Projetos APTA no Instituto Biológico

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Estudo do efeito isolado e da interação de Meloidogyne incognita, Pratylenchus brachyurus e P. jaehni em três genótipos de cafeeiros.

n° SGP 1787

Objetivo geral

 

Os objetivos principais do projeto são estudar as interações de diferentes densidades populacionais de nematoides das lesões P. brachyurus e P. jaehni  e ácaros no desenvolvimento de cafeeiros. Também, será estudada o efeito da infestação conjunta de P. brachyurus, P. jaehni  e M. incognita em diferentes genótipos de cafeeiros.Objetivos específicos

 

1) plano de gestão do projeto

2) Estudar a interação da infestação conjunta de nematoides das lesões radiculares (P. brachyurus e P. jaehni) e ácaros em C. arabica e C. canephora

2.1) estudo da interação da infestação conjunta de diferentes níveis populacionais de  P. brachyurus e P. jaehni  e ácaros em C. arabica Catuaí Vermelho.

2.2) estudo da interação da infestação conjunta de diferentes níveis populacionais de  P. brachyurus e P. jaehni  e ácaros em genótipo comercial de C. canephora .

 

3) Estudar o efeito da infestação isolada e conjunta de P. brachyurus, P. jaehni e M. incognita em três genótipos de cafeeiros.

3.1) efeito da infestação isolada e conjunta de P. brachyurus, P. jaehni e M. incognita em cafeeiro com porta enxerto C. canephora cv. Apoatã enxertado com C. arábica cv. Catuaí Vermelho

3.2) efeito da infestação isolada e conjunta de P. brachyurus, P. jaehni e M. incognita em C. arábica cv. Catuaí Vermelho

3.3) efeito da infestação isolada e conjunta de P. brachyurus, P. jaehni e M. incognita em clone de genótipo 

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  Roberto Kazuhiro Kubo      IB

Avaliação de protocolos de processamento de amostras clínicas sugestivas de tuberculose bovina para isolamento de Mycobacterium bovis

n° SGP 1775

A tuberculose bovina é uma enfermidade zoonótica, granulomatosa crônica, causada pelo Mycobacterium bovis. Esta bactéria possui a maior diversidade de hospedeiros domésticos e silvestres dentro do Complexo Mycobacterium tuberculosis ao qual pertence, causando portanto, graves prejuízos econômicos ao setor agropecuário e de saúde pública. O isolamento do agente é considerado padrão ouro de diagnóstico, embora possa ser difícil, principalmente em lesões paucibacilares. Devido a esta dificuldade, uma ampla-gama de pré-tratamentos e de procedimentos de processamento (homogeneização, descontaminação e concentração) e o uso de um meio de cultura que iniba a contaminação por outros microrganismos são empregados para facilitar a recuperação das micobactérias da amostras clínica. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo avaliar diferentes protocolos de centrifugação, e descontaminação das amostras, com a finalidade de aumentar a sensibilidade da técnica e melhorar o diagnóstico da tuberculose bovina.

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  Cristina Corsi Dib      IB

IDENTIFICAÇÃO DO VIRUS DA GASTROENTERITE TRANSMISSÍVEL SUÍNA (TGEV) PELAS TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO, EM SUÍNOS PROVENIENTES DE MATADOUROS OU DE GRANJAS.

n° SGP 1740

A gastroenterite transmissível (TGE) é uma doença altamente contagiosa e aguda dos suínos, causada pelo vírus da família Coronaviridae, gênero Coronavírus. A forma epizoótica da doença está associada a uma alta mortalidade, podendo alcançar uma taxa de até 100% em leitões com menos de duas semanas de idade e que podem vir a óbito por severa desidratação. Este projeto tem por objetivo detectar a presença do vírus da gastroenterite transmissível suína (TGEV) em amostras provenientes de matadouros ou de casos clínicos de diarreias e vômitos. No Laboratório de Microscopia Eletrônica serão processadas técnicas de microscopia eletrônica de transmissão de contrastação negativa, imunomicroscopia e de imunocitoquímica (imunomarcação com partículas de ouro coloidal), visando contribuir para posteriores exames de rotina dessas viroses nos suínos, determinando as áreas de risco no Estado de São Paulo e colaborando desta maneira com o Agronegócio Suinícola Nacional, dando embasamento a programas sanitários.

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  Marcia Helena Braga Catroxo      IB

DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ROTAVÍRUS, EM SUÍNOS PROVENIENTES DE MATADOUROS OU DE GRANJAS.

n° SGP 1739

Os rotavírus são os principais agentes etiológicos de grave diarreia neonatal e do pós desmame dos suínos, ocasionando altos índices de morbidade e mortalidade. São vírus  RNA pertencentes à família Rotaviridae e ao gênero Rotavírus. A rotavirose suína tem um importante impacto econômico na Indústria Suinícola, causando consideráveis prejuízos econômicos às granjas. Os suínos representam um reservatório potencial de transmissão zoonótica para os seres humanos. Este projeto tem por objetivo detectar a presença do rotavírus suíno em amostras provenientes de matadouros ou de casos clínicos de diarreia ou vômitos. No Laboratório de Microscopia Eletrônica serão processadas técnicas de microscopia eletrônica de transmissão de contrastação negativa, imunomicroscopia Eletrônica e de imunocitoquímica (imunomarcação com partículas de ouro coloidal), visando contribuir para posteriores exames de rotina dessas viroses nos suínos, determinando as áreas de risco no Estado de São Paulo e colaborando desta maneira com o Agronegócio Suinícola Nacional, dando embasamento a programas sanitários.

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  Marcia Helena Braga Catroxo      IB

IMPLEMENTAÇÃO DAS TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DO CIRCOVÍRUS TIPO 2 (PCV-2), EM SUÍNOS PROVENIENTES DE MATADOUROS OU DE GRANJAS

n° SGP 1738

O circovírus suíno tipo – 2 é o agente etiológico de uma patologia emergente, a Síndrome multisistêmica do definhamento do leitão desmamado (SMDLD) ou Síndrome multisistêmica caquetizante pós desmame. A circovirose suína tem sido relatada em vários países, associada ou não a achados patológicos. É considerada uma doença emergente que pode tornar-se um fator limitante para o desenvolvimento da suinocultura mundial, com mortalidade entre 3% a 10%, mas podendo atingir até 35%. Este projeto tem por objetivo detectar a presença do circovírus suíno tipo 2 em amostras provenientes de matadouros ou de casos clínicos. No Laboratório de Microscopia Eletrônica serão processadas técnicas de microscopia eletrônica de transmissão de contrastação negativa, imunomicroscopia eletrônica e de imunocitoquímica (imunomarcação com partículas de ouro coloidal), visando contribuir para posteriores exames de rotina dessas viroses nos suínos, determinando as áreas de risco no Estado de São Paulo e colaborando desta maneira com o Agronegócio Suinícola Nacional, dando embasamento a programas sanitários.

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  Marcia Helena Braga Catroxo      IB

Pesquisa de doenças infecciosas virais em aves por microscopia eletrônica de transmissão

n° SGP 1737

As aves silvestres e de cativeiro são consideradas reservatórios virais e potenciais disseminadores de doenças. Este fato se deve à adaptação de seus membros anteriores ao vôo e à sua característica migratória, possibilitando viagens a longas distâncias, podendo, desta maneira, introduzir viroses de grande importância epidemiológica em locais onde estas não são endêmicas.

            Uma vez introduzidas em um novo local, tais viroses podem ser transmitidas a outras espécies, incluindo as domésticas, as de criações comerciais e de criadouros e, inclusive aquelas que se encontram em extinção, promovendo grandes prejuízos, tanto à economia, quanto aos esforços feitos até hoje para a conservação da natureza.

            Nestas condições, a justificativa deste projeto se apóia nas pesquisas de ultraestrutura e imunomicroscopia eletrônica com o intuito de estabelecer diagnóstico seguro, obtendo dados significativos que levem ao estabelecimento de condutas adequadas de controle e prevenção dos agentes patogênicos que causam doenças em diversas espécies aviárias.

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  Marcia Helena Braga Catroxo      IB

Estudos ultraestruturais e imunoeletromicroscópicos na diagnose e pesquisa de patologias animais casadas por vírus e organismos procariontes

n° SGP 1736

Os materiais enviados, provenientes de diversas espécies de animais de produção, serão processados pelas técnicas de contrastação negativa (preparação rápida), imunomicroscopia eletrônica, imunocitoquímica (imunomarcação com partículas de ouro coloidal) e de inclusão em resina para microscopia eletrônica de transmissão.

            O projeto visa detectar a presença de agentes virais, além de estudar as alterações citológicas, morfologia do agente (características e dimensões) e sua relação com as organelas e estruturas celulares objetivando sua identificação ou reconhecimento de seu grupo taxonômico.

            Os resultados desses estudos bem como a divulgação da freqüência com que ocorrem as doenças infecciosas de origem viral serão de extrema importância, uma vez que propiciam subsídios para a implantação de sistemas de controle e estudos epidemiológicos, visando minimizar as perdas econômicas na pecuária, bem como a melhoria dos sistemas de saúde, de prestação de cuidados à saúde dos animais e da comunidade.

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  Marcia Helena Braga Catroxo      IB

Transmissão de vírus de plantas por insetos

n° SGP 1719

O projeto propõe-se a contribuir para o conhecimento da biologia de alguns insetos-vetores de vírus, investigar as diferentes associações vírus-vetor e fornecer subsídios para estudos epidemiológicos. Considerando que uma das metodologias empregadas no combate as doenças de etiologia viral consiste no controle dos vetores, o conhecimento de sua interação com a planta hospedeira tem papel fundamental na minimização de danos nas regiões produtoras. Neste projeto, renovado, se buscam novas alternativas de manejo cultural, entre elas: à resistência das plantas (antibiose e/ou antixenose) aos insetos vetores; resistência de plantas aos fitovírus, além de novas metodologias de controle, com ênfase nas barreiras físicas, como, por exemplo, às coberturas flutuantes ou agrotêxtil e telas impregnadas com inseticidas. além destes métodos de controle serão observados aspectos epidemiológicos e padrões de distribuição de fitovírus.

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  FERNANDO JAVIER SANHUEZA SALAS      IB

Estudos sobre vírus isolados de leguminosas de importância econômica e de seus insetos-vetores

n° SGP 1718

A família Fabaceae possui uma diversidade grande de espécies (cerca de 18000), sendo muitas delas utilizadas na alimentação humana e animal. O intenso cultivo de leguminosas seja para adubação verde, forragem ou alimentos tem proporcionado a ocorrência de pragas e doenças que ocasionam danos as culturas. No Brasil, tem sido constatada a ocorrência de vírus que têm causado sérios danos a culturas e, possivelmente, devido a grande diversidade de espécies, muitos vírus que podem constituir num sério problema, sequer foram descritos, Com base nestes fatos, pretende-se, através da utilização de técnicas para identificação e caracterização de fitovírus, agilizar o diagnóstico destes agentes, bem como realizar indexação de sementes e levantamento das principais viroses de leguminosas cultivadas e nativas. Além disso serão avaliados quanto a resistência aos fitovírus, detectados nas regiões produtoras e, seus insetos-vetores. 

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  FERNANDO JAVIER SANHUEZA SALAS      IB

"Preparação de alto rendimento automatizada de amostras para determinação de contaminantes multiressíduos em carne bovina"

n° SGP 1676

Em julho de 2016 o Brasil e Estados Unidos assinaram um acordo bilateral para venda da carne bovina in natura. Um contrato desse tipo define regras sanitárias e comerciais para ambos países envolvidos, que inclui temperatura de armazenamento e transporte, forma de armazenamento e outros aspectos relacionados a garantia da qualidade e segurança alimentar de produtos destinados ao consumidor final. A determinação de contaminantes na carne é parte do processo de certificação da segurança alimentar do produto, auxiliando no processo de exportação ou importação, além de auxiliar em políticas públicas em casos positivos. Neste contexto o treinamento pleiteado junto ao Residue Chemistry and Predictive Microbiology Research (RCPMR) do United State Department of Agriculture (USDA) visa contribuir para a cadeia de proteína animal do agronegócio paulista e brasileiro. Este projeto tem como objetivo o desenvolvimento de uma metodologia para determinação de resíduos de 149 contaminantes orgânicos (pesticidas, drogas veterinárias e PCBs) em carne bovina utilizando um novo sistema de automação de clean-up de alta capacidade (ITSP) com Mini cartuchos de extração em fase sólida (Mini-SPE), acoplados on-line a um sistema de cromatografia gasosa de baixa pressão (LPGC-MS/MS) e por cromatografia liquida de ultra alta pressão (UHPLC-MS/MS) acoplados a espectrômetros de massas. Os produtos serão extraídos da carne utilizando o método QuEChERS modificado e o método validado será aplicado em amostras de carne oriundas do Brasil e USA. Este treinamento trará benefícios não só a mim e ao Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Biológico (LRP-IB) mas também a toda comunidade científica brasileira afim, pois pretendo disseminar os conhecimentos adquiridos através de apresentação de trabalhos e treinamentos e modernização da capacitação do Brasil em determinação de resíduos de contaminantes em carne, principalmente para exportação, trazendo divisas ao nosso país.

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  Sergio Henrique Monteiro      IB

Levantamento da ocorrência do Banana streak virus (BSV) e do Cucumber mosaic virus (CMV) em cultivo convencional e orgânico de Musa spp no Vale do Ribeira, SP

n° SGP 1633

A ocorrência do Banana streak virus (BSV) e Cucumber mosaic virus (CMV), cujos sintomas em bananeiras são conhecidos, respectivamente, como estria e mosaico, pode ser considerada um fator limitante na produção e qualidade dos frutos e um entrave para a movimentação de germoplasma no país e no exterior. O presente trabalho teve como objetivo estudar a incidência destes vírus em dois sistemas de cultivo, um convencional no município de Registro e um orgânico no município de Sete Barras, Vale do Ribeira. No cultivo orgânico foram avaliadas dez mudas de bananeiras ‘Galil 7’ introduzidas aleatoriamente e dez bananeiras ‘Prata’ jovens. No cultivo convencional foram avaliadas dez mudas de bananeiras ‘Galil 7’ introduzidas, cinco bananeiras ‘Nanica’ e cinco ‘Prata’ jovens. A ocorrência do CMV foi detectada em 58,7% das bananeiras ‘Prata’ jovens e 35,9% das mudas de ‘Galil 7’ introduzidas e o BSV foi detectado em 87,5% das bananeiras ‘Prata’ jovens e 75% das mudas de ‘Galil 7’ introduzidas, no cultivo orgânico. Enquanto, no cultivo convencional, a ocorrência do CMV foi detectada em 42,50% das amostras de bananeiras ‘Nanica’ jovens, 44,4% das bananeiras ‘Prata’ jovens e 23% das mudas de ‘Galil 7’ introduzidas e o BSV foi detectado em 50% das bananeiras ‘Nanica’ jovens, 57,1% das bananeiras ‘Prata’ jovens e 62,5% das mudas de ‘Galil 7’ introduzidas.  Pelo monitoramento realizado nos dois municípios do Vale do Ribeira constatou-se que o BSV e o CMV ocorrem com alta incidência nas, cultivares comerciais de bananeiras mais cultivadas e foi possível detectar a presença dos vírus nas amostras coletadas, antes da manifestação dos sintomas nas folhas. 

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  Addolorata Colariccio      IB

Indexação de vírus em plântulas de mandioca obtidas por cultura de meristemas, pertencentes aos BAG da EPAGRI visando a introdução de material genético livre de vírus para produtores.

n° SGP 1604

No Brasil, a mandioca sempre foi cultivada em vários sistemas agrícolas, desde cultivo de fundo de quintal, passando pela agricultura tradicional praticada em pequenas escalas por produtores do semiárido do Nordeste ou da região da Amazônia, até cultivo em grande escala no sul do Brasil, com colheita semi-mecanizada (CHUZEL, 2001). Cultivada em todas as regiões brasileiras, a mandioca é utilizada para a produção de farinha, extração de amido e, uma pequena parte, consumo in natura. Os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul formam um complexo agroindustrial que produz e processa cerca de 5 milhões de toneladas de raízes de mandioca para a produção de farinha e amido (IBGE, 2006).

As plantas de propagação vegetativa apresentam sérios danos causados por vírus porque estes se acumulam durante os sucessivos ciclos da cultura. Várias pragas e doenças da mandioca (Manihot esculenta),  têm como principal fonte disseminadora o material de plantio. Os mais importantes são os patógenos sistêmicos: fungos, bactérias, fitoplasmas e vírus. Mas não deve ser negligenciada a disseminação de organismos aderidos a superfície da maniva como cochonilhas, ácaros e esporos de fungos.

Na cultura já foram descritos, dezesseis vírus diferentes, dentre estes três foram descritos pela primeira vez no Brasil: o Cassava common mosaic virus (CsCMV), pertence ao gênero Potexvirus , o Cassava vein mosaic virus (CsVMV), pertencente ao gênero Caulimovirus e em Manihot spp. Cassava symptomless Rhaddovirus (CsSLV).

Essa três espécies ocorrem por todo o Brasil, sendo o CsVMV prevalente nos Estados do Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Alagoas. O CsCMV apresenta-se distribuído também  em outros países da América latina, Taiwan e nos Estados Unidas no Estado da Flórida. O CsCMV causa sintomas de mosaico cloróticos nas folhas,  ocasionando perdas de produtividade acima de 60% sendo considerado portanto o principal vírus que ocorre na América do Sul em mandioca. O CsVMV causa sintomas de mosaico de nervuras , deformação foliar e epinastia da planta. A manifestação dos sintomas sofre grande influência do clima ocorrendo principalmente no nordeste brasileiro.

As viroses de mandioca existentes na América, (mosaico comum ou americano, couro de sapo e mosaico das nervuras) e fitoplasmas (superbrotamento) não possuem vetor conhecido e se disseminam fundamentalmente, através do plantio de material contaminado. Os vírus que ocorrem na cultura podem ser parcialmente controlados pela eliminação recorrente de plantas sintomáticas nos campos de produção de sementes, a fim de minimizar os prejuízos causados tanto na produção quanto na qualidade das raízes.

Sendo importante ressaltar que para a sanidade do material de plantio a técnica de cultura de tecidos merece destaque porque permite obter material praticamente isento de quase todos os patógenos, principalmente se utilizado conjuntamente com a termoterapia, sendo que para o controle das viroses em plantas de vegetação propagativa a técnica mais utilizada é a cultura de meristemas, que pode ser empregada em associação com a termoterapia e/ou substâncias antivirais, O uso de plantas livres de vírus em associação com práticas culturais adequadas, e o uso de variedades resistentes pode reduzir  a disseminação de vírus no campo, uma vez que os vírus se transmitem mecanicamente e por enxertia e se disseminam a partir de manivas infectadas, indicando que o vírus se perpetua e se transmite pela utilização de ferramentas contaminadas. Entretanto, mesmo com o uso de manivas e clones livres de vírus, as plantas devem ser monitoradas no campo, para evitar a disseminação das principais viroses que ocorrem na cultura. O presente projeto tem por objetivo  indexar variedades de mandioca pertencentes ao BAG EPAGRI Urussanga, SC e do BAG IAC quanto a presença de vírus, visando à obtenção de um estoque de mandioca-semente livre deste vírus e realizar um levantamento em São Paulo e santa Catarina da ocorrência de vírus na cultura.

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  Addolorata Colariccio      IB

MORMO: AVALIAÇÃO CLÍNICA, EPIDEMIOLÓGICA, ANATOMOPATOLÓGICA E MICROBIOLÓGICA

n° SGP 1591

O mormo é uma doença infectocontagiosa, de caráter agudo ou crônico, que acomete os equídeos. Pode também acometer o homem, os carnívoros e eventualmente pequenos ruminantes. É causada pela bactéria Burkholderia mallei, que desencadeia formação de nódulos e úlceras principalmente no trato respiratório ou na pele dos animais. Essa enfermidade é de notificação obrigatória, contudo não há disponível no mercado kits validados para sua análise laboratorial, gerando problemas na confirmação de focos da doença e na condução do programa de controle e erradicação do mormo. Com o aumento da ocorrência de casos clínicos na região sudeste e questionamento de resultados de exames laboratoriais, houve demanda do Ministério da Agricultura e Abastecimento para estudar equídeos com resultados diferente de negativo (inconclusivo, anticomplementar e positivo) para B. mallei visando levantar dados e esclarecer aspectos quanto à patogenia, imunidade, diagnóstico e epidemiologia da doença. Coordenado pelo Instituto Biológico e em parceria com MAPA, Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo e Agência de Inspeção Alimentar Canadense, este estudo tem por objetivos o monitoramento de animais provenientes de focos; desenvolver, padronizar e validar métodos sorológicos e moleculares para identificação da B. mallei; buscar uma definição de caso de mormo a partir da análise dos métodos avaliados (clínicos, epidemiológicos e detecção direta e indireta do agente);  e desenvolver material técnico e didático para auxiliar no diagnóstico precoce da  doença. Serão analisados 26 equinos provenientes de focos em saneamento nos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, mantidos na Estação Quarentenária do MAPA localizada em Cananéia, SP. Amostras de sangue e suabe nasal estão sendo coletadas a cada quinze dias, havendo previsão de acompanhamento por 2 anos, com a finalidade de desenvolver, padronizar e validar ensaios de imunodiagnóstico (Fixação de Complemento a quente e a frio, Western-blotting, ELISA) e biologia molecular. Quando houver linfoadenomegalia, o conteúdo será analisado para detecção da B. mallei. Em caso de óbito dos equinos será realizada necropsia para avaliação anatomo-patológica e diagnóstico diferencial com doenças confundíveis. Com os resultados, o presente trabalho contribuirá para geração do conhecimento sobre a epidemiologia do mormo e no estabelecimento de métodos laboratoriais, mais sensíveis e específicos. Ainda, serão disponibilizadas às autoridades sanitárias melhores escolhas de métodos confirmatórios desta doença, que poderão ser incluídos na legislação para conduzir as ações de controle e erradicação. Destaca-se que o Brasil acumulou experiências e poderá auxiliar outros países com essas informações inéditas adquiridas.O mormo é uma doença infectocontagiosa, de caráter agudo ou crônico, que acomete os equídeos. Pode também acometer o homem, os carnívoros e eventualmente pequenos ruminantes. É causada pela bactéria Burkholderia mallei, que desencadeia formação de nódulos e úlceras principalmente no trato respiratório ou na pele dos animais. Essa enfermidade é de notificação obrigatória, contudo não há disponível no mercado kits validados para sua análise laboratorial, gerando problemas na confirmação de focos da doença e na condução do programa de controle e erradicação do mormo. Com o aumento da ocorrência de casos clínicos na região sudeste e questionamento de resultados de exames laboratoriais, houve demanda do Ministério da Agricultura e Abastecimento para estudar equídeos com resultados diferente de negativo (inconclusivo, anticomplementar e positivo) para B. mallei visando levantar dados e esclarecer aspectos quanto à patogenia, imunidade, diagnóstico e epidemiologia da doença. Coordenado pelo Instituto Biológico e em parceria com MAPA, Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo e Agência de Inspeção Alimentar Canadense, este estudo tem por objetivos o monitoramento de animais provenientes de focos; desenvolver, padronizar e validar métodos sorológicos e moleculares para identificação da B. mallei; buscar uma definição de caso de mormo a partir da análise dos métodos avaliados (clínicos, epidemiológicos e detecção direta e indireta do agente);  e desenvolver material técnico e didático para auxiliar no diagnóstico precoce da  doença. Serão analisados 26 equinos provenientes de focos em saneamento nos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, mantidos na Estação Quarentenária do MAPA localizada em Cananéia, SP. Amostras de sangue e suabe nasal estão sendo coletadas a cada quinze dias, havendo previsão de acompanhamento por 2 anos, com a finalidade de desenvolver, padronizar e validar ensaios de imunodiagnóstico (Fixação de Complemento a quente e a frio, Western-blotting, ELISA) e biologia molecular. Quando houver linfoadenomegalia, o conteúdo será analisado para detecção da B. mallei. Em caso de óbito dos equinos será realizada necropsia para avaliação anatomo-patológica e diagnóstico diferencial com doenças confundíveis. Com os resultados, o presente trabalho contribuirá para geração do conhecimento sobre a epidemiologia do mormo e no estabelecimento de métodos laboratoriais, mais sensíveis e específicos. Ainda, serão disponibilizadas às autoridades sanitárias melhores escolhas de métodos confirmatórios desta doença, que poderão ser incluídos na legislação para conduzir as ações de controle e erradicação. Destaca-se que o Brasil acumulou experiências e poderá auxiliar outros países com essas informações inéditas adquiridas.

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  Edviges Maristela Pituco      IB

FORMIGAS CORTADEIRAS, UMA VELHA PRAGA EM UMA NOVA CULTURA EM EXPANSÃO NO BRASIL: A OLIVEIRA

n° SGP 1581

Uma nova cultura vem tentando se firmar no Estado de São Paulo. A cultura da oliveira. Dentre o pouco que se sabe sobre as doenças e pragas que a acometem, as formigas cortadeiras parecem ser limitantes para a sua implantação e manutenção. Assim, este projeto visa entender o que o agricultor sabe sobre elas e o que tem feito para controlá-las. Ainda, poderá fornecer subsídios para um manejo adequado, entendendo quais espécies causam danos e a densidade e distribuição dos ninhos, de forma a organizar protocolos para estimar o problema em cada situação. O conhecimento sobre o efeito da desfolha nas plantas e quais as variedades são mais atrativas para as formigas também auxiliará o agricultor. Finalmente, para iniciar um plano alternativo, quem sabe com menor impacto ao ambiente, será analisada a comunidade de fungos  e bactérias endofíticos que a planta mantém nas diferentes áreas cultivadas no Estado de São Paulo. Espera-se que tais microrganismos possam sinalizar um plano anti-herbivoria para esta cultura. 

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  Ana Eugênia de Carvalho Campos      IB

Extração, isolamento e caracterização bioquímica, estrutural e molecular de proteínas biologicamente ativas do casulo de Bombyx mori

n° SGP 1529

A produção brasileira de casulos do bicho-da-seda atingiu, segundo o IBGE, cerca de 7 mil toneladas em 2006. O processamento deste material produz, além da seda, resíduos proteicos que são considerados subprodutos industriais e posteriormente descartados. A busca por aplicações biomédicas destes subprodutos motivou vários estudos neste sentido, tendo sido relatadas atividades cicatrizante (2007 e 2013), emoliente (1995 e 2000), protetora de raios UVB (2003) e promotora de crescimento em cultivos laboratoriais de células de mamíferos (2005). A sericina apresenta atividades imunoestimuladora, cicatrizante (2002), antibacteriana,anti-inflamatória e antifúngica interrompendo a reações de oxidação dos radicais livres e inibindo o crescimento de microrganismos causadores de doenças (SAROVART et al., 2003). A sua aplicação, como antisséptico e protetor da superfície de tetos, poderia ser uma nova alternativa e uma solução prática para prevenção da mastite, reduzindo a incidência dessa enfermidade na bovinocultura leiteira. A utilização de sericina é recente e está em considerável crescimento em todo mundo, principalmente no continente Asiático. Nas últimas décadas cresceu a procura pelas diversas modalidades de medicina alternativa, cientificamente denominada “medicina complementar”. Daí o interesse em implementar políticas públicas e preservação ambiental, desenvolvendo atividades de pesquisa e extensão, voltadas a agroecologia, através do uso da sericina. Não localizamos nenhum trabalho na literatura científica ligando o uso de sericina ao tratamento ou prevenção da mastite bovina. Neste sentido, o presente trabalho pretende avaliar essa proteína natural, a fim de desenvolver um produto antimicrobiano e antisséptico contra a mastite. No Brasil, embora a medicina veterinária venha trabalhando com medidas alternativas para controle de doenças, nossa tentativa é pioneira. Considerando as propriedades orgânicas descritas sobre a sericina na literatura como sendo de fácil digestão e biocompatível possuindo ação antioxidante e atividades antimicrobianas contra determinados fungos e bactérias, este trabalho pretende avaliar também a sua ação contra Mycobacterium leprae, utilizando modelo experimental murino.

 

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  Sumika Kiyota      IB

CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA VARIETAL DE Solanum tuberosum AOS PRINCIPAIS VETORES DE VÍRUS: Bemisia tabaci - MEAM 1 e Myzus persicae UTILIZANDO-SE A TÉCNICA DE ELECTRICAL PENETRATION GRAPH (EPG)

n° SGP 1509

Os fitovírus na cultura de batata são muitas vezes limitantes, reduzindo a produção e elevando seu custo de produção. Entre os principais insetos-vetores envolvidos no processo de transmissão e disseminação dos fitovírus, atualmente destacam-se dois: i) Mosca-branca Bemisia tabaci biótipo B – MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) um problema emergente na produção desta hortaliça, principalmente por estar associado na transmissão de Begomovirus e Crinivirus, de forma persistente circulativa e semi-persistente respectivamente, provocando perdas de até 100% da produção e, ii) afídeo: Myzus persicae (Hemiptera : Aphididae), o “pulgão verde do pessegueiro” responsável pela disseminação de um grande número de vírus, destacando-se os Polerovirus de transmissão persistente circulativa e os Potyvirus de maneira não-peristente. A utilização excessiva de agroquímicos visando o controle de insetos vetores na cultura de batata, seleciona indivíduos resistentes aos principais princípios ativos em uso. No entanto, um dos métodos de controle utilizados é o emprego de variedades resistentes, visando o controle do inseto-vetor ou dos fitovírus envolvidos. Esta é uma forma de controle preventiva que pode ser incluída em programas de manejo integrado de pragas. Este trabalho tem como objetivo analisar o grau de resistência a estes insetos em cinco variedades/clones de batata: Agata, Atlantic, Asterix, Clones CH1-A e CH1-B empregando a técnica de monitoramento eletrônico (EPG), caracterizando o comportamento alimentar do inseto no interior do tecido vegetal, até a sua chegada ao floema, local de aquisição e transmissão de vírus. Além disto serão realizados estudos de antixenose (não preferência), antibiose (desenvolvimento) e teste livre escolha, avaliando a preferência do inseto entre os tratamentos na presença e ausência de luz, em resposta aos voláteis emitidos. Para a realização do monitoramento eletrônico será utilizado o equipamento EPG Giga8, acoplado a um computador, onde a aquisição e análise dos dados serão realizadas através do software Stylet’d Dataq. Os demais experimentos serão realizados em gaiolas entomológicas no Laboratório de Estudo de Vetores, IB (LEV/IB). Os testes contarão com 20 repetições/variedades (EPG) e os demais ensaios contarão com três blocos de 10 repetições/variedades. Posterior a isto se realizará ensaios de múltipla escolha avaliando a resposta a voláteis, tentando determinar o princípio da resistência varietal. Após a apreciação dos registros de EPG, dos testes de antixenose e antibiose e do ensaio de livre escolha se realizará análise estatística empregando-se o programa Statview 4.01. Se dará uma escala de notas quanto a resistência e suscetibilidade às pragas em questão para poderem ser empregadas inicialmente em um programa de Manejo Integrado de Pragas nas Regiões produtoras.

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  FERNANDO JAVIER SANHUEZA SALAS      IB

Implantação de Manejo Integrado de Pragas na cultura de batata/MANEJO E CARACTERIZAÇÃO DE INSETOS VETORES E FITOVÍRUS EM ÁREAS DE PRODUÇÃO DE BATATA-SEMENTE E DE CONSUMO

n° SGP 1508

O Brasil cultiva anualmente cerca de 130 mil hectares de batata, com uma produção média de 3,5 milhões de toneladas do tubérculo/ano. Em geral, como em todas as culturas, a lavoura de batata é atacada por uma razoável quantidade de espécies de ácaros e insetos-praga. Tanto a parte aérea como a parte subterrânea da batata são hospedeiras de diversas espécies, as quais podem causar expressivos danos, que podem ser diretos (redução de área fotossintética, danos e deformações a tubérculos) ou indiretos (alterações fisiológicas, depauperamento de plantas, produção de fumagina e principalmente transmissão de fitopatógenos, com destaque para os fitovírus) dependendo das condições climáticas e da variedade cultivada.

Nas últimas décadas o aumento da área de produção de batatas está relacionado diretamente às pragas que causam danos consideráveis e reduzem a produtividade. Segundo Salas, a batata é uma das culturas em que mais se utiliza agroquímicos, se comparado com outras grandes culturas e hortaliças, como o tomate. Na opinião do pesquisador, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) pode ser a solução, pois o aumento contínuo da produção pode intensificar ainda mais o uso de agroquímicos, e por isso, a busca por alternativas é essencial e a implantação do MIP é uma das mais promissoras.

De acordo com a ABBA (Associação Brasileira da Batata) e o Pesquisador do IB/SP, as principais pragas que atingem a bataticultura são:  mosca branca (Bemisia tabaci) Biotipo B, mosca-minadora (Liriomyza huidobrensis), pulgões (Machrosiphum euprorbiae eMyzus persicae), tripes (Thrips palmi e Thrips tabaci), lagarta mede palmo (Pseudoplusia includens) na parte aérea e a larva alfinete (D. speciosa) e traça (Phthorimaea operculella) na parte subterrânea, ou seja, que atingem diretamente o tubérculo.

ABBA é uma associação composta por produtores, empresas parceiras e instituições de pesquisa e ensino que atuam em atividades relacionadas à Cadeia Brasileira da Batata, são cerca de 120 produtores que representam 50% de toda a produção nacional do tubérculo. O IB/SP em conjunto com outros centros de pesquisa e produtores, têm desenvolvido trabalhos para a implantação do MIP em batatas em busca da consolidação da prática. No entanto, a resistência dos produtores na adesão de novas tecnologias no controle de pragas ainda é a maior dificuldade encontrada no setor. Algumas áreas carentes para desenvolver trabalhos  com estas parcerias, são: identificar as plantas hospedeiras de vírus e insetos quando não se encontra a cultura em campo; a flutuação populacional de insetos vetores; caracterização de diversos fitovírus, inclusive a sua transmissão por semente; novas formas de transmissão em laboratório; principais pragas, neste último caso destacando a mosca branca Bemisia tabaci Biotipo B e demais insetos vetores, mas já de prontidão para a chegada do Biotipo Q, detectado em 2014 no Sul do Brasil e importante praga na Europa atuamente pois atualmente está deslocando o Biótipo B graças a sua grande resistência aos neonicotinóides , o que causa grande preocupação”.

A ABBA aponta que a baixa adesão dos produtores ao Manejo Integrado de Pragas se dá pela falta de informações e resultados concretos. Segundo Shimoyama a ABBA tem como uma de suas principais atividades proporcionar informações, porém, em se tratando de MIP, a quantidade de informações é pequena. Sem dúvida é fundamental desenvolver e introduzir o MIP em batata devido a necessidade de controle de diversas pragas. Em geral, a técnica não tem sido praticada na produção de batata devido a falta de pesquisas e de resultados práticos que sejam convincentes.

O MIP deve ser apresentado como uma alternativa ao uso indiscriminado de agroquímicos, aliando novas metodologias e técnicas no controle de pragas e doenças, pois, além dos inconvenientes já conhecidos causados pelos agroquímicos, o grande número de aplicações também acarreta no aumento do custo da produção. Para tal é necessário um salto tecnológico e a quebra de paradigmas  para se dar início a sua implantação (MIP). Temos muitos trabalhos realizados e produzidos por escolas de agronomia e institutos de pesquisa, mas de nada servem se não são divulgados em linguagem clara e direta aos produtores, por isto cabe aos especialistas a árdua tarefa de conciliar estes resultados divulgá-los e tentar aplicá-los em campo, era a antiga extensão, muito esquecida hoje em dia, graças a necessidade por produtividade dos pesquisadores para desta maneira poder pleitear a auxílios junto a agências de fomento”.

Segundo estudo publicado por pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um programa de MIP bem estruturado pode diminuir o custo com defensivos em até US$ 30,00 por hectare. “A implantação do MIP, além dos custos, os impactos ambientais, reduzindo a contaminação do meio ambiente e também os riscos à saúde humana, por isto, é de suma importância realizar este salto tecnológico”, recomenda Salas. O controle biológico aplicado é uma das estratégias que pode contribuir para o sucesso de programas de MIP na cultura da batata. A PROMIP tem desenvolvido, em seus laboratórios de entomologia, produtos biológicos tais como o Trichogramma pretiosum (Trichomip-P), microvespa utilizada para o controle de ovos da traça-da-batatinha, P. operculella, e outras mariposas, como a falsa-medideira,Chrysodeixis includens, cujas lagartas causam perdas significativas nesta cultura.

 

 

 

 

 

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  FERNANDO JAVIER SANHUEZA SALAS      IB

VERIDIANA VICTÓRIA ROSSETTI: A PIONEIRA NA AGRICULTURA PAULISTA ? UMA CONTRIBUIÇÃO À CIÊNCIA AGRÍCOLA. 1941?2000.

n° SGP 1502

O presente projeto tem como objetivo a produção de uma ampla pesquisa sobre a vida científica da Pesquisadora Científica Veridiana Victória  Rossetti, a partir de documentos pertencentes ao acervo do Museu/Centro de Memória do Instituto Biológico (IB) e de outros documentos e objetos de vária ordem, doados pela família  e outros já existentes por doação da própria pesquisadora. O acervo institucional conta com cerca de 3.500 documentos textuais e iconográficos. Do material doado, constam slides, fotografias, documentos textuais, medalhas e troféus, que recebeu por seu trabalho na agricultura do Estado de São Paulo. Junto da sua história, permanece a história da fitopatologia, que agrega a trajetória científica de vários pesquisadores como Agesilau Antonio Bitancourt, Álvaro dos Santos Costa e tantos outros que atuaram incansavelmente na área da fitopatologia. Assim, pretende-se, a partir do material já discriminado anteriormente, e mais a pesquisa a ser feita em outras fontes, documentar a trajetória de Veridiana Victória Rossetti, Pesquisadora Científica do Instituto Biológico, formada em agronomia pela ESALQ. Victória Rossetti foi uma das maiores autoridades em fitopatologia no Brasil e no exterior, deixando, como legado, uma enorme bagagem de trabalhos nessa área do conhecimento

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  Nayte Vitiello      IB

ANTONIO BATISTA FILHO E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O SETOR DE CONTROLE DE PRAGAS COM MICRO-ORGANISMOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

n° SGP 1497

O Centro de Memória do Instituto Biológico (CEMIB), criado em agosto de 2007, reúne aproximadamente 180.000 documentos textuais, 60.000 fotografias, 17.000 slides em vidro e 3.000 documentos sobre a construção do Instituto Biológico, desde o início do século XX até a presente data. Estes documentos, em sua maioria, são fontes primárias de informações referentes às atividades de pesquisa e prestação de serviços das áreas de atuação da Instituição: sanidade animal e sanidade vegetal e sua relação com meio ambiente. Atuando como um laboratório de pesquisa científica em História da Ciência. O acervo é organizado em várias coleções compostas por nomes de funcionários ou assuntos relacionados às atividades de pesquisa científica com culturas de interesse econômico, técnicas para controle de pragas e doenças, atenção á produtores e criadores, divulgação científica, entre outros. A criação do Instituto Biológico (IB), em 1927, foi devido ao sucesso da “Comissão de Estudo e Debellação para praga Cafeeira” (1924), que foi criada para controle da broca-do-café (Hypothenemus hampei), que atacava os cafezais paulistas. Na época, foram utilizados métodos químico e biológico para controle da broca-do-café. Sendo que o método de controle biológico considerado como inovação teve como um de seus pioneiros o naturalista Adolph Hempel (1870-1949), assistente chefe da Seção de Entomologia e Parasitologia do Museu Paulista, que utilizou a vespinha (Prorops nasuta) para controle da broca, após três anos de trabalho (Rebouças e Bacilieri). Controle Biológico, Objeto de estudo Antonio Batista Filho, engenheiro agrônomo graduado, em 1981, mestre em 1990 e doutor em 1997 pela Escola de Agronomia Luiz de Queiroz/USP. Ingressou no na década dos anos 80 no Instituto Biológico, especialista em agronomia com ênfase na área de entomologia agrícola e atualmente é pesquisador científico nível VI

Os trabalhos do IB em controle biológico mostram que a aliança entre produção e preservação ambiental dá resultados positivos. As pesquisas seguem as orientações do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de produzir mais, melhor, com segurança do trabalhador e preservação do ambiente”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

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  Nayte Vitiello      IB

Avaliar em condições de campo a seletividade do herbicida indaziflam sobre a cultura da cana-se-açúcar para manejo convencional e toletes pré-germinados

n° SGP 1272

Avaliar a ação de herbicidas (seletividade) comparando as duas formas de plantio da cana-de-açúcar, convenvional e com uso de mudas pré-brotadas (MPB) é relevante, pois atualmente este tipo de plantio é uma tendência e há poucos estudos nesta área.

Em função do plantio na forma de MPB ser menos profundo (20 cm), que o convencional (30 cm), isto pode influenciar o caráter de seletividade do herbicida na cultura da cana-de-açúcar.

Desta forma é proposta a avaliação dos tratamentos do indaziflam g.ha-1: 0 (testemunha); 6,25; 12,5; 25; 50; 100; 200; 300; 400 e 500, nestes dois tipos de manejos de plantio

Será avaliada a seletividade do herbicida Indaziflam no crescimento inicial da cultura da cana-de-açúcar.

Épocas avaliadas: 15, 30, 45 e 60 dias após o plantio:

Parâmetros avaliados: número de perfilhos e folhas, altura da última folha com lígula visível, diâmetro dos perfilhos e aos 60 DAT, uma avaliação destrutiva, retirando em 0,5 m linear a planta como um todo, parte epígea (aérea) e hipógea (toletes e raízes), mensurando a massa fresca e seca total, individualizando, epígea, toletes e raízes, além de área foliar total e avaliações específicas sobre as raízes, utilizando programa computacional específico, avaliando volume, comprimento e área específica.

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  Flavio Martins Garcia Blanco      IB

Detecção do ácido chiquimico em plantas como resposta à intoxicação por sub doses de glifosate

n° SGP 1264

Buscar fontes alternativas deste ácido a partir de fontes vegetais autóctones tratadas com glyphosate. Desenvolver novas
metodologias para o acúmulo do ácido em plantas e novas técnicas de extração e detecção.
Em caso de epidemia ou pandemia da gripe influenza A e B, não existe quantidade de matéria-prima suficiente para a
produção do Tamiflu.

 

 

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  Sydnei Dionisio Batista de Almeida      IB

Avaliação microbiológica de ovos comerciais

n° SGP 1257

Avaliar a qualidade microbiológica  de ovos comerciais de diferentes marcas comercializadas no município de Descalvado, SP; através dos procedimentos de contagem de enterobacterias, contagem de bactérias mesófilas e pesquisa de Salmonella spp.

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  Greice Filomena Zanatta Stoppa      IB

ESTUDO DE ENFERMIDADES INFECTO-CONTAGIOSAS QUE AFETAM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL, REPRODUTIVO E RESPIRATÓRIO DE ESPÉCIES DE INTERESSE ECONÔMICO.

n° SGP 1223

O diagnóstico laboratorial de doenças infecto contagiosas que afetam os animais de produção é imprescindível para o mapeamento epidemiológico destas

enfermidades, manutenção de um banco de isolados, estudos moleculares,

dos principais agentes circulantes nas criações, seleção de cepas para o desenvolvimento de vacinas com espectro de ação compatível com as cepas

que ocorrem no campo, dados estes necessários para o sucesso nos programas

de controle e erradicação destas doenças. O Brasil não dispõe atualmente

 destas informações e nem possui um banco de dados de forma

 abrangente, sistematizada e em escala. Projetos visando apoio laboratorial

 são importantes para o Estado de São Paulo e para o Brasil, pois as

 análises laboratoriais podem fornecer subsídios para melhorar a qualidade das

criações brasileiras. Para atender esta demanda por certificação sanitária, o

 Estado de São Paulo necessita de sistematização de procedimentos, envolvendo

desde o treinamento de técnicos que atuam no campo para obtenção das

informações epidemiológicas, colheita e encaminhamento adequado das amostras,

 até a análise e divulgação dos resultados. Estas ações de Vigilância Epidemiológica

 são fundamentais para o sucesso do Programa Nacional de Sanidade de

 Equinos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

 

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  Eliana Monteforte Cassaro Villalobos      IB

NEMATÓIDES ENTOMOPATOGÊNICOS: PRODUÇÃO MASSAL E POTENCIAL DE USO NO CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS

n° SGP 1033

Nematóides ditos entomopatogênicos, ou NEPs, pertencentes às famílias Steinernematidae e Heterorhabditidae (Nematoda: Rhabditida) têm despontado como excelentes agentes de controle biológico. Apresentam um conjunto de atributos peculiares, que os tornam  promissores para o controle de pragas.  Vivem em associação com bactérias simbiontes, entomopatogênicas, que se localizam no trato intestinal de seus juvenis infectivos. Estes possuem a habilidade de localizar e invadir o corpo de insetos hospedeiros por suas aberturas naturais ou mesmo através da cutícula.  Após invadir o corpo do inseto, alcançam o hemoceloma e ali liberam a bactéria, que provoca septicemia e causa a morte do hospedeiro dentro de 24 a 48 horas. Paralelamente à almejada redução no uso de pesticidas, progressos recentes alcançados nas tecnologias de produção massal e de formulação, bem como a verificação da alta eficiência de algumas espécies e a descoberta de novos isolados tidos como promissores, têm proporcionado motivação adicional a pesquisadores e empresas interessados no estudo e utilização comercial desses nematóides.   Um número crescente de espécies - atualmente são 25 no gênero Steinernema e 11 em Heterorhabditis – já é conhecido, várias ocorrendo em muitas partes do mundo; dentre elas, algumas estão disponíveis em escala comercial, obtidas através de produção massal em diferentes meios de cultura, para uso em cultivos de alto valor de mercado em países tais como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. No Brasil, até o presente, este campo de estudos praticamente não tem sido explorado. Os objetivos deste projeto são: i) avaliar diferentes meios de cultura sólidos visando à produção massal de um isolado nativo de Heterorhabditis sp., já disponível no Instituto Biológico/Campinas, e de outros obtidos durante o estudo;  ii) avaliar o potencial de uso de novas espécies/isolados nativos, obtidos de solo de diferentes culturas de interesse econômico em regiões distintas do Estado de São Paulo,  no biocontrole de certas espécies de insetos-pragas.

 

 

 

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  Luis Garrigós Leite      IB

Métodos de controle de nematoides parasitos de plantas

n° SGP 964

O projeto visa estudar em condições controladas a eficiência de diferentes métodos de controle de nematoides parasitos de plantas através do uso de: a) hidrotermoterapia (banho de água aquecida) comparada ao tratamento com nematicidas no controle de nematoides presentes em raízes e bulbos de lírio, com ênfase aos gêneros Aphelenchoides e Pratylenchus; b) tratamento de sementes com nematicidas no controle de nematoides das galhas (Meloidogyne incognita e M. javanica) e das lesões radiculares (Pratylecnhus brachyurus); c) extratos vegetais; d) agentes de controle biológico.

 

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  Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira      IB

Diagnose molecular de nematoides parasitos de plantas

n° SGP 963

O projeto visa aprimorar a diagnose precisa dos nematoides presentes nas partes vegetais (folhas, raízes, tubérculos e bulbos) de plantas cultivadas, através do uso da tecnologia do código de barras. Para tanto será necessário a extração de DNA genômico, amplificação e sequenciamento do terço final da região 18S rDNA e região D2/D3 rDNA e comparação com informações disponíveis no GenBank.

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  Claudio Marcelo Gonçalves de Oliveira      IB

Caracterización de insectos polinizadores, parasitoides y predadores en ambientes con diverso grado de modificación antrópica en el Este uruguayo

n° SGP 879

 

A transformação do uso da terra e, em particular, a intensificação da agricultura pode ter sido a causa principal do declínio global na biodiversidade observado nas últimas décadas. A diminuição da diversidade pode levar à diminuição do funcionamento dos ecossistemas e, portanto, dos serviços prestados aos seres humanos. O conhecimento sobre a biodiversidade uruguaia é pequeno, assim como as informações sobre o impacto do uso da terra sobre a diversidade nativa. Existem estratégias e planos de ação nacionais para a conservação e uso sustentável da diversidade biológica implementados por de leis, programas e projetos. No entanto pouca informação sobre a biodiversidade e dos efeitos das mudanças ambientais sobre a mesma impossibilita determinar se as estratégias implementadas contribuem efetivamente para sua manutenção e, consequentemente, da sustentabilidade ambiental.

O monitoramento é necessário para comparar tendências causadas pelo incremento na homogeneidade da paisagem, o que constitui um feedback vital entre as ações humanas e o meio ambiente. O monitoramento determina o status da diversidade biológica em um ou mais níveis ecológico, avalia mudanças no tempo e no espaço e proporciona linhas de ação para decisões do manejo da produção e conservação. Seus resultados devem ser incorporadas nos esforços para implementar sistemas de produtivos ambientalmente viáveis, o que depende de comunicação adequada entre cientistas e tomadores de decisão. Para estabelecer a condições atuais dos ecossistemas ou prever ou prever as futuras, em geralmente se recorre a utilização de indicadores relativamente simples e fáceis de interpretar, que permitem isolar aspectos chaves do ambiente de um grande conjunto de variáveis. Os bioindicadores (uma espécie ou grupo de espécies) refletem os estados abióticos e bióticos do meio ambiente e são amplamente utilizados para detectar, quantificar e monitorar os impactos ambientais, incluindo perturbações decorrentes de atividades antrópicas. Dentre os bioindicadores, os insetos representam um grupo promissor. Himenópteros parasitoides e coleópteros predadores são caracterizados por grande diversidade e importância como agentes de controle natural de outros artrópodes e os polinizadores influenciam no sucesso reprodutivo das plantas e na manutenção da integridade das comunidades vegetais naturais e de agroecossistemas.

A região Leste do Uruguai tem características favoráveis para a análise dos efeitos das mudanças no uso da terra sobre a diversidade. No Uruguai se observa uma tendência de aumento do uso da terra destinada ao reflorestamento com espécies exóticas ao da agricultura intensiva, que substituem principalmente pradaria naturais que sustentam sistemas de criação de gado. Por outro lado, no Leste do país existem várias áreas protegidas onde existem (ou estão em desenvolvimento) planos de gestão que regulam, entre outras coisas, atividades produtivas permitidas dentro de seus limites. Existe, assim, um gradiente de intensidade de uso do solo muito útil para selecionar, avaliar e validar taxa como potenciais biomarcadores. A proposta é centrada na utilização de insetos como bioindicadores da biodiversidade e qualidade ambiental, a fim de gerar insumos para o gestão de sistemas de produção sustentáveis de áreas protegidas e conservação da biodiversidade em geral, em resposta à necessidade atual de ferramentas para detectar e prever as mudanças no meio ambiente, de forma fácil e de baixo custo. Se busca desenvolver programas de monitoramento que gerem informações para apoiar autoridades nacionais e departamentais, produtores e técnicos na tomada de decisão para gestão sustentável. Em primeira instância, o estudo foca a caracterização das comunidades de carabídeos predadores e himenópteros de parasitoides e polinizadores em três formações vegetais da região Leste do país com diferentes graus de transformação no uso da terra, bem como a avaliação do potencial destes táxons como bioindicadores. Num segundo passo, serão avaliadas a associação dos indicadores selecionados com a intensidade de uso da terra em fazendas da região com diferentes sistemas de produção. O uso desses indicadores irá definir aspectos fundamentais para desenvolver e sustentar planos de manejo produtivos que minimizem os impactos negativos sobre os recursos ambientais.

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  Nelson Wanderley Perioto      IB

Centro Colaborador em Defesa Agropecuária (CDA) - Sanidade Apícola

n° SGP 874

Para conquistar novos mercados e se ter competitividade suficiente no sistema global de comércio a que hoje estamos sujeitos, faz-se necessário alcançar padrões elevados de certificação e qualidade sanitária O moderno sistema de comércio fez emergir um paradigma de competitividade diferente, centrado não mais apenas no fator custo, mas, principalmente, no fator qualidade. Gestão de sanidade e qualidade são requisitos do presente e do futuro da produção mundial. Nesse contexto, a sanidade apícola representa hoje uma preocupação mundial, em virtude de fenômenos de causas ainda indefinidas, como o declínio populacional e mortalidade de abelhas melíferas que vem sendo observado em apiários de diversos países. Nos últimos anos, tem-se observado elevada mortalidade de abelhas adultas e crias também no Brasil, com considerável queda de produção em diversas localidades. Pesquisas recentes evidenciaram a presença de novos patógenos em território brasileiro nos últimos dois anos, os quais podem ter sido introduzidos em virtude de controle oficial ineficiente. Tais constatações constituem-se em ameaça ao plantel nacional, com conseqüências gravíssimas para o setor como um todo. Os problemas sanitários que vêm sendo observados ultimamente estão colocando em risco a competitividade do Brasil no mercado externo. Tais fatos demonstram o quão imprescindível é a implementação e o uso de técnicas rápidas, precisas e práticas para diagnóstico aqui no Brasil, além da necessidade de se ter em território nacional um laboratório de sanidade apícola com corpo técnico que possa se capacitar e, posteriormente, implementar tais técnicas, para dar suporte à rede oficial e a outros laboratórios que vierem a ser criados para fins acadêmicos ou de diagnóstico, tornando assim o sistema de controle epidemiológico mais eficiente. O principal objetivo desse projeto é criar, nas instalações já existentes de uma instituição de pesquisa do Estado de São Paulo, na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios/Secretaria da Agricultura e Abastecimento, no Pólo Regional – Vale do Paraíba, com um histórico de mais de 30 anos de atuação na apicultura brasileira, um Centro Colaborador em Defesa Agropecuária na área de Sanidade Apícola que possa atuar em estreita harmonia com o Comitê Consultivo Científico em Sanidade Apícola do Ministério da Agricultura, por meio de um conjunto de ações integradoras que visem: a) melhorar os métodos de detecção de patógenos e outros parasitas das abelhas por meio de técnicas modernas de diagnóstico (principalmente ferramentas moleculares) e de intercâmbios técnico-científicos; b) desenvolvimento de pesquisas dentro do Centro (integrado a outros órgãos colaboradores, principalmente, acadêmicos) visando a busca de linhagens resistentes e mais produtivas e, finalmente, c) com a participação de entidades acadêmicas, transferir conhecimentos por meio de cursos aos agentes de defesa agropecuária voltados para sanidade apícola.

OBS.: Este projeto, coordenado pela pesquisadora da APTA, contando com a colaboração de Insituições de Ensino e Pesquisa Nacionais e Internacionais (USP, UNESP, EMBRAPA, UFERSA, UFMG, UFV, USDA, dentre outras)  recebeu verba do CNPq entre os anos de 2009 e 2012 (projeto no. 578293/2008-0, Edital 64, Linha 4, MAPA/DSA/CNPQ), totalizando R$ 934.597,22 (dentre capital, custeio e bolsas). Pela importância dos resultados obtidos, bem como profícua produção científica e avanços obtidos nesta área da ciência no Brasil foi prorrogado internamente desde então, considerando que a estrutura implementada na Instituição, bem como insumos adquiridos, além de permanente colaboração das Instituições supra citadas, permite continuidade das ações e ampliação dos conhecimentos técnico-científicos gerados. A seguir segue o teor da última solicitação de prorrogação, já concedida pela APTA, para continuidade dessa importante e inovadora proposta que vem garantindo à APTA ações de vanguarda e que visa gerar conhecimento com incremento de nível tecnológico e aumento de produtividade com preservação de meio ambiente e sustentabilidade da biodiversidade. Saliente-se que as colaborações têm sido mantidas com diferentes instituições que disponibilizam recursos em forma de insumos analíticos, cada uma na sua especialidade o que, em conjunto, denota investimento  de terceiros de forma a permitir o desenvolvimento das atividades vinculadas aos projetos, tornando-os factíveis, exequíveis, mantendo a proposta robusta e de interesse mútuo entre as Instituições. O pagamento de despesas (deslocamento, estadia e alimentação) por parte da Instituição que a convida para reuniões, grupos de trabalho, cursos ou palestras, não gera ônus para o Estado de São Paulo. Em 13/11/15 passou a integrar grupo de assessoria do CFMV na área de sanidade apícola pela reconhecida contribuição da proposta e do trabalho que vem desenvolvendo dentro da mesma nesta área ao MAPA.

"Tendo em vista o fim da prorrogação do projeto SIGA Nº 3165 Centro Colaborador em Defesa Agropecuária - Sanidade Apícola no primeiro semestre de 2015, gostaria de solicitar prorrogação do mesmo, por um prazo de 12 meses, considerando os motivos que abaixo exponho:

 

  • Quanto à relevância e principais contribuições científicas ou tecnológicas considerando os resultados esperados e benefícios potenciais para a respectiva área do conhecimento e para a sociedade, a proposta: i) permitiu condições de desenvolvimento de competência técnico-científica para realização de diagnóstico de patógenos que acometem as abelhas no país; ii) proporcionou aos técnicos e fiscais agropecuários federais e estaduais maior eficiência na detecção de patógenos e de sintomas clínicos de doenças nos apiários; iii) avaliou morfológica e fisiologicamente, por meio de diferentes parâmetros as consequências de certos princípios ativos constituintes de formulações de agrotóxicos amplamente utilizados no país e seus efeitos para abelhas; iv) estabeleceu protocolos analíticos para fins de diagnóstico e deu início a investigações de mecanismos de resistência das doenças aos diferentes patógenos e outros agentes, utilizando meios clássicos e moleculares para que se possa selecionar colméias mais resistentes aos diferentes problemas sanitários que vem ocorrendo ultimamente no Brasil, visando evitar a necessidade de uso de quimioterápicos; v) contribuiu para a criação de uma rede de pesquisas em sanidade apícola em diferentes regiões do país, com seus problemas sanitários específicos, além de interagir com órgão oficiais na formulação de planos sanitários a serem regulamentados e, finalmente, vi) proporcionou o surgimento do primeiro laboratório especializado em sanidade apícola no Brasil. PARA MAIORES DETALHES FOI ENVIADO RELATÓRIO ANEXO EM CD (em virtude do tamanho do arquivo).
  • Tais resultados integrarão grandes avanços na área de patologia apícola, abrindo novos rumos na pesquisa e na análise e diagnóstico de patógenos no país.
  • Em outros países centenas de cientistas vêm se dedicando ao tema e a participação da classe científica brasileira precisa ser ampliada, o que só ocorrerá com a formação de conhecimento técnico-científico na área. Atualmente apenas a APTA Regional vem atuando nesta vertente.
  • A estrutura física do laboratório, bem como as atividades desenvolvidas foram apresentadas aos dirigentes da Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL), bem como da Divisão de Sanidade de Abelhas (DSECOA), ocasião em que foi discutida a necessidade de implantação da ISO/IEC 17025 para os novos credenciamentos, visto que, por determinação do MAPA, laboratórios já credenciados teriam um prazo determinado para implantação da norma, já sendo, todavia, requisito mandatório para os novos candidatos a credenciamento, motivo pelo qual o credenciamento não se concretizou (tal credenciamento demanda considerável tempo, formação de equipe de gestão de qualidade etc.). No momento o MAPA não tem a quem recorrer para tais análises e continuamos contribuindo com o Serviço Veterinário Oficial na transferência de conhecimento.
  • Durante a execução da proposta foi possível estabelecer estreita interação com o DSA/MAPA, tanto no nível de Divisão de Sanidade de Abelhas do MAPA em Brasília (DSECOA), como com as Superintendências do MAPA e as respectivas Agências Estaduais que representam o Serviço Veterinário Oficial, em certos estados. Contribuí participando de reuniões do Comitê Científico Consultivo sempre que solicitada, bem como elaborando material técnico científico para suporte às ações do Plano Nacional de Sanidade Apícola, ainda não regulamentado, contribuindo, inclusive, para sua nova redação, a pedido do Chefe do DSECOA.
  • Centenas de fiscais foram treinados durante a condução da proposta e o número de pessoas que serão treinadas por esses agentes multiplicadores depende da estratégia utilizada pelos responsáveis pela condução do Plano Nacional de Sanidade Apícola de cada estado, após receber o treinamento padrão que elaboramos e ministramos a proposta do CDA-Sanidade Apícola.
  • Alguns estados não conseguiram viabilizar a realização do curso por questões de ordem interna, como por exemplo, diárias para seus técnicos, aquisição de vestimenta apícola etc. O DSECOA considerou, todavia, premente tal capacitação, com base em respostas de questionário sobre o PNSAp, enviado pelo MAPA em 2011 às Unidades Federativas. Tais observações levaram o Órgão a propor um curso, a realizar-se na APTA, em Pindamonhangaba (em virtude da estrutura física existente, além de plantel disponível), destinado aos médicos veterinários do serviço veterinário oficial, lotados nas Superintendências Federais de Agricultura e nos Órgãos Executores de Defesa Sanitária Animal nas diversas Unidades Federativas. A proposta, adiada para dezembro de 2012 em virtude da greve dos Servidores Federais, objetiva a validação de um curso de conteúdo unificado e padronizado, com plano específico, com base no conteúdo técnico que proferimos ao longo do projeto CDA-Sanidade Apícola para capacitar profissionais do serviço veterinário oficial para a implementação de ações relacionadas à sanidade apícola nas unidades federativas, observadas as normas e os critérios recomendados.

 

Para finalizar, podemos afirmar que a proposta trouxe importantes benefícios à sociedade brasileira, traduzindo-se no maior investimento em pesquisa já feito na área de apicultura por meio de órgãos financiadores, constituindo-se os resultados obtidos em embriões espalhados por diversas instituições de ensino e pesquisa, por meio do material humano capacitado durante a sua realização e que, com a anuência de sua continuidade pelo período solicitado, poderíamos continuar atendendo a tais demandas, não deixando de amparar as solicitações de órgão públicos envolvidos com defesa agropecuária, que ainda estão se estruturando para ações na área, além de permitir nossa participação em cursos nos estados que ainda não conseguiram viabilizá-los internamente. Tais ações seriam custeadas pelos órgãos interessados.

 

Informamos que atualmente encontram-se em fase de análises grande volume de dados de RNAseq, fruto desta proposta. Para obtenção do material biológico em análise implementou-se, na área de pesquisa em apicultura da APTA, do Pólo Regional do Vale do Paraíba/APTA, um sistema de seleção atrelado ao sistema de produção de rainhas já existente no local. Para tanto foram instaladas 60 colmeias cujo parâmetro avaliado foi o comportamento higiênico. Há ainda questões a serem esclarecidas quanto à determinação do comportamento higiênico de abelhas (abelhas mais resistentes a doenças) e técnicas moleculares modernas como estudo de transcriptoma podem ser ferramentas bastante úteis na otimização da busca de tais conhecimentos. As análises laboratoriais de RNASeq foram realizadas e, tão logo estejam finalizadas as análises de bioinformática, os resultados serão disponibilizados ao meio científico por meio de publicações. Tais resultados representarão as primeiras evidências de variações genotípicas atreladas aos fenótipos analisados, colocando a APTA na vanguarda não apenas de diagnóstico genético-moleculares, como já vem ocorrendo desde 2009, mas também nesta nova e importante área da ciência. Acrescente-se que encontram-se em destaque no relatório enviado os novos artigos publicados, bem como palestras proferidas, indicando o quão profícua são as colaborações e o trabalho desenvolvido nesta proposta.

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  Érica Weinstein Teixeira      IB

Epidemiologia dos vírus que infectam bulbosas ornamentais comercialmente cultivadas

n° SGP 829

Estimativas do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) apontam que a floricultura movimenta no Brasil cerca de US$ 800 milhões por ano. A atividade mobiliza no país mais de 4 mil produtores, gerando em torno de 120 mil empregos. Um mercado cada vez mais ávido por beleza, forma, coloração e aspecto exótico das flores e plantas ornamentais impulsiona essa cadeia produtiva. Como as doenças causadas por vírus e nematóides representam um dos principais fatores que limitam a produção de bulbos, o conhecimento gerado pelo levantamento e identificação destes patógenos, envolvidos na depreciação econômica do produto, pode gerar informações estratégicas para a ação do MAPA junto aos produtores, exportadores e importadores. O presente projeto tem por objetivos: 1. realizar levantamento dos vírus e fungos que ocorrem em cultivos comerciais de amarílis (Hippeastrum sp.), gladíolo (Gladiolus sp.), alstroemeria (Alstroemeria sp.), calla (Zantedeschia sp.) e outras plantas bulbosas, nas áreas produtoras do Estado de São Paulo, e em outras regiões que forem estratégicas para as ações do MAPA; 2. propor estratégias que visem a prevenção, o controle e, se aplicável, a erradicação de vírus e fungos detectados nas áreas de produção; 3. propor protocolos para o diagnóstico dos vírus e fungos detectados nas culturas mencionadas; 4. realizar ‘Dias de campo’ e ‘Reuniões técnicas’ para transferir conhecimento sobre os vírus e fungos, assim como o manejo, para produtores, técnicos e Fiscais Federais Agropecuários.

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  Eliana Borges Rivas      IB

Detecção de vírus e manejo em culturas de flores e plantas tropicais

n° SGP 827

A floricultura tropical é uma atividade que está em ascensão no Brasil e no mundo por destacar-se como um agronegócio gerador de renda, fixador de mão-de-obra no campo e adequado como cultura alternativa para pequenos produtores. O agronegócio de flores e plantas ornamentais possui indiscutível importância sócio-econômica não só para a região Sudeste do Brasil, com sua característica agroindústria, como também para as regiões Norte e Nordeste. Nessa região, por exemplo, o agronegócio de flores tropicais, em cultivo irrigado, possui um retorno 30 vezes maior que o do milho e do feijão. Os cultivos estão voltados para as flores de corte, como Alpinia sp., Anthurium spp., Etlingera elatior, Heliconia sp., Tapeinochilos ananassae e Zingiber spectabilis; plantas envasadas, e para o mercado de paisagismo e jardinagem, com as Canna sp., Musa sp., Codiaeum variegatum, palmeiras e dracenas. Levantamentos buscando plantas com sintomas semelhantes aos induzidos por vírus serão realizados com os objetivos de identificar da espécie viral e elaborar protocolos para diagnósticos; para atingir tais objetivos serão realizados testes biológicos, sorológicos e moleculares, e análise filogenética molecular. Uma vez identificadas as espécies virais presentes nas culturas serão propostos manejos aos produtores visando reduzir o impacto das viroses nos campos de produção.

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  Eliana Borges Rivas      IB
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O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

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