Detalhes do projeto SGP 841

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Produção de anticorpos policlonais como alternativa aos antibióticos em dietas para ruminantes

Coordenador(a): Geraldo Balieiro Neto

Vigência do projeto

01/08/2016 até 28/07/2023

Unidade responsável

IZ, Centro de Bovinos de Leite

Área Estratégica

produtos e processos inovadores

Linha de Pesquisa

Nutrição de ruminantes

 

A produção animal é a atividade mais expressiva do agronegócio brasileiro sendo o país o segundo maior produtor mundial de carne bovina, com 210 milhões de cabeças. Esse é o segundo maior rebanho de gado do mundo e juntamente com as atividades da avicultura e suinocultura consomem ao redor de 80% da produção industrial total de antibióticos. A criação intensiva elevou o uso de medicamentos veterinários e de substâncias promotoras de crescimento com intuito de maximizar a eficiência alimentar através do controle da microbiota do trato digestório dos animais. Antibióticos têm sido comumente utilizados para eliminar gamas de microrganismos indesejáveis trazendo benefícios e assegurando produtividade e competitividade à pecuária brasileira. Contudo, essa ocorrência associada à aplicação de doses terapêuticas incorretas ou a realização de tratamentos incompletos, resulta em seleção de microrganismos com múltiplas resistências, entre bactérias comensais e patógenos transientes do trato gastrointestinal do animal, representando relevante problema à saúde pública. O controle da resistência aos antimicrobianos é um dos maiores desafios para a saúde pública da atualidade, com importante impacto na saúde humana e dos animais. O uso de antibióticos como aditivos alimentares na produção animal vem sendo discutido mundialmente há anos e por representar um dos principais causadores de resistência bacteriana aos antibióticos foi banido nos países da União Européia a partir de 2006 (Palermo, 2006). A Food and Agriculture Organization of the United Nations, também proibiu a utilização de antibióticos em ração animal na Califórnia-USA. No Brasil, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou no Diário Oficial da União (DOU) de 23 de janeiro de 2020 a Instrução Normativa nº1, proibindo o uso de aditivos promotores de crescimento contendo tilosina, lincomicina e tiamulina. Sendo o uso de antibióticos uma realidade para a produção de alimentos de origem animal, esforços têm sido direcionados no sentido de encontrar alternativa aos antibióticos que proporcione os mesmos benefícios, porém, de forma segura. A tecnologia desenvolvida na presente proposta disponibiliza ao setor produtivo aditivos zootécnicos com propriedades funcionais contra microrganismos indesejáveis como alternativa aos antibióticos. Como esses aditivos são a base de anticorpos policlonais IgY não ocasionam resistência microbiana e evitam eventuais perdas de desempenho animal, perdas de energia, problemas metabólicos, doenças, poluição ambiental e aumento nos custos de produção, ou seja, substitui os antibióticos sem comprometer a competitividade da produção pecuária do país. Não existe no Brasil produtos que atendam esses pré-requisitos, sendo portanto, inédito e inovador. A tecnologia desenvolvida atende a crescente demanda do mercado consumidor por alimentos saudáveis e naturais, que provém de criações conduzidas com menor utilização de substâncias sintéticas, evitando riscos para a saúde pública como resíduos de antibióticos nos alimentos e resistência bacteriana aos antibióticos. O processo se pelo cultivo de microrganismos e confecção de vacina, posteriormente é realizada a imunização de galinhas poedeiras e produção de anticorpos, o efeito antimicrobiano e funcionalidade dos anticorpos são testados em ensaios imunológicos e microbiológicos laboratoriais e posteriormente em testes de desempenho animal para a dosificação e validação. Todos as fases são continuas e necessárias para o controle de qualidade que integra os protocolos para registro do produto no MAPA. Estamos no momento realizando a transferencia da tecnologia a empresa parceira, realizando a dosificação e testes de estabilidade acelerada que também integram os processos regulatórios do MAPA. O registro do produto no MAPA possibilitará o acesso da tecnolcogia aos produtores e o recebimento de royalties para o Estado.

  Sobre

O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

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