01/03/2019 até 28/03/2021
IAC, Centro de Cana
bioenergia
Agroenergia
As condições de produção brasileiras, sempre colocaram o país em elevado patamar de produtividade agrícola, uma vez que o mesmo possuí área e diversidade de solo e clima para a produção das mais diversas culturas, entretanto, mesmo diante de tais condições a atividade agropecuária ainda encontra-se numa situação de riscos produtivos, de acordo com Schouchana, Sheng e Decotelli (2013), dentre os riscos da atividade, pode-se citar as oscilações comerciais, vulnerabilidade econômica e as oscilações e intempéries climáticas como secas, geadas e afins.
Nos próximos anos e/ ou décadas existem diversos trabalhos descrevendo modificações climáticas a nível global, tais modificações irão se alinhar ao item oscilações e intempéries para o setor agropecuário (PINTO, 2015). Surge assim a problemática, de como as culturas econômicas se comportaram diante de tais mudanças, será possível continuar evoluindo em produção nestes cenários?
Neste sentido, o conhecimento e compreensão dos cenários que se apresentaram, será fundamental para garantir as evoluções na capacidade produtiva de diversas culturas. Alguns trabalhos demonstram que num cenário de aumento da concentração de CO2, a cana-de-açúcar é uma das culturas com potencial em continuar incrementando em produtividade (SOUZA et al., 2008), entretanto, é preciso refinar as ferramentas de predição para estes cenários.
De acordo com as informações da Companhia Nacional de Abastecimento Conab1 (2019), o Brasil ocupa a posição de maior produtor mundial de cana-de-açúcar, entretanto, as médias nacionais de produtividade, encontram-se na faixa das 70 a 80 t ha-1, enquanto a cultura tem potencial teórico para produzir até 380 t ha-1, e já foram encontradas produtividades experimentais de até 212 t ha-1, ou seja, a produção nacional encontra-se a cerca de 1/3 da máxima produção experimental e a 1/5 da máxima teórica, demonstrando que existe muito a ser desenvolvido na cultura.
Entretanto, a cana-de-açúcar é uma cultura de ciclo semi-perene que apresenta colheita após cerca de um ano de plantio, assim como os cortes seguintes, uma cultura que envolve grandes áreas produtivas e mão-de-obra, assim realizar avaliações experimentais para determinar parâmetros para todas as cultivares e em todas as regiões de produção torna-se algo complexo, demorado e com alto custo (BERNARDES, 2012).
Como forma de contornar estes limitantes na avaliação e obtenção de informações sobre a cultura, a modelagem apresenta-se como uma ferramenta muito importante que pode projetar cenários futuros, bem como reduzir o tempo de avaliação de determinados fatores e o custo de tais avaliações, desde que os modelos empregados apresentem calibração adequada e sejam empregados nas condições para as quais foram projetados (MEIRA, 2013).
Dentre os modelos que podem ser utilizados para tal finalidade, existem diversos trabalhos realizados com estudos de modelos empíricos e mecanísticos, estes últimos podendo ser fisiológicos ou agrometeorológicos, a questão é que independentemente da origem do modelo, às necessidades atuais levam ao uso de diferentes fatores para realizar prospecções de cenários futuros e realizar a tomada de decisão, algumas culturas podem apresentar melhor desempenho com um ou outro modelo, não excluindo a necessidade de calibrar tais modelos.
Glauber José de Castro Gava | Coordena este projeto |
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