01/12/2019 até 28/02/2022
IAC, Centro de Horticultura
tecnologia da produção
Recursos e Melhoramento genético vegetal
O palmito, produto obtido da extremidade superior do estipe de certas palmeiras, já era consumido pelos indígenas no Brasil e em outros países da América do Sul e Central, desde épocas remotas. A abundância desse material vegetal nas matas, bem como sua aceitação pelos consumidores permitiu estabelecimento de mercado e comércio rentáveis com base na exploração desse produto, o consagrando como hortaliça gourmet. Durante muitas décadas a exploração predatória de algumas espécies de palmeiras nativas, além de dizimar suas reservas, promoveu queda no comércio, principalmente com respeito às exportações. Desde a década de 1980 do século passado esforços da pesquisa têm promovido mudanças na cadeia produtiva do palmito. Atualmente grande parte da produção é baseada no cultivo, graças à introdução de novas espécies produtoras (pupunheira e palmeira real australiana) e ao aprimoramento da tecnologia de produção. Com a introdução de novas espécies houve a possibilidade de produção precoce de palmito. Na década de 1980 o ciclo de produção era de 5 a 10 anos e atualmente, com o estudo de novas espécies e desenvolvimento da tecnologia de produção realizada nos últimos 40 anos, o ciclo diminuiu para 18 meses. A introdução da palmeira Roystonea nesse cenário como cultivo viável e rentável em termos agrícolas, pode representar nova alternativa para produção precoce de palmito. Porém, não há estudos que orientem a forma de cultivo, bem como as características peculiares desse palmito, da sua industrialização e da aceitação pelo consumidor. O objetivo deste projeto é avaliar o potencial agronômico e econômico de palmeiras do gênero Roystonea para produção de palmito, bem como as propriedades organolépticas do produto in natura e processado.
Valeria Aparecida Modolo | Coordena este projeto |
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