, o contínuo crescimento de doenças relacionadas aos distúrbios de metabolismo provocadas pela alimentação, sedentarismo e obesidade apresenta um peso crescente sobre sistemas de saúde e despesas relacionadas as doenças. A proposta deste projeto é estabelecer e aprimorar quatro plataformas biotecnologias integradas (PBI) que visam a produção de alimentos saudáveis, por redução do valor calórico, redução do risco de doenças degenerativas e inserção de ingredientes promotores da saúde. . A PBI-I consiste no desenvolvimento de lipídios estruturados de baixo valor calórico obtidos por interesterificação enzimática e concentração de ácido behênico, modelando o triacilglicerol para obter lipídeos com potencial para diferentes aplicações tecnológicas. A PBI-II prevê a obtenção de compostos fenólicos bioativos por processos biotecnológicos a partir de subprodutos e excedentes agroindustriais. Estes bioprocessos podem ser desenhados para minimizar o uso de solventes orgânicos na extração, assim como, modificar a estrutura química dos compostos para elevar a bioatividade e biodisponibilidade. A PBI-III propõe estabelecer uma plataforma para identificação, caracterização bioquímica e estrutural continua de novas enzimas a partir de estudos (meta) genômicos e transcriptômicos de comunidades microbianas, visando a produção prebióticos (XOS, MOS, beta-glucano, etc). Produzirá também proteínas recombinantes em grandes quantidades (fábricas celulares), focando em produção de proteínas doces, substitutos saudáveis de açúcar. Os testes de aplicação dos ingredientes inovadores desenvolvidos nas Plataformas Biotecnológicas em produtos alimentícios serão realizados em escala piloto, nas plantas instaladas no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Serão empregados equipamentos similares ou com características próximas aos existentes em linhas industriais, de forma a manter os padrões exigidos para produtos comerciais. Uma vez comprovadas as viabilidades técnica, econômica e comercial serão realizados estudo de estabilidade dos alimentos desenvolvidos e testes pré-clinicos visando validar os aspectos de saudabilidade/funcionalidade alegados para os novos produtos. Cabe ressaltar que a produção e viabilização técnica de ingredientes funcionais de alta performance, exige uma associação entre grupos de pesquisa com expertises diversas, num ambiente colaborativo, e em contato direto com o setor industrial.

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  Maria Teresa Bertoldo Pacheco      ITAL

Resistência de ácaros fitófagos e predadores a pesticidas e estratégias de manejo de artrópodes-praga com uso de ácaros predadores em diversas culturas

n° SGP 2425

Um dos fatores que dificultam a produção e a comercialização de diversas culturas agrícolas de importância econômica no Brasil é o ataque de diversas espécies de ácaros-praga. Algumas espécies de ácaros das famílias Tetranychidae e Tenuipalpidae têm causado enormes prejuízos à agricultura em muitos países, incluindo o Brasil. O ácaro-rajado, Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), causa sérios prejuízos em diversas culturas, incluindo algodão, feijão, mamão, morango, pêssego, uva, tomate, crisântemo, gérbera e rosa. Os ácaros Brevipalpus spp. (Acari: Tenuipalpidae) são considerados pragas-chave de culturas como citros, café, diversas fruteiras e ornamentais, e estão associados à transmissão de várias viroses, incluindo o vírus da leprose dos citros (Citrus leprosis virus - CiLV) e o da mancha anular do cafeeiro (Coffee ringspot virus - CoRSV). Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae) é outra espécie de ácaro-praga que tem causado sérios prejuízos principalmente aos cultivos de coco e banana, no Brasil. No caso de coqueiro, em infestações severas, pode causar a morte de plantas jovens, assim como, a queda de flores e frutos. Os ácaros predadores da família Phytoseiidae são considerados os principais inimigos naturais de ácaros-praga de importância agrícola. Um dos sérios problemas enfrentados pelos agricultores tem sido a dificuldade para o controle dos ácaros-praga através do uso de agroquímicos. O desequilíbrio biológico causado pela eliminação de inimigos naturais e o rápido desenvolvimento de resistência de ácaros-praga aos acaricidas estão entre as principais razões para essa dificuldade de controle. O objetivo geral do projeto é obter subsídios para o estabelecimento de programas de manejo de ácaros-praga (Tenuipalpidae, Tetranychidae) em diversas culturas, com ênfase em cultivos de citros, café, banana, coco e plantas ornamentais (ex.: rosas, gérbera). Os objetivos específicos são: 1) estudar a resistência de T. urticae a acaricidas, em populações procedentes de várias culturas e diferentes regiões brasileiras, incluindo estudos de caracterização bioquímica e molecular da resistência; 2) estudar a resistência de ácaros predadores (ex.: Phytoseiulus macropilis e Euseius spp.), a acaricidas/inseticidas, incluindo estudos de caracterização bioquímica e molecular da resistência (com análise de transcriptoma em linhagens S e R para P. macropilis); 3) Avaliar a influência da aplicação de produtos fitossanitários sintéticos (inseticidas, acaricidas, fungicidas) e de origem biológica [extratos de plantas, entomopatógenos (fungos, bactérias)], sobre o desempenho de ácaros predadores (Phytoseiidae) no controle de ácaros Brevipalpus e redução na incidência da leprose em plantas (mudas) de citros; 4) avaliar estratégias de manejo de artrópodes-praga (ex.: Brevipalpus spp., Oligonychus ilicis, R. indica, T. urticae; Bemisia tabaci, Frankiniella occidentalis) nas culturas de citros, café, banana, coco, plantas ornamentais (rosa, gérbera, crisântemo) com ênfase no uso de ácaros predadores (Phytoseiidae, Laelapidae) para o controle biológico de ácaros-praga, e resistência de plantas (cafeeiro e bananeira) a ácaros pragas.

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  Mário Eidi Sato      IB

Potencial vacinal de mutantes de Francisella noatunensis subsp. orientalis para a tilápia-do-nilo

n° SGP 2423

O objetivo deste projeto será desenvolver uma vacina viva atenuada contra Francisella noatunensis subsp. orientalis (FNO) para ser aplicada utilizada na tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). O projeto terá cinco objetivos específicos. i.) Produzir pelo menos uma estirpe mutante de FNO deletando os genes wbtA, pilA, mglA, clpB e tolC, a partir de uma estirpe brasileira não mutante isolada no laboratório do Instituto de Pesca (IP0012018). ii) Avaliar a eficiência dos mutantes como vacina, por meio do ensaio de infecção experimental com a FNO selvagem, bem como sua influência sobre: iii) as respostas mediadas por células (linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+) e humoral (IgM); iv) a expressão de genes envolvidos em processos imunomodulatórios, responsáveis pela síntese de citocinas e quimiocinas; v) características hematológicas (contagem total e diferencial de leucócitos) e bioquímicas do plasma (proteína total, glicose e lisozima). A estirpe IP0012018 sofrerá deleção dos genes pela técnica "Lambda red", verificada por PCR e sequenciamento de DNA. Serão realizados dois testes in vivo: um para avaliar o grau de imunização causado pela administração das estirpes mutantes produzidas; outro para avaliar a resposta imune celular e humoral induzida pelos mutantes. Ambos serão em delineamento experimental inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. Os grupos experimentais serão jovens de tilápia-do-nilo: inoculados com a solução salina e desafiados com estirpe selvagem de FNO (G1); inoculados com estirpes mutantes de FNO, com deleção em gene(s) do "operon" wbtA (G2), pilA (G3), mglA (G4), clpB (G5) e tolC (G6) e desafiados com estirpe selvagem de FNO, e inoculados com a solução salina e não desafiados (G7). Após 15 dias da inoculação via intraperitoneal, os grupos G1-G6 serão desafiados com a bactéria selvagem patogênica de FNO via oral. O primeiro experimento será levado até os 21 dias após a infecção (DPI) para a obtenção do nível de proteção da vacina. No segundo experimento serão realizadas coletas seriadas no dia anterior à infecção, e aos 7, 14 e 21 DPI, quando oito peixes/grupo serão sacrificados para amostragem. A população de linfócitos CD4+ e CD8+ será avaliada por imuno-histoquímica e citocinas serão quantificadas por RT-qPCR no rim cranial e no baço; níveis de IgM mensurados por ELISA no soro; as contagens de leucócitos serão obtidas a partir do sangue e as análises bioquímicas a partir do plasma. A manifestação clínica ou subclínica da doença (sintomatologia, lesões macroscópicas e microscópicas, reisolamento) será avaliada em ambos experimentos. Os dados serão analisados pela ANOVA e comparados por Tukey (P<0,05). Após a realização das duas etapas do projeto, espera-se produzir pelo menos uma vacina viva atenuada contra FNO.

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  Leonardo Tachibana      IP

Bioprospecção de bactérias probióticas bacteriocinogênicas: da otimização do cultivo à aplicação em sistemas de produção animal.

n° SGP 2422

A utilização de micro-organismos probióticos na prevenção e no tratamento de infecções bacterianas em animais destinados ao consumo humano vem sendo considerada uma alternativa eficiente frente ao uso de antibióticos. Adicionalmente, estudos recentes demonstram que determinadas biomoléculas produzidas por estes micro-organismos, tais como bacteriocinas, vitaminas, ácidos graxos, exopolissacarídeos, enzimas, entre outras, podem melhorar a imunidade e o desenvolvimento de seus hospedeiros. Os micro-organismos probióticos mais utilizados atualmente nas indústrias de alimentos e farmacêuticas são os pertencentes ao grupo de bactérias ácido-láticas (BALs), uma vez que são consideradas seguras pelos órgãos reguladores nesta área. No entanto, sabe-se que os efeitos benéficos gerados pelos probióticos são específicos para cada hospedeiro e que, frequentemente, cada biomolécula de interesse é sintetizada, em maior quantidade, por uma determinada linhagem bacteriana. Nesse contexto, o presente projeto tem como objetivo principal o isolamento e a identificação de BALs probióticas presentes na microbiota do intestino de aves, suínos e peixes. Para tanto, serão selecionadas cepas com alta capacidade de produzir bacteriocinas. A partir desta seleção, serão realizados ensaios de compatibilidade entre as cepas e, posteriormente será confeccionado um “mix” de probióticos. As cepas que o compõe serão individualmente micro-encapsuladas e administradas diariamente na dieta dos animais de interesse do setor agropecuário, através de ração e água, a fim de averiguar a eficácia probiótica da mistura. Bacteriocinas sintéticas serão igualmente micro-encapsuladas e administradas na dieta dos animais para compreender seu efeito individual na saúde dos mesmos. Os resultados obtidos com as microcápsulas serão comparados com aqueles obtidos com as mesmas estruturas livres. Ademais, serão realizados estudos imunológicos, análises de microscopia eletrônica e de diversidade da microbiota intestinal desses animais.

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  Leonardo Tachibana      IP

Índice de Preço de Importação da Borracha Natural

n° SGP 2420

Uma planta endêmica da Amazônia brasileira, a Hevea brasiliensis (seringueira), passou a ter exploração comercial crescente com a produção de borracha natural nessa região a partir da década 1820 até a década de 1910, quando começou o declínio das exportações. Em 1890 a região produzia 95% da borracha natural do mundo e em 1928 somente 2,3% (LIMA, 2016). Durante seis décadas o Brasil dominou o mercado mundial de borracha natural. A partir da década de 1920 a produção e exportação brasileira desse produto entrou em declínio. Hoje o Brasil produz 1% da borracha natural do mundo (LIMA, 2016).

No decorrer da década atual o Brasil atingiu uma produção que garante em torno de 40% da demanda de seu mercado interno. Os outros 60% são adquiridos via importação (ANIP, 2013). Em torno de 70% da produção de borracha natural brasileira é consumida pelas indústrias de pneumáticos, com a seguinte destinação: cerca de 50% na substituição de pneus usados, no mercado interno; 25% pelas montadoras e veículos automotores instaladas no Brasil e os 25% restantes são exportados (ANIP, 2013). Com o acelerado aumento na produção automobilística no País, a previsão é de que o consumo de borracha natural também continuará crescendo, tendo atingido em torno de 500 mil toneladas em 2015 e com previsões de se alcançar 600 mil em 2020. Enquanto a produção de borracha natural no mesmo período deverá ser respectivamente de 180 e 280 mil toneladas. Além do mais, como a demanda por borracha natural no Sudeste da Ásia também deverá crescer, a oferta da borracha asiática deverá ser consumida na própria região, agravando o problema brasileiro de suprimento do produto.Numa realidade na qual a produção no leste asiático é parcialmente subsidiada pelo Estado, e no Brasil, os instrumentos de regulação estão cada vez mais direcionados à conciliação dos agentes do mercado, a periódica averiguação pública do funcionamento do preço referência de importação da borracha natural se apresenta necessária para sanar questionamentos de imperfeições de mercado na definição do valor do produto importado. Tomando frente nesse encaminhamento, o Instituto de Economia Agrícola (IEA), através de seu know-how adquirido em décadas de acompanhamento do mercado agropecuário brasileiro, coloca-se à disposição para desenvolver esse projeto de revisão das variáveis que compõem o preço referência de importação.Nesse sentido o objetivo do projeto é calcular e divulgar o índice de preço de importação da Borracha Natural tecnicamente especificada. Assim o  presente projeto modernizará o cálculo de definição do preço referência da borracha importada tendo em visita a necessidade de posição consensual entre os diferentes elos da cadeia produtiva.

 

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  Marli Dias Mascarenhas Oliveira      IEA

Efeito de promotores de crescimento na produção de mudas de hortaliças

n° SGP 2412

A produção de mudas de alta qualidade exige especificidade do produtor ou viverista e uso de alta tecnologia, dentre as quais vale ressaltar o uso de bandejas de polietileno, substratos inertes e de fácil manuseio, controle e automatização ambiental, fertirrigação com produtos de alta solubilidade, controle fitossanitário apurado com o uso de inseticidas e fungicidas modernos de alta eficiência, inoculantes, biostimulantes e biorreguladores de crescimento, mas que contenham todos baixo impacto ambiental. Nesse sentido, o uso de bactérias promotoras de crescimento de plantas, como o Bacillus spp. podem impactar positivamente na produção de plantas,  pelo aumento no rendimento e, uma vez que podem atuar indiretamente na supressão de doenças e diretamente pela produção ou alteração da concentração de fitohormônios, fixação de nitrogênio atmosférico, solubilização de nutrientes, oxidação do enxofre e aumento de permeabilidade das raízes.

Embora escassos os trabalhos de pesquisa com mudas de hortaliças, há fortes evidências que os efeitos fisiológicos proporcionados pela aplicação desses produtos manifestam-se já na fase inicial do desenvolvimento das plantas e estes efeitos poderão ser transmitidos muito mais cedo para as plantas no campo, o que é extremamente interessante para as culturas hortícolas com problemas de incidência precoce de pragas e doenças. Diante deste contexto e da necessidade de novas informações acerca da eficiência do uso de produtos a base de Bacillus amyloliquefaciens na produção de mudas e desenvolvimento inicial de hortaliças, realizar-se-á o presente projeto de pesquisa.

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  Thiago Leandro Factor      IAC

Valor da Produção Agropecuária no Estado de São Paulo, 2021 e 2022.

n° SGP 2410

A pesquisa visa suprir de uma estrutura de levantamento, processamento, avaliação e divulgação de dados sobre o valor da produção agropecuária do Estado de São Paulo objetivando calcular a magnitude da renda gerada pela agropecuária, para subsidiar análises de desempenho desse setor da economia. O VPA é calculado pelo produto de duas estatísticas: a) produção agrícola e b) preço médio recebido pelo agricultor, ambas disponibilizadas pelo IEA. Também são elaborados, pela fórmula de Fisher, Índices de Preços e de Produção. Os resultados do estudo estarão divulgados para o Estado de São Paulo, para as regiões administrativas – EDR e RA e no site do IEA, com a inclusão de uma análise interativa.

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  José Roberto da Silva      IEA

Adubação Orgânica no desenvolvimento inicial na cultura da macadâmia

n° SGP 2406

O uso de adubação orgânica foi desestimulado no período inicial da expansão da cultura da macadâmia no Brasil (Dieberer e Mariano Neto, 1985), criando alguns paradigmas sobre o uso da adubação orgânica nessa cultura.  Esclarecer os benefícios da adubação orgânica no cultivo da macadâmia pode promover uma melhor nutrição às plantas, acelerando o desenvolvimento inicial, diminuindo o período juvenil e promovendo o aumento das produtividades. Além disso, desmistificar que o uso de adubação orgânica não seja benefico para cultura, abre espaço para iniciar a produção de macadâmia orgânica pelos produtores.   Aperfeiçoar os manejos propostos para cultura da macadâmia visando a redução do período juvenil e a ampliação da produtividade dos pomares através do uso da adubação orgânica será o objetivo. Serão testadas doses do fertilizante Terafértil, provenientes de lodo de esgoto da empresa Tera Ambiental Ltda., já fez o depósito para custear o presente projeto (FUNDEPAG n 20202342), conforme o item 7 do anexo. O delineamento escolhido foi o inteiramente casualizado, com 4 repetições de 6 tratamentos: doses do fertilizante (0, 1, 2, 4, 8 e 16, kg.planta-1). As parcelas foram demarcadas e o composto distribuido.

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  Marcos José Perdoná      AR / IAC

Aproveitamento inteligente da farinha de girassol visando uma tecnologia sustentável para recuperação integral e simultânea das proteínas, fibras e compostos fenólicos.

n° SGP 2404

O Brasil se destaca por sua diversidade agrícola e produção de óleos, levando às indústrias a necessidade de adequação na produção, seguindo as tendências mundiais. Neste contexto, as matrizes oleaginosas quando aproveitadas em sua integralidade agregam sustentabilidade e valor a cadeia de produção agroindustrial. A proposta do SmartProSun é desenvolver um processo integrado de reciclagem dos ingredientes da farinha desengordurada de girassol, resultando em concentrado com teores de proteína acima de 75% e altamente solúveis (frações ricas em albumina e globulina), concentrado de fibras alimentares bioativas, bem como a recuperação de componentes valiosos dos efluentes, tais como polifenóis e açúcares. Para alcançar esse objetivo serão utilizados diferentes pHs, temperaturas, salinidades de soluções, assim como, alguns agentes que previnem interações entre proteínas e polifenóis (por exemplo, cisteína). Para separar os polifenóis das proteínas, diferentes opções de filtração por membrana ultrafiltração, nanofiltração juntamente com a diafiltração. As frações obtidas serão avaliadas quanto às propriedades funcionais tecnológicas, bioativas e sensoriais. A bioatividade será explorada para atividade anti-hipertensiva, antidiabética, antimicrobiana e antioxidante. Os produtos elaborados serão adaptados para atender às necessidades específicas de bebidas, nutrição esportiva, substitutos de gordura e outros produtos com apelos diferenciados. O projeto será apoiado por vários parceiros da indústria, os procedimentos baseados em conhecimento científico de estudos anteriores e orientado para diversos segmentos do mercado. Na expectativa de sucesso, os resultados serão transferidos para novos locais de produção na Europa e no Brasil criando novas oportunidades sociais/econômicas, com geração de emprego no crescente mercado de proteínas vegetais.

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  Maria Teresa Bertoldo Pacheco      ITAL

PRODUTIVIDADE DE BATATA-DOCE E PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DE SOLO EM FUNÇÃO DE USO DE COMPOSTO ORGÂNICO

n° SGP 2394

A batata-doce é uma planta originada da América Latina e suas raízes tuberosas correspondem ao sexto mais importante alimento produzido no mundo, sendo que em países em desenvolvimento é o principal alimento (CIP, 2010). A cultura produz grande quantidade de alimento por unidade de área e de tempo, aproveitando curtos períodos chuvosos e resistindo a períodos de seca, além de produzir em solos com baixa fertilidade (INTERNATIONAL POTATO CENTER, 2008).

No Brasil, a cultura é explorada em todas as regiões brasileiras e a baixa produtividade da cultura deve-se ao fato de apresentar fácil cultivo e ser resistente a pragas e doenças, o que incentiva o baixo investimento em tecnologia na cultura (SILVA; LOPES; MAGALHÃES, 2002). Entretanto, embora seja uma planta rústica, apresenta incremento na produtividade de raízes quando há melhoria das condições físicas e químicas do solo (BARRERA, 1989).

A baixa fertilidade dos solos utilizados para o cultivo da batata-doce associada ao manejo inadequado dos mesmos resulta em queda de produtividade da raiz tuberosa e da renda do produtor. No entanto, a reposição de nutrientes e o incremento da qualidade de solos podem ser realizados por meio da adição de fertilizantes minerais, matéria orgânica ou da combinação de ambos (SHANGAKKARA; LIEDGENS; STAMP, 2004).

A resposta da batata-doce à adubação depende das condições do solo. Quando cultivada em solos com fertilidade média a alta, geralmente há pouca ou nenhuma resposta à adubação, enquanto que em solos com baixa fertilidade a cultura apresenta incremento de produtividade quando há o uso de fertilizantes. No entanto, o excesso de determinados nutrientes pode resultar em baixa produtividade de raízes tuberosas (SILVA; LOPES; MAGALHÃES, 2002), o que implica que a aplicação de fertilizantes deve disponibilizar os nutrientes em quantidades adequadas à cultura.

As raízes tuberosas representam a grande fonte de exportação de nutrientes pela cultura, e a ordem de extração de nutrientes por plantas de batata-doce é: N>K>Ca>Mg>P>S>Mn>B>Zn>Fe>Cu (ECHER; DOMINATO; CRESTE, 2009).

Em trabalho de Rós, Narita e Hirata (2014) foram comparadas as produtividades da cultura da batata-doce obtidas com a utilização de adubação orgânica, adubação química e a combinação de ambas, verificando-se que a adubação orgânica isolada ou em conjunto com a química promove os melhores resultados. A adubação orgânica realizada por meio de esterco bovino (OLIVEIRA et al. (2010) e esterco de galinha (RÓS; NARITA; HIRATA, 2014) tem demonstrado aumento considerável de produtividade da cultura. No entanto, há outras fontes de adubos orgânicos, oriundos de compostagem, que precisam ser testados. A obtenção de gelatina a partir de matéria prima animal, por exemplo, implica na produção de resíduos que, quando devidamente compostados, podem resultar em fertilizante orgânico com ampla possibilidade de uso em agricultura.

Objetivos 

  1. avaliar a influência do uso de fertilizante orgânico, obtido a partir da compostagem de resíduo industrial, sobre as produtividades total e comercial da cultura da batata-doce, e 
  2. avaliar a influência do uso de fertilizante orgânico, obtido a partir da compostagem de resíduo industrial, sobre as sobre propriedades físicas e químicas do solo.
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  Amarílis Beraldo Rós      AR / IAC

Correlação entre altura do dossel e interceptação luminosa para novos híbridos de Brachiaria.

n° SGP 2393

A altura do dossel forrageiro é determinante para os padrões de interceptação luminosa (IL) pelas plantas e, provavelmente, uma das características mais importantes da interface planta-animal. Dessa forma, pequenas diferenças em altura podem ter grandes efeitos na competição por luz, pois uma diferença pequena é suficiente para urna folha se sobrepor a outra. Assim, a correlação entre altura e a IL são parâmetros que quando analisados em conjunto, fornecem informações sobre a estrutura do dossel de plantas forrageiras, permitindo que uma medida científica (interceptação de luz pelo dossel forrageiro) seja transformada em uma medida prática (altura do dossel forrageiro), por sua alta correlação. O objetivo deste estudo é entender a correlação entre as variáveis alturas do dossel e IL para novos híbridos de Brachiaria da Empresa Tropical Seeds do Brasil Ltda., o que permitirá definição de estratégia de manejo dos materiais com base na altura do dossel forrageiro, permitindo maior produção e aproveitamento de forragem, além de desempenho animal.

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  Waldssimiler Teixeira de Mattos      IZ

CAPTURA DE PEIXES NATIVOS: ANÁLISES GENÉTICA, REPRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS SANITÁRIOS

n° SGP 2391

Muitas espécies de peixes nativos consideradas de interesse ao repovoamento apresentam populações selvagens raras e até mesmo extintas em algumas localidades, como é o caso do jaú Zuncaro zuncaro sendo de extrema importância a realização de trabalhos de conservação. A Piscicultura Colpani conta com indivíduos mantidos na sua população ex situ, e que estão sendo utilizados como reprodutores num programa de reprodução e reintrodução. Contudo, é necessário garantir a reprodução de peixes com a maior variabilidade genética possível, pois apenas assim, será possível estabelecer o correto manejo reprodutivo e garantir a reintrodução de populações mais saudáveis geneticamente, sendo assim, pretendemos junto a iniciativa privada avaliar estoques naturais, marcar reprodutores sadios e começar a reproduzir de forma correta os reprodutores avaliados quanto a variabilidade genética, realizando uma aconselhamento genético para o repovoamento.

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  Fernando Stopato da Fonseca      IP

Crosta negra em seringueira: agente causal, influência ambiental na pré-penetração em diferentes clones seringueira, seleção de clones resistentes e controle biológico em clone comercial

n° SGP 2390

A seringueira (Hevea brasiliensis Müell. Arg.) é uma espécie oriunda da região amazônica,
amplamente cultivada no Brasil. No decorrer destes últimos anos, com as mudanças climáticas
somadas a fatores como expansão dos seringais para diferentes localidades com diferentes
condições ambientais, a ocorrência de uma doença que sempre foi tratada como secundária, a
crosta negra, vem se tornando preocupante devido a queda precoce das folhas de seringueiras
Esta doença vem sendo associada aos fungos Phyllachora huberi e Rosenscheldiella heveae,
que podem ocorrer de forma isolada em conjunto. Pelo fato desta doença ter sido tratada como
de baixa importância em seringais, estudos relacionados a ela são escassos. Desta forma,
informações atualizadas que visem determinar quais espécies de Phyllachora e
Rosenscheldiella ocorrem e quais prevalecem nas principais regiões produtoras de seringueira
e que caracterizem as populações do patógeno são importantes para o país. Assim, este
trabalho tem como objetivo identificar e caracterizar espécies de fungos associadas associados
à crosta negra da seringueira em diferentes Estados brasileiros. Para isso, serão realizadas
análises filogenéticas, utilizando sequências parciais da subunidade parcial rDNA (28S, LSU),
região ribossomal rDNA (18S, SSU) e da região do ITS-5.8S rDNA dos isolados coletados.
Os isolados também serão caracterizados patogenicamente por meio da inoculação no clone
RRIM600. Este trabalho também pretende avaliar a reação de diferentes clones a doença para
encontrar uma fonte de resistência e estudar uma forma de controle da doença com agentes
biológicos isolados a microfauna de folhas de seringueira. Finalmente, Phyllachora e
Rosenscheldiella serão avaliados quanto aos percentuais de conídios germinados durante a
fase de pré-penetração e sua penetração em folíolos de seringueira, sob influência de
diferentes temperaturas e períodos de molhamento.

 

 


 

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  Erivaldo José Scaloppi Junior      IAC

Impacto ambiental dos dejetos de suínos na fase de terminação usando farelo de soja submetido a 30 kGy de irradiação gama

n° SGP 2387

Estudos e investimentos na suinocultura, principalmente nas áreas de genética, nutrição e manejo, resultaram na melhoria da produtividade, no peso ao abate e nas características da carcaça e da carne, colocando o Brasil em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína. Alguns elementos como sanidade, nutrição, melhoramento genético, bom manejo da granja, produção integrada e, principalmente, aprimoramento gerencial dos produtores, contribuíram para aumentar a oferta interna e colocar o País em destaque no cenário mundial (MAPA, 2015; ABCS, 2014; ABPA, 2018).

O sistema de produção atual concentra grande quantidade de animais em pequenas propriedades e áreas, muitas vezes em terrenos acidentados, e limita a utilização agrícola desses dejetos por falta de área. A criação intensiva trabalha com animais geneticamente melhorados para alta capacidade de deposição muscular, por isso busca trabalhar com formulações balanceadas, que proporcionem o melhor aproveitamento possível dos nutrientes. Portanto, junto com o crescimento do setor cresce a preocupação com o meio ambiente, devido ao potencial poluidor dos dejetos gerados pela suinocultura que podem provocar degradação do ar, recursos hídricos e do solo e, o lançamento de dejetos na natureza sem tratamento prévio pode causar desequilíbrio ambiental, com a possibilidade de contaminação de águas subterrâneas pelos efluentes oriundo da criação de suínos (GIRÔTTO JUNIOR, 2013; SERAFIM;GUIMARÃES FILHO, 2012; ANAMI et al., 2008; MIYAZAWA et al., 2009; KUNZ; HIGARASHI; OLIVEIRA, 2005; PERDOMO, 2001).

Os nutrientes que possuem maior capacidade poluente, em função das altas concentrações nos efluentes da suinocultura e que tem correlação direta com a quantidade fornecida na da dieta dos suínos em crescimento e terminação são o fósforo (P), o nitrogênio (N), o zinco (Zn) e o cobre (Cu). De acordo com NRC (1988), aproximadamente 45 a 60% do nitrogênio, 50 a 80% do fósforo e do cálcio e, 70 a 95% do cobre e zinco consumidos são excretados pelos suínos.  

As grandes quantidades destes nutrientes no ambiente provocam danos severos. O processo de escoamento superficial auxilia no carreamento do fósforo, para os corpos hídricos, onde ocasionam o crescimento excessivo das algas, processo chamado de eutrofização, que pode ser definido como um aumento da quantidade de nutrientes num ecossistema aquático, resultando no decréscimo na qualidade da água fresca (TUNDISI, 2003; MERTEN; MINELLA, 2002; VALENTE; PADILHA; SILVA, 1997). A decomposição dessas algas diminui a quantidade de oxigênio dissolvido na água, havendo também a liberação de toxinas produzidas por algumas espécies de algas e aumentando a concentração de matéria orgânica (morte das algas e plantas aquáticas) criando, assim, um meio inadequado para os peixes e outros animais aquáticos e inviabilizando o uso da água para abastecimento doméstico (NOVAIS et., 2007; TUNDISI, 2003; CROMWELL et al., 1993; CORREL, 1998).

Serão avaliados 48 suínos (24 machos e 24 fêmeas) dos 60 aos 110 Kg de peso vivo em 03 tratamentos. Será adotado o delineamento experimental em blocos ao acaso, de acordo com peso e sexo dos animais, em arranjo fatorial 3×2, composto de farelo de soja submetido a duas irradiações gama (15;30 kGy) nas dietas e o tratamento controle (farelo de soja sem irradiação). A unidade experimental será o suíno, com oito repetições por tratamento. Serão fornecidas as dietas:  T1: Dieta Controle (sem irradiação); T2: Dieta com Farelo de soja submetido a 15 kGy de irradiação gama; T3:Dieta com Farelo de soja submetido a 30 kGy de irradiação gama. O consumo de ração diário (CRD) e o ganho diário de peso (GDP) serão calculados pelas diferenças entre a quantidade de ração oferecida e não consumida (sobras nos comedouros e ração desperdiçada) e entre o peso final e inicial dos animais. Com os resultados de ganho de peso e consumo de ração será calculada a conversão alimentar dos animais. No frigorífico, os animais serão insensibilizados por eletronarcose, abatidos por sangria, escaldados, depilados, eviscerados, as carcaças serão divididas ao meio longitudinalmente e colocados em câmara fria.   As meias carcaças serão pesadas imediatamente após abate, para obtenção do peso da carcaça quente. Relacionando-se os pesos vivos dos animais antes do abate e os pesos das carcaças será calculado o rendimento de carcaça. O pH do músculo longissimus dorsi será mensurado na carcaça quente, 45 minutos após o abate e na carcaça resfriada, mantida na câmara fria (1 a 2 °C) por 24 horas, utilizando um medidor de pH portátil digital. Após o resfriamento serão mensurados o peso e o comprimento de carcaça, as espessuras de toicinho média e no ponto P2, a profundidade de lombo, as áreas de olho de lombo e de gordura. O comprimento de carcaça será medido do bordo cranial da sínfise pubiana até o bordo crânio ventral do atlas, com auxílio de fita métrica. As medidas de espessura de toicinho para o cálculo da espessura de toicinho média serão realizadas perpendicularmente à linha dorso-lombar, com auxílio de um paquímetro, em três pontos: na altura da primeira costela, na altura da última costela e na altura da última vértebra lombar, na região de inserção da última vértebra torácica com a primeira lombar. Para as determinações de espessura de toicinho no ponto P2, profundidade de lombo, e áreas de olho de lombo e de gordura será efetuado corte na altura da última costela, região de inserção da última vértebra torácica com a primeira lombar, de modo a expor o músculo longissimus dorsi. Para a caracterização bromatológicas dos dejetos será usado o delineamento será um fatorial 3 x 2 (três dietas x 2 sexos), com 3 tratamentos e 03 repetições para caracterização dos dejetos, sendo que semanalmente serão coletadas amostras de ração, dejetos bruto, líquido e sólido, congeladas e armazenadas para posterior análise. Serão determinadas as quantidades de proteína bruta (PB), fósforo (P), zinco (Zn) e cobre (Cu) nas dietas e nos dejetos bruto, sólido e líquido e será obtido o custo por kg de ganho de peso, em reais por quilograma (R$/kg) que será calculado dividindo-se o custo total (R$) com alimentação por animal, pelo ganho de peso total (kg) de cada animal durante o período de fornecimento da dieta  

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  SIMONE RAYMUNDO DE OLIVEIRA      IZ

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL EM ÁREAS PÓS-CANA E PASTAGEM DEGRADADA

n° SGP 2386

O projeto irá avaliar a emissão de CO2, estoque de carbono e compactação do solo em áreas pós colheita de cana e em áreas com pastagem degradada, que serão recuperadas com uso de integração lavoura pecuária (ILP). O projeto será conduzido no Instituto de Zootecnia (Laboratório especializado de qualidade do leite) de Ribeirão Preto, que pertence à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Estão disponíveis para o projeto duas áreas distintas: área pós-cana e pastagem degradada. As avaliações serão realizadas no início do projeto, antes do preparo de solo e ao final do projeto, quando as áreas forem recuperadas. O delineamento experimental será inteiramente casualizado com dois tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos serão compostos pelas duas áreas de manejo (pós-cana e pastagem degradada). As avaliações no tempo serão consideradas parcelas subdivididas (antes e depois da implantação de ILP). Serão realizadas ao longo do período experimental avaliações de solo, tais como: emissão de CO2, estoque de carbono e compactação, assim como avaliações de produtividade da espécie de cultura agrícola e de pastagem. 

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  Flavia Fernanda Simili      IZ

Avaliação e identificação de compostos da bactéria Xenorhabdus szentirmaii visando o manejo de Sclerotinia sclerotiorum de soja

n° SGP 2384

No controle do fungo S. sclerotiorum, o controle biológico se apresenta como um método alternativo aos químicos com total segurança ao meio ambiente.  As bactérias Xenorhabdus e Photorhabdus têm uma relação mutualista com nematoides entomopatogênicos dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis, respectivamente, caracterizando-se pela produção de compostos antimicrobianos que servem como fonte potencial de novos controladores biológicos de doenças em plantas. Estudos anteriores demonstraram o potencial da bactéria X. szentirmaii e de seus metabólitos como inibidores de crescimento de fungos fitopatogênicos. Assim, o presente projeto tem como objetivo avaliar e identificar os metabólitos secundários de X. szentirmaii PAM25 visando a desenvolver um produto biológico para o manejo de S. sclerotiorum de soja.

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  César Júnior Bueno      IB

Metadados como elemento do processo de entendimento da ecologia e pesca no Sistema Estuarino de Santos-São Vicente e região costeira

n° SGP 2381

Pesquisadores e suas instituições são detentoras de grande volume de informação, porém poucas possuem um plano de gestão dos dados científicos que permita o acesso rápido e completo dos dados objetivando análises mais complexas com a agregação de informações externas e o uso de metadados. O Laboratório de Estudos Estuarinos (LEST) do Instituto de Pesca possui uma das maiores série de dados do Sistema Estuarino de Santos e São Vicente (SESS) e região costeira, porém estas informações não permitem uma análise integrada visto que foram armazenadas de forma heterogênea, usando diferentes recursos de armazenamento. Desta forma a presente proposta busca organizar as informações coletadas pelo LEST no âmbito dos projetos de pesquisa e projetos de sob demanda, de modo a possibilitar respostas rápidas e assertivas às demandas internas e externas. Este primeiro ensaio dentro da esfera institucional busca também avaliar a possibilidade de uma gestão de acesso aberto a informação, com o uso de metadados, de modo que os pesquisadores possam depositar seus dados de pesquisa.

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  Marcelo Ricardo de Souza      IP

Desenvolvimento de nanoformulações visando o manejo sustentável de fitopatógenos de importância agrícola

n° SGP 2378

Pretende-se desenvolver estratégias inovadoras utilizando a nanobiotecnologia para o controle de Xanthomonas citri subsp. citri, causadora do cancro cítrico, Candidatus liberibacter, responsável pelo Greening dos citros, além de Xanthomonas spp. causadoras da mancha bacteriana do tomateiro. Será realizada uma prospecção de fontes biológicas para o desenvolvimento dos nanossistemas. Aquelas que se mostrarem eficazes na formação dos nanomateriais serão avaliados quanto às suas propriedades bactericidas e/ou bacteriostáticas além do seu efeito nas plantas-alvo no controle dos fitopatógenos. Este efeito nas plantas também será avaliado utilizando técnicas de genômica e proteômica. A partir destas fontes biológicas e sustentáveis, pretende-se gerar nanoformulações para aplicação direta na planta visando a inibição de crescimento do fitopatógeno ou indução de resistência na planta. Além disso, espera-se desenvolver uma nanoformulação para o carreamento de ácidos nucléicos visando ao silenciamento de genes de suscetibilidade na planta e/ou virulência no patógeno, resultando no controle da doença. Nesta etapa do trabalho, oligonucleotídeos antissenso (livres e/ou nanoencapsulados) serão utilizados para a obtenção do silenciamento gênico. Esta abordagem será realizada em estreita colaboração com a Dra. Laurence Bindschedler da RHUL (Royal Holloway University of London), que apresenta grande expertise neste tema. Os resultados obtidos poderão ser expandidos para outros patógenos e culturas de importância para o país e têm um grande potencial para a geração de produtos sustentáveis, de baixo impacto ao meio ambiente, estando assim totalmente alinhados às premissas da Bioeconomia.

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  Alessandra Alves de Souza      IAC

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS DE SEGMENTOS DE DNA NO GENOMA DE OVINOS SANTA INÊS COM CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA A ENDOPARASITAS

n° SGP 2376

A ovinocultura está em crescente expansão no Brasil, porém o país ainda não é autossuficiente para atender a demanda do mercado interno, recorrendo às importações. A sanidade é um dos principais fatores que dificultam a eficiência na produção, visto que o manejo adotado em sua maioria é inadequado, destinado a subsistência, em sistema extensivo e sem investimentos em tecnologia, aumentando a susceptibilidade de ovinos a parasitas gastrintestinais. Outro ponto, é o uso excessivo de anti-helmínticos que contribuiu para o aumento de nematoides resistentes, tornando necessário encontrar meios alternativos de controle. Os métodos utilizados para a identificação de animais com infecções causadas por helmintos, estão os registros fenotípicos: contagem de ovos por grama de fezes (OPG), coloração da conjuntiva ocular (CCO), volume globular (VG), proteína plasmática total (PPT) e coprocultura (%H) para identificação dos parasitas. Neste projeto foram genotipados 1150 ovinos da raça Santa Inês com o Ovine SNP50 Genotyping BeadChip (Illumina) para a identificação de regiões com variações no número de cópias nos segmentos de DNA (CNVs) associadas às características de resistência parasitária. A identificação das CNVs será realizada por meio do software PennCNV e amostras com call rate inferior a 95% serão descartadas. SNPs com frequência menor que 90%, mapeados em cromossomos sexuais ou sem posição no genoma referência Oar_v3.1 também serão excluídos. O objetivo para a detecção das regiões de CNV é a seleção de animais com características de resistência a endoparasitas gastrintestinais utilizando informações genômicas, visando diminuir os custos com medicamentos e as perdas no sistema de produção.

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  CLAUDIA CRISTINA PARO DE PAZ      IZ

Doses e Épocas de Aplicação de Potássio e Omissão de Fósforo em Sistemas Produtivos de Soja e Milho Safrinha

n° SGP 2372

Na maioria das lavouras da região centro-oeste brasileira é empregada a adubação a lanço porque as estruturas operacionais não atenderem, sem atraso, à demanda da operação conjunta de semeadura e adubação no sulco.

Tem-se empregado também a adubação de sistemas produtivos, contemplando a sucessão de soja e milho safrinha, em vez de cada cultura isoladamente. Assim, em solos de fertilidade construída (acidez corrigida e teores de fósforo e potássio acima do nível crítico), a recomendação da adubação é feita por ano agrícola, e não exclusivamente para cada cultura, utilizando como referência a reposição dos nutrientes exportados pelos grãos.

Estudos realizados recentemente pelo IAC no estado de Mato Grosso, em parceria com a Fundação MT, revelaram o efeito de arranque da adubação fosfatada no milho safrinha, associado ao nitrogênio e enxofre, aumentando sua produtividade, sem prejuízo na soja em sucessão, onde o fósforo deixou de ser aplicado parcialmente ou totalmente. Verificou-se ainda baixa frequência de resposta ao potássio na cultura do milho safrinha, não obstante o seu elevado acúmulo na parte aérea da planta. 

Falta definir se é possível retirar a aplicação de potássio da cultura do milho safrinha e aplicar a quantidade exportada pelo milho juntamente com a do potássio da soja, fazendo toda aplicação do potássio na soja. Para tanto, é necessário a realização de pesquisas em solos contrastantes quanto a textura do solo, incluindo os solos arenosos que, por apresentarem maior lixiviação deste nutriente em profundidade, podem ser necessário a aplicação do potássio nas duas culturas.

Os objetivos do projeto são: a) definir quando aplicar e as doses de potássio (K) na sucessão soja e milho safrinha; b) confirmar a importância da aplicação de parte do fósforo (P) no milho safrinha em relação à aplicação total na soja; c) verificar a viabilidade de aplicação de dose total de nitrogênio (N) na semeadura do milho safrinha em relação à sua aplicação em cobertura.

O trabalho está sendo desenvolvido no campo durante dois anos agrícolas, começando em outubro de 2018 e finalizando em agosto de 2020, em duas áreas experimentais no Mato Grosso. O local 1 é em Sorriso, na estação de pesquisa da Mundo Agri, e o local 2 é em Vera, na estação de pesquisa Mulinari Consultoria. A área 1 se destaca pelos maiores teores de argila, correção da acidez do solo e maiores teores de S e micronutrientes. Na camada 0-20 cm, a área 1 (Mundo Agri) apresenta 322 g kg-1 de areia, 138 g kg-1 de silte e 540 g kg-1 de argila e a área 2 (Mulinari), 699 g kg-1 de areia, 51 g kg-1 de silte e 250 g kg-1.  

O delineamento experimental é de blocos ao acaso em esquema fatorial 2x2x4+6, com quatro repetições. O primeiro fator é referente ao fósforo (aplicação nas duas culturas vs omissão no milho safrinha) e o segundo e terceiro são relativos ao potássio: cultura adubada (soja ou milho) e doses (0, 60, 120 e 180 kg/ha de K2O). Empregam-se ainda seis tratamentos extras, que contemplaram duas testemunhas: uma absoluta (sem P e K) e outra com ausência apenas de P, e quatro tratamentos com aplicação de 90 kg/ha de P2O5 na soja e apenas 30 kg/ha de P2O5 no milho safrinha, com diferentes variações no K.  No total serão 88 parcelas com 10 linhas (2 passadas de 5 linhas) no espaçamento 45 e 50 cm (4,5 m e 5,0 m de largura) e 10 metros de comprimento (45 e 50 m2), nas áreas 2 (Mulinari) e 1 (Mundo Agri), respectivamente (aproximadamente 0,4 ha em cada local).

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  Aildson Pereira Duarte      IAC

Estrutura e dinâmica da atividade pesqueira na calha do rio Doce, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

n° SGP 2371

O Projeto tem como objetivo central a avaliação da evolução da interferência do rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Estado de Minas Gerais, ocorrido em novembro de 2015, sobre a atividade pesqueira, que inclui a pesca artesanal profissional e de subsistência, e a aquicultura (piscicultura). A avaliação abrangerá o ambiente continental do Rio Doce nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A princípio serão cobertos nove municípios, ao longo da calha do rio Doce. A avaliação proposta será realizada a partir de informações pretéritas obtidas na literatura e em bases de dados disponíveis (dados secundários), e de dados provenientes de programas de monitoramento e caracterização socioeconômica participativa a serem executados. O levantamento do monitoramento da pesca extrativa e da aquicultura ao longo da calha do rio Doce terá duração de 24 meses, no entanto, a duração total do projeto será de 32 meses sendo os quatro meses iniciais voltados para a criação da estrutura necessária para sua execução, levantamento bibliográfico, mobilização e treinamento da equipe, identificação de possíveis parceiros locais e para comunicação social. Após a fase de mobilização será executada a coleta de dados pesqueiros por 24 meses e a análise final dos dados coletados será realizada nos restantes quatro meses. O referido projeto envolverá um (a) bolsista pós-doc que atuará diretamente no levantamento de dados secundários, nas análises e avaliações dos dados obtidos no monitoramento pesqueiro continental (dados primários), ficando lotado no Centro de Pesquisas de Recursos Hídricos - CPRH, no Laboratório de Ecologia e Pesca Continental (LabEcoPesca) do Instituto de Pesca, sob a minha coordenação. 

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  Paula Maria Gênova de Castro Campanha      IP
  Sobre

O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

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