Esta proposta, objetiva, de maneira geral, apoiar a cadeia produtiva da batata-doce na região oeste do estado de São Paulo, cultura agrícola que vem passando por aumento comprovado na demanda de consumo devido a suas funcionalidades alimentícias e nutricionais, mas que necessita de suporte institucional multidisciplinar.
A batata-doce é uma cultura de grande expressão nas microrregiões geográficas de Birigui (maior produtor nacional) e Presidente Prudente (2º maior produtor nacional) apresentaram conjuntamente uma área plantada de 4.800 ha com produção de 82,56 mil toneladas que equivale a 55% da produção estadual, dados para o ano de 2016 (IBGE, 2017).
Entretanto, enquanto a produtividade média da cultura, em 2016, foi de 18,1 ton./ha/ano para o estado de São Paulo; de 19,1 ton./ha/ano para Birigui e de 15,0 ton./ha/ano para Presidente Prudente, os estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul apresentaram produtividades, respectivamente, em torno de 44,0; 34,0 e 23,7 ton./ha/ano. Tal informação explicita o grande espaço existente a partir de ganhos de incremento na produtividade, especialmente em competitividade com outras atividades agrícolas, e indica o baixo nível tecnológico dos sistemas de produção do estado de São Paulo.
Porém para o incremento na produtividade é necessário por parte dos produtores investimentos significativos, o que implica em maiores riscos, já que os produtores enfrentam dificuldades no processo de comercialização do produto, além da grande volatidade dos valores praticados ao produtor.
Assim, ver-se a necessidade da identificação dos canais de comercialização e suas características. Será elaborado um perfil sobre a comercialização da cultura da batata-doce na região da Alta Sorocabana com base em análise de dados secundários e levantamento bibliográfico em estudos realizados sobre a cultura e a região, além da realização de painel estruturado com a participação de pelo menos 10 agentes da cadeia de produção de batata-doce, especialmente ligados à produção e comercialização. Esta técnica é amplamente utilizada para prospecções e, de acordo com Capanema et al. (2010), é baseada em processos participativos que permitem a formação de consenso a partir de vários pontos de vista sobre as possíveis formas desejáveis nas quais o futuro poderia se desenvolver.
Também será realizado o monitoramento de preços de produtos comercializados nos segmentos produtor, atacado e varejo, que seguirá as metodologias utilizadas pelo Instituto de Economia Agrícola – IEA/Apta, afim de democratizarmos as informações dos os preços praticados nos três segmentos, possibilitando maior equidade de negociação entre estes