A piscicultura em tanques-rede é uma importante atividade econômica no Brasil, predominando na região oeste do estado de São Paulo e norte do Paraná, onde a tilápia (Oreochromis niloticus) é a principal espécie cultivada. Em São Paulo a produção está concentrada nos reservatórios dos rios Paraná, Grande, Paranapanema, Baixo e Médio Tietê. O reservatório Ilha Solteira se destaca, com a maior produção, que totalizou 16.807,80 toneladas na safra 2013/2014 (Rossetti et al., 2016[DRA1] ). Por outro lado, esse sistema intensivo de produção promove o aumento de matéria orgânica na água e no sedimento, entre outras alterações ambientais, que devem ser monitoradas. Ainda, a disponibilidade de alimentos nessas áreas e as estruturas dos tanques-rede, favorecem a colonização do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), que é uma espécie invasora. L. fortunei promove prejuízos ambientais e econômicos à piscicultura em tanques-rede e demais atividades que utilizam os recursos hídricos, como, as geradoras de energia hidrelétrica e empresas de abastecimento de água. Este bivalve de água doce é nativo do sudeste da Ásia, pertencente à família Mytilidae, provavelmente, introduzido no delta do rio da Prata, Argentina, no início da década de 90, de onde se disseminou para os países vizinhos, entre os quais o Brasil. Os trabalhos desenvolvidos nessa linha de pesquisa têm por objetivo utilizar o monitoramento ambiental de áreas com tanques-rede com vistas à oferecer soluções ao setor produtivo e embasar políticas públicas para o uso racional dos recursos naturais. Planos de trabalho em desenvolvimento: “Monitoramento da densidade de larvas do mexilhão-dourado em piscicultura no reservatório Canoas II, rio Paranapanema, SP/PR”, “Avaliação de telas para tanques-rede pintadas com tintas com anti-incrustantes orgânicos”, “Avaliação de revestimento anti-incrustante em telas para cultivo de peixes em tanques-rede” e “Plano de Trabalho da Rede de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Aquicultura em Águas da União, Coordenação da Rede Regional Sudeste” e "Monitoramento e gestão para o zoneamento de áreas aquícolas no reservatório Chavantes”, os dois últimos em colaboração com a EMBRAPA.